Entomologia oferece vaga para mestrado em Edital Extraordinário

O Programa de Pós-Graduação em Entomologia lança pela primeira vez um Edital Extraordinário com oferta de uma vaga para o curso de mestrado, com ingresso no segundo semestre de 2024. 

Para concorrer, os candidatos precisam atender a todos os pré-requisitos expressos no Edital, como, por exemplo, ter sido bolsista de Iniciação Científica por pelo menos um ano e ter coeficiente de rendimento igual ou superior a 85. 

O prazo para inscrições vai desta terça-feira, 16 de abril, até o próximo dia 16 de maio, no endereço https://www.gps.ufv.br/. A isenção da Taxa de Inscrição (conforme previsto no Edital Geral da Pós-Graduação) só poderá ser solicitada até o dia 30 de abril.

A seleção dos candidatos será realizada por uma comissão designada pelo PPG, que fará a análise da documentação apresentada considerando os critérios estabelecidos no edital. Se julgar necessário, a comissão poderá ainda realizar entrevista com os candidatos.

A seleção para a vaga se dará de forma totalmente independente do Processo Seletivo 2024/02, cujo edital já foi divulgado.

Doutoranda Jéssica Martins desenvolve pesquisa na Universidade da Geórgia

A doutoranda Jéssica Martins, do Programa de Pós-Graduação em Entomologia, acaba de concluir o período de um ano na University of Georgia, no campus de Tifton, nos EUA. Na temporada norte-americana, a pesquisadora, que no Brasil é orientada pela professora Madelaine Venzon, foi recebida pelo professor Jason Schmidt (na foto acima), no Schmidt’s Biocontrol Lab. Nos 12 meses em que esteve na Georgia, Jéssica desenvolveu novos aspectos de sua pesquisa em torno de fungos endofíticos com potencial entomopatogênico, firmou uma parceria com David Shapiro-Ilan, pesquisador vinculado ao Departamento de Agricultura do Governo Americano, e teve a oportunidade de apresentar seu trabalho em vários eventos acadêmicos.  

“É um saldo extremamente positivo, não só por aprimorar o inglês, mas também por ter conseguido atender ao que eu tinha me proposto a fazer com relação ao meu projeto. E como algumas parcerias surgiram, algumas que até então não estavam previstas, foi melhor ainda do que eu pensei inicialmente”, conta Jéssica, que entra agora no último ano de seu doutorado. “O laboratório com o qual eu mantive meu vínculo nos EUA possui equipamento e equipe muito especializados na parte de biologia molecular, então eu acredito que, com os resultados que estou trazendo para o Brasil, eu vou conseguir responder algumas perguntas relacionadas ao aspecto de ação e ao potencial de uso destes fungos para o controle de pragas polífagas.”

Nos EUA, Jéssica pode trabalhar também com um time de brasileiros, incluindo egressos da Entomologia

O período fora do país permitiu que Jéssica trabalhasse com os pesquisadores de diversas partes do mundo, como Nigéria, Jamaica e Índia, além dos nativos norte-americanos. “Felizmente, as pessoas foram muito receptivas, e vivi uma troca de experiência muito boa. Fui muito bem recebida não apenas pelo meu coorientador, mas também pelos demais colegas e técnicos.” Na equipe do laboratório estava também um grupo especial: o de egressos do PPG Entomologia que, por diferentes caminhos, acabaram por seguir seus estudos na Georgia – Pedro Toledo, que fez mestrado em Viçosa e atualmente é doutorando na University of Georgia, e Elem Martins, pós-doc que retornou ao Brasil pouco antes de Jéssica, além de Sarah Rezende, que foi aluna de graduação (Agronomia) da UFV e atualmente é estudante de doutorado.  

“Ter encontrado egressos do PPG também foi um fator muito importante, muito interessante, que me fez ver a importância da Entomologia UFV, e como o próprio programa nos prepara para essas experiências internacionais. Foi muito gratificante ter a parceria e a oportunidade de conviver com essas pessoas, isso faz com que a gente veja que nós estamos seguindo e trilhando um caminho certo, cheio de desafios, mas para o quais a nossa escola acaba nos preparando muito bem.”

Jéssica viajou para o período sanduíche com uma bolsa Capes Print. Além das experiências laboratoriais e de campo, ela destaca as técnicas de biologia molecular as quais teve acesso e a participação em quatro eventos nacionais e internacionais. “Estou indo para o meu último ano de doutorado agora, e acredito que não só a parte de capacitação da língua estrangeira, mas também as novas metodologias, as novas técnicas, principalmente baseadas em biologia molecular serão muito importantes para os passos que eu pretendo dar no futuro.”

Orientadora do PPG conclui curso de capacitação da Embaixada dos EUA para ministrar aulas em inglês

A professora Maria Augusta Lima Siqueira (na foto, ao centro), orientadora do Programa de Pós-Graduação em Entomologia, concluiu em São Paulo o curso “Internationalization in Higher Education Seminar: English as a Medium of Instruction“, oferecido pela embaixada dos Estados Unidos a professores com potencial para atuar em ações de internacionalização. A intenção da embaixada, que selecionou apenas um professor em Viçosa, é que os participantes se capacitem para ministrar disciplinas em inglês e estreitar parcerias com universidades americanas, potencializando, ao mesmo tempo, os programas de internacionalização de suas universidades de origem e das instituições norte-americanas. 

A primeira etapa do curso aconteceu online, no segundo semestre de 2023. Foram cerca de três meses de atividades voltadas para didática e organização de disciplinas, com destaque para os módulos semanais, que incluiam aulas ministradas por professores da Universidade de Ohio. Semanalmente, os alunos também precisavam realizar uma série de atividades que eram avaliadas pelos professores e comentadas pelos colegas. “O curso foi muito bom e, ao mesmo tempo, muito difícil. Nos demandou muita dedicação e tempo para cumprir com todo o cronograma”, conta Maria Augusta. 

A etapa presencial, realizada em fevereiro em São Paulo, foi oferecida apenas aos participantes que obtiveram as melhores notas na fase virtual. “Lá, eles aprofundaram um pouco mais o conteúdo e compartilharam experiências. Selecionaram alguns professores brasileiros que já estão dando aula dessas disciplinas há mais tempo para falar como estava funcionando, como era experiência. Fizeram grupos de trabalho para discutir sobre as principais demandas e desafios para implementarmos essas disciplinas em nossas instituições”. 

Agora, concluídas as atividades do curso, Maria Augusta se prepara para dividir com outros colegas da UFV as técnicas apresentadas nas aulas, instrumentalizando um número cada vez maior de profissionais para oferecer disciplinas em inglês. “Eles reforçam que o inglês não precisa ser excelente, já que nós não somos falantes nativos. É uma abordagem bem interessante, que de fato abre outras perspectivas. Ao longo do curso, eu já tive a oportunidade de utilizar as técnicas para elaboração de uma primeira disciplina, o que foi muito produtivo.” 

A intenção da professora é oferecer em breve, em Viçosa, um workshop com a participação da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFV e de professores do PPG Entomologia, programa que mais oferece disciplinas em inglês na instituição. A disciplina em inglês ofertada pela professora intitula-se “Social Insects” e será ministrada no segundo semestre de 2024, para alunos do PPG em Entomologia e de outros programas de pós-graduação da UFV.

Foto: Helmara de Moraes

Entomologia abre processo seletivo com vagas para mestrado e doutorado

O Programa de Pós-Graduação em Entomologia recebe a partir da segunda-feira, 01 de abril de 2024, inscrições para o Processo Seletivo 2024/02, que oferece vagas de mestrado e doutorado. 

O edital, com todas as informações sobre o processo, pode ser lido neste link. 

Para o segundo semestre deste ano, o PPG tem em aberto cinco vagas de mestrado e outras cinco de doutorado. O número de bolsas depende da liberação pelas agências de fomento (CAPES, CNPq e FAPEMIG). 

As inscrições devem ser feitas até o dia 16 de maio, exclusivamente pela internet.

A primeira etapa do processo seletivo será a realização de uma prova escrita, em 24 de maio, via Google Forms. Os aprovados nesta etapa passarão para a Avaliação de Currículo e a Arguição Oral, entre os dias 03 e 07 de junho. Todos os detalhes das avaliações e outras informações importantes para os candidatos estão descritas no edital.

O resultado final deve ser divulgado a partir do dia 01 de julho, e as aulas terão início em 05 de agosto. 

Atualizações importantes sobre o processo seletivo e documentos de referência para os candidatos serão postados neste site, na seção Inscrição.

Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves

Harry Evans, referência mundial em fungos entomopatogênicos, oferece disciplina em Viçosa

De passagem pelo Brasil para participar do X Congresso Brasileiro de Micologia, realizado em fevereiro, o professor e pesquisador britânico Harry Evans, referência em fungos entomopatogênicos, ministrou disciplina especial na UFV. Alunos dos programas de pós-graduação em Entomologia e Fitopatologia, além de estudantes de outras instituições de ensino, frequentaram ao longo de uma semana aulas teóricas e práticas de Harry na disciplina “Symbiotic Interactions: Arthropods and Kingdom Fungi“. 

Essa é a terceira vez que o curso é oferecido na UFV neste formato, conta o professor orientador do PPG Entomologia Simon Elliot, parceiro de trabalho de Harry há duas décadas e vice-coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioinsumos Inovadores. “Nossa intenção é criar oportunidade para os estudantes conhecerem a diversidade de fungos que ocorrem naturalmente interagindo com insetos, especialmente patógenos de insetos.As áreas brasileiras, como a Mata Atlântica, detém uma grande quantidade de fungos, e o Harry vem com frequência realizar estudos no aqui.”

O doutorando Samuel Santos, que estuda a relação entre fungos e insetos sob orientação de Simon, atuou como monitor da disciplina e comemorou a oportunidade de aprender com Harry ao longo da semana. “Pra mim, que trabalho nessa área e tenho o Harry como principal referência, foi magnífica a experiência. Ter a maior referência da minha área me ensinando coisas diferentes e poder trabalhar junto com ele para organizar o material coletado, identificar esse material e processar, foi muito bom. Eu me senti muito validado, foi uma experiência muito enriquecedora.”

Segundo ele, a interação do professor visitante com a turma, composta por pós-graduandos de várias instituições brasileiras, foi excelente. Além das aulas teóricas, o grupo realizou junto uma expedição à Mata do Paraíso, em Viçosa, onde foram feitas coletas e observações relativas à disciplina (veja fotos na galeria abaixo). “As pessoas puderam interagir com ele o tempo todo, e ele foi muito solicito, interagia bastante, chamava para ver as coisas que ele identificava e tinha curiosidade para ver as coisas que os alunos estavam encontrando em campo. Então, foi uma integração muito boa entre o professor pesquisador referência em fungos entomopatogênicos e as pessoas que estão entrando neste caminho por agora.” 

O mestrando do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) Tales Alves Júnior soube da disciplina por meio de colegas e, após o Congresso de Micologia, decidiu esticar sua estada em Minas para participar das atividades em Viçosa. “A disciplina foi sensacional, principalmente pela abordagem metodológica de treinar os discentes no ‘quem são’ e como coletar e processar o material (treinamento esse que não tive na minha formação até então), além do contato direto com pesquisadores de excelência na área”, ele conta. “Também fiquei fascinado pela diversidade de entomopatogênicos na Mata do Paraíso. Essa disciplina contribuiu muito com minha formação, e veio em um momento fundamental da minha formação, tendo em vista que agora estou finalizando o mestrado e tenho a intenção de continuar no doutorado na mesma área.” 

Harry já esteve outras vezes em Viçosa, em colaboração com professores vinculados aos PPGs Entomologia e Fitopatologia. “Conheço Harry desde os anos 1990, quando eu fiz doutorado na Imperial College. Quando eu vim para a UFV, em 2006, ele estava aqui, para um período como visitante. Fizemos algumas coisas juntos, ele coorientou alguns alunos, começamos a identificar alguns fungos que estão nas matas, especialmente os que matam formigas e os que parasitam jardins de formigas cortadeiras, e começamos a olhar um pouco a ecologia, especialmente deste segundo grupo. Harry já ajudou a treinar mais de uma geração de micologistas brasileiros”, conta Simon, destacando o trabalho realizado por Harry com os professores Robert Barreto e Olinto Liparini, vinculados à Fitopatologia.  “Além de um treinamento sobre como identificar os fungos, sobre como fazer com as lâminas, no campo, a turma desfrutou de um monte de ideias que Harry tem, por causa da vasta experiência dele. Trabalhando nos trópicos no mundo inteiro, ele já viu muita coisa e pôde passar um pouco da visão dele para os alunos.”

Fotos: Rodrigo Carvalho Gonçalves