Entomologia oferece oportunidade para pós-doutorado com bolsa da CAPES

No período de 11 a 18 de setembro, a Entomologia estará recebendo inscrições para a seleção de um candidato para pós-doutorado, com bolsa financiada pela CAPES, através do Programa Nacional de Pós-Doutoramento (PNPD).

O candidato pode se inscrever em uma das seguintes modalidades:

  • a) brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil portador de visto temporário, sem vínculo empregatício;
  • b) estrangeiro residente no exterior, sem vínculo empregatício.

A bolsa terá duração de 12 meses, no período de outubro de 2017 a setembro de 2018.

Os candidatos devem se inscrever pelo e-mail ent@ufv.br, enviando os documentos listados no Edital.

Baixe o Edital 02/2017 de Seleção de Bolsista PNPD/CAPES

Egresso da Entomologia compartilha sua experiência como professor na Universidade Federal do Acre

“O bom filho a casa torna”, já diz o ditado. Mestre e doutor em Entomologia pela UFV, o professor Adalberto Hipólito de Sousa, da Universidade Federal do Acre (UFAC), está novamente em Viçosa (MG), agora, para o pós-doutorado. Sob a orientação da professora Lêda Faroni, Adalberto concluiu o doutorado em abril de 2010 e pouco tempo depois foi aprovado para professor na UFAC, onde atua na área de Manejo Integrado de Pragas, investigando métodos alternativos de controle. Adalberto compartilha um pouco da sua experiência, dá dicas àqueles que almejam uma vaga de professor numa instituição federal e assegura: “O Programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFV tem excelência internacional e sempre proporcionou as melhores condições para o treinamento dos seus estudantes”.

Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Adalberto chegou a Viçosa em 2005, para fazer mestrado, e seguiu no doutorado. “O período entre a conclusão do doutorado e a preparação para os concursos foi de muita dedicação e entusiasmo. Foram aproximadamente 20 dias entre a minha defesa e uma viagem de partida para três concursos consecutivos. Defendi o doutorado com três anos após ingresso, abdicando de um ano de bolsa. Fui encorajado pelos meus orientadores e recorri aos amigos da UFV para ouvir sugestões e obter materiais adequados”.

De acordo com o professor da UFAC, é fundamental que desde o início, o pós-graduando foque nas áreas que deseja disputar nos concursos e que não desanime, mesmo diante da conjuntura desfavorável: “O cenário atual do Brasil preocupa a todos os jovens profissionais que almejam uma vaga docente numa instituição federal. O cenário é igual para todos. Em geral, os concursos na área de entomologia são bem concorridos e apresentam bons candidatos. É importante que o estudante de pós-graduação vislumbre desde cedo as áreas para concurso e busque cursar disciplinas que lhes propicie bases para o seu trabalho de pesquisa e treinamento mais amplo. Os conhecimentos adquiridos durante as disciplinas, seminários, qualificação e pesquisa, somam bastante no momento do concurso. Na pesquisa, destaco a interação com bons pesquisadores, inclusive de instituições fora do Brasil, buscando sempre o que há de mais avançado em tecnologia. No cenário atual, o profissional deve se dedicar ainda mais para se tornar um forte candidato, no mais amplo sentido”.

Entomologia

Durante os cursos de pós-graduação, Adalberto desenvolveu pesquisas com atmosfera enriquecida com ozônio, como estratégia de controle de insetos-praga de produtos armazenados, utilizando ferramentas toxicológicas, comportamentais e fisiológicas.  Para isso, ele contou com a orientação da professora Lêda Faroni e coorientação do professor Raul Narciso Guedes. “Ao longo do mestrado e doutorado, foi estabelecida uma relação de confiança e respeito, tanto com a professora Lêda, quanto em relação à sua pesquisa. Os objetivos e metas das pesquisas sempre foram estabelecidos logo no início. Isso permitiu o direcionamento de disciplinas mais adequadas para a minha formação, participação na elaboração de projetos de pesquisa fomentados pela Fapemig e CNPq, bem como treinamento sobre a calibração de equipamentos de geração de ozônio”.

Assim como em sua relação com a professora Lêda, Adalberto também destaca os ensinamentos, disponibilidade e amizade do seu coorientador: “Ele foi fundamental para atingir as metas estabelecidas, tendo como consequência a publicação dos artigos em bons periódicos. O Raul, além de ter sido muito atencioso durante o meu mestrado e doutorado, hoje, é um grande incentivador para os meus orientados. Em 2016, ele esteve na Universidade Federal do Acre (Campus Rio Branco), colaborando como membro da banca de um concurso na área de entomologia. Na ocasião, ministrou uma palestra sobre a sua linha de pesquisa e fez uma série de esclarecimentos para os alunos”.

Universidade Federal do Acre

Na UFAC, Adalberto atua na área de Manejo Integrado de Pragas, “priorizando investigações sobre métodos alternativos de controle, como inseticidas botânicos da flora amazônica, resistência de variedades crioulas (milho e feijão) e atmosferas modificadas. De maneira geral, são utilizadas ferramentas toxicológicas, comportamentais e fisiológicas de insetos”. Para ele, o início da carreira docente foi de muita satisfação: “Já existia um laboratório de entomologia com uma dinâmica de trabalho estabelecida e uma coleção didática organizada. Fui bem recepcionado pelos colegas do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza e logo me adaptei à realidade da instituição e da cidade de Rio Branco”. Inicialmente, Adalberto ministrava apenas disciplinas dos cursos de graduação em Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal, mas logo foi credenciado para o PPG em Produção Vegetal.

Paralelo ao ensino e à pesquisa, Adalberto passou por uma experiência administrativa, sendo diretor de pesquisa da UFAC, de 2012 a 2014. “Foi uma experiência que proporcionou conhecimento mais apurado sobre a dinâmica administrativa da universidade, onde pude contribuir com alguns projetos da administração superior. A minha contribuição foi de aproximadamente dois anos. Como estou no início da carreira docente, acho importante priorizar projetos de pesquisa e o ensino, tanto na graduação quanto na pós-graduação”.

Como a maioria dos pesquisadores brasileiros, Adalberto avalia que, atualmente, as expectativas não são as melhores em relação à pesquisa: “Os cortes são sentidos por pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa em todo o país, refletindo em dificuldades para dar prosseguimento aos projetos. Infelizmente, é possível que haja significante redução na produção científica do país em pouco tempo, tendo como consequência o retrocesso em relação a outros países em desenvolvimento. Na UFAC, a maioria das obras prossegue, mas percebe-se que a universidade enfrenta dificuldades com relação a serviços prestados por empresas terceirizadas, como por exemplo, nas obras de revitalização dos laboratórios”.

Retorno à UFV

Apesar das dificuldades sentidas Brasil afora, desanimar não faz parte dos planos. Atualmente, o professor da UFAC passa por período de treinamento na UFV, onde deverá ficar até junho de 2018. “Neste período pós-doutoral, será determinada a toxicidade do óleo essencial de pimenta-longa para populações brasileiras do caruncho-do-milho; o potencial sinérgico do óleo; os efeitos sub-letais do óleo essencial sobre o comportamento locomotor e sobre o desenvolvimentos populacional do caruncho; e também será investigado o transporte do óleo essencial e seus principais componentes, por meio do estudo do mecanismo de sorção e da difusão através dos grãos, além de avaliar a estabilidade dos compostos majoritários”.

Para o professor da UFAC, retornar à UFV depois de sete anos está sendo uma experiência muito positiva: “Sinto-me honrado em retornar à UFV, onde construí amizades e tive ótimas condições de treinamento para a carreira docente. É uma grande oportunidade para estabelecer e fortalecer parcerias, estudar novos conceitos e contribuir com a instituição”.

Nesse sentido, Adalberto se coloca à disposição e apresenta possibilidades para colaboração científica na instituição onde trabalha: “Ressalto que a Universidade Federal do Acre está de portas abertas para estabelecer parcerias e conta com pesquisadores atuando em áreas estratégicas da entomologia, como Manejo Integrado de Pragas Agrícolas e Florestais, Entomologia de Produtos Armazenados, Ecologia de Comunidade e Biodiversidade (Formicidae, Vespidae e Apidae), Morfologia Interna e Controle Biológico. Os programas de pós-graduação em Produção Vegetal (Agronomia); Ciências Florestais; Ecologia e Manejo de Recursos Naturais; e Ciência, Inovação e Tecnologia para Amazônia (CITA) são contemplados com pelo menos uma das linhas de pesquisas relacionadas e procuram sempre estabelecer parcerias com instituições com excelência em pesquisa”.

Estágio apresenta novas perspectivas e pode mudar os rumos de uma carreira

Quando um estudante entra na universidade, ele nem sempre imagina o que virá depois, os rumos que a sua carreira tomará, nem as pessoas que encontrará pelo caminho. Com o professor da UFV Ézio Marques da Silva não foi diferente. Quando ingressou na UFV em 1999, tudo o que ele buscava era se “tornar um profissional bem capacitado e trabalhar como engenheiro agrônomo, provavelmente, em uma empresa privada”. Mas assim que começou o estágio no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas, sob a orientação do professor Marcelo Coutinho Picanço, seus planos iniciais ficaram para trás e começou a sua “vida científica”. Concluído o curso de Agronomia, veio o mestrado em Entomologia, o doutorado e em 2009, a aprovação como professor da UFV, no Campus Rio Paranaíba.

Ézio avalia que os oito anos já dedicados à carreira docente foram de grande responsabilidade, satisfação e aprendizado: “O envolvimento no processo de formação e qualificação de um profissional envolve muito mais do que a vivência ou relação em sala de aula do professor e estudante. Tive a oportunidade de conviver com ótimos professores, mas cada um precisa encontrar seu caminho no processo de transferência do conhecimento. A satisfação vem quando encontramos nossos ex-alunos, e eles nos relatam sua vivência no mercado de trabalho e a empolgação pela profissão. Isso é gratificante! O aprendizado é muito grande, pois estamos lidando com outros seres humanos, o que nos leva a ser dinâmicos e receptivos a críticas e elogios”.

Campus Rio Paranaíba

O Campus Rio Paranaíba, onde Ézio atua, foi criado no ano de 2006. Por ser um Campus relativamente novo reserva suas especificidades. “O Campus ainda está em processo de estruturação, isso vai levar certo tempo. Mas por outro lado, as obras não estão estagnadas, apesar da realidade que o país está atravessando. Por isso, até essa estruturação completa, temos muitas estruturas compartilhadas, tais como, gabinetes e laboratórios. O Campus de Rio Paranaíba vive uma realidade diferente do Campus Viçosa, em vários aspectos. Devido ao Campus ser pequeno, temos uma relação mais próxima com os estudantes. Além disso, no caso de alguns cursos, como Agronomia, a localização em uma região com grande inserção no agronegócio contribui muito para vivência, formação e inserção do profissional no mercado”.

O professor Ézio Marques (em pé, último à direita) com seus alunos, durante visita à Entomologia.O professor Ézio Marques (em pé, último à direita) com seus alunos, durante visita à Entomologia.

Hoje, o Campus Rio Paranaíba conta com 10 cursos de graduação e cursos de pós-graduação. De acordo com o professor, “os cursos de graduação têm apresentado ótimo desempenho frente às avaliações do MEC. O Campus conta também a nível de pós-graduação com três cursos: o Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais (PPGMQ-MG), o Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP) e o Mestrado em Agronomia – Produção Vegetal”. Esse último, Ézio conhece bem. Além de ser um dos orientadores do curso, ele coordenou o mestrado em Agronomia de 2013 a 2014.

 Além da coordenação do curso de pós-graduação, Ézio passou recentemente por outra experiência administrativa na UFV. Até o mês de junho, ele era diretor de ensino do Campus Rio Paranaíba: “Durante o mandato na Diretoria de Ensino, estive envolvido na alteração do Regime Didático da UFV, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Ensino, juntamente com as coordenações de curso, analisando e avaliando as propostas. Além disso, foi possível compreender todo o trâmite nas esferas administrativas dos processos acadêmicos, contratação de professores e suporte às coordenações de curso e estudantes. A Diretoria de Ensino me proporcionou o gerenciamento de setores relevantes no Campus e um maior relacionamento com os servidores desses setores. Em função das várias atividades que me envolviam, foi necessário me reorganizar para conciliar todas as atividades inerentes à Diretoria de Ensino, professor e orientação de estudantes”.

Parceria

No que se refere à pesquisa, Ézio trabalha com Manejo Integrado de Pragas.  “Tenho me dedicado aos estudos de controle de pragas em culturas de soja, milho e com maior ênfase, pragas da cultura do abacateiro. Nesse sentido, temos estudado formas alternativas de controle de pragas envolvendo plantas com ação inseticida e agentes de controle biológico, bem como, estudos relacionados a padrões de distribuição e fatores relacionados ao ataque de pragas”.

Apesar de atuar em Rio Paranaíba, o professor não se distanciou de Viçosa, onde tem projetos em parceria com o Laboratório de Manejo Integrado de Pragas e o Laboratório de Interações Inseto-Planta. Ele também co-orienta estudantes de Viçosa e participa de bancas de qualificação e defesas de tese e dissertação.

Visita Insetário

Fruto dessas parcerias, no mês de junho, Ézio trouxe um grupo de 28 alunos de Rio Paranaíba para conhecer algumas instalações do Campus Viçosa. “Na Entomologia, visitamos os Laboratórios de Interações Inseto-Planta, Manejo Integrado de Pragas, Fisiologia e Neurobiologia de Invertebrados e o Insetário. Os estudantes de pós-graduação promoveram uma discussão a respeito das rotinas dos laboratórios, pesquisas realizadas, apresentaram a estrutura dos laboratórios e os professores responsáveis. Os alunos puderam observar as criações de insetos e ter suas dúvidas e curiosidades esclarecidas. Já no Insetário, eles puderam observar as criações de formigas cortadeiras”.

De acordo com o professor, a visita despertou o interesse dos estudantes: “As criações de insetos sempre são um destaque a mais, mas o preparo dos estudantes de pós-graduação que os receberam e as mensagens passadas foram um grande destaque, visto que, no retorno a Rio Paranaíba, estudantes me procuraram para iniciar seu estágio, querendo trabalhar com insetos”. Quem sabe os alunos, assim como o professor Ézio, também não iniciam a “vida científica” ao começarem um estágio na área de entomologia?!

Professor Raul conquista mais um prêmio: a Medalha de Ouro do Mérito em Pesquisa

O professor Raul Narciso Carvalho Guedes acaba de conquistar mais uma premiação: a Medalha de Ouro Peter Henry Rolfs do Mérito em Pesquisa. É a terceira vez que a medalha é conferida a um orientador do PPG em Entomologia. No ano passado, o agraciado foi o professor José Cola Zanuncio, do Departamento de Entomologia, e em 2014, o professor José Eduardo Serrão, do Departamento de Biologia Geral, foi o homenageado.

O agraciado deste ano recebeu a distância o reconhecimento. Atualmente, o professor Raul vive período sabático nos Estados Unidos, onde deverá ficar até junho de 2018, trabalhando no USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. De lá, ele enviou uma mensagem de agradecimento, que você pode conferir aqui.

A cerimônia de homenagens aconteceu na noite da última segunda-feira, dia 28, durante a celebração dos 91 anos da UFV. Como o professor Raul não está no Brasil, coube ao colega de profissão e amigo de longa data, professor Marcelo Coutinho Picanço representá-lo durante a premiação. A amizade entre eles ultrapassa os 25 anos de docência na UFV, ela teve início pouco depois de o professor Raul ingressar no mestrado em Entomologia. Para saber sobre essa e outras histórias que marcam a trajetória do professor Raul na UFV, veja o perfil dele que publicamos no mês de março, quando ele também conquistou outro reconhecimento: o Prêmio Funarbe de Reconhecimento em Pesquisa.

Perfil: Raul Narciso Carvalho Guedes

O professor Marcelo Picanço recebeu a homenagem em nome do professor Raul Guedes.

O professor Marcelo Picanço recebeu a homenagem em nome do professor Raul Guedes. (Foto: Divulgação Institucional UFV)

Entomologia recebe doze novos estudantes

Todo início de semestre, nós do PPG em Entomologia da UFV, temos a alegria de receber os novos estudantes, pessoas que agora, também fazem parte da nossa história, uma história de mais de três décadas. Neste semestre, ingressaram 12 estudantes, seis no mestrado e seis no doutorado. E na tarde da última quinta-feira, dia 24, eles foram recepcionados pelos representantes discentes José Augusto Roxinol e Wilson Rodrigues Valbon. Ambos já passaram por essa experiência e, por conhecerem tão bem as dúvidas e expectativas que cercam este momento de entrada na pós-graduação, os representantes discentes compartilharam com os novos alunos um pouco da sua experiência.

O doutorando Wilson Valbon descreve algumas questões que foram socializadas com os novatos: “Discutimos sobre os cuidados e as responsabilidades pertinentes ao fazerem uso dos sistemas Ufv.br, BBT, Pergamum, SGPPG, Sapiens, Tíquete Eletrônico e PVANet. Abordamos as resoluções da pós-graduação da UFV e apresentamos o coordenador da pós, Simon Luke Elliot, o chefe do Departamento de Entomologia, Eraldo Rodrigues de Lima e a secretária do Programa, Eliane de Castro“.

Além disso, os representantes discentes informaram aos novos mestrandos e doutorandos, os canais de comunicação pelos quais os estudantes podem interagir: o e-mail  discentes.entomologia@gmail.com e no Facebook, o perfil Discentes Entomologia UFV, a página Entomologia UFV  e o grupo Entomologia/UFV.