Estão abertas as inscrições para eleição de representantes discentes

Os interessados em concorrer à eleição de representantes discentes na comissão coordenadora do programa têm até o dia 25 de novembro para inscreverem as chapas. Podem se inscrever estudantes regularmente matriculados no doutorado do PPG em Entomologia da UFV. A representação discente é composta por um representante efetivo e um suplente, eleitos para um mandato de um ano.

A votação para escolha dos novos representantes vai acontecer no dia 1º de dezembro (quinta-feira), às 17h, no auditório do Bioagro. Os eleitos vão substituir os doutorandos Bruno Pandeló Brügger e Manuel Antonio Solís Vargas, que atualmente compõem a representação discente.

Leia o Edital de Convocação da Eleição

Resultado da prova escrita dos candidatos ao doutorado

Saiu o resultado da prova escrita ao doutorado: 16 candidatos foram aprovados para a próxima etapa do Processo Seletivo 2017/1. A prova escrita teve o valor de 10 pontos, sendo eliminatória para o doutorado. Foram classificados os candidatos que alcançaram nota igual ou superior a 5,0, conforme pode ser conferido no arquivo abaixo:

 Resultado da prova escrita ao doutorado

A etapa seguinte da seleção ao doutorado é a arguição oral, que será realizada no dia 2 de dezembro (sexta-feira), a partir das 8h, no Departamento de Entomologia. Todos os candidatos classificados precisam confirmar na secretaria do Programa de Pós-Graduação a sua participação na arguição oral.

Vale lembrar que a arguição oral poderá ser realizada via Skype para os candidatos residentes em outras cidades. Para isso, o candidato também deve confirmar o procedimento na secretaria da pós, com antecedência mínima de 10 dias.

A prova de arguição oral é eliminatória, sendo que será considerado eliminado o candidato que não alcançar nota igual ou superior a 5,0. Nessa etapa, serão avaliadas as capacidades técnicas e científicas e aptidão vocacional para ingresso no doutorado.

De acordo com o Edital, o resultado final do Processo Seletivo 2017/1, ao mestrado e ao doutorado, será divulgado a partir do dia 12 de dezembro.

Foto: Lucas Paolucci

Alunos da disciplina ENT 666 apresentam particularidades do mundo dos insetos no “I Bar com Ciência”

Uma mesa de bar, algumas bebidas e boas doses de inspiração compuseram o cenário das discussões científicas na noite da última quinta-feira, dia 17, durante o I Bar com Ciência. A princípio, o local pode até parecer inusitado para se apresentar um trabalho acadêmico, mas ninguém também pode negar que o ambiente escolhido é bem familiar e acolhedor para a maioria das pessoas que apreciam compartilhar bons momentos com os amigos.  As apresentações ficaram por conta dos alunos da disciplina ENT 666 – Taxonomia de Insetos Adultos, que levaram ao conhecimento do público, informações e fotos de insetos pertencentes aos mais diferentes grupos nas classificações de ordem e família.

DSC_0064Sob a orientação do professor Paulo Sérgio Fiuza, estudantes de mestrado e doutorado em Entomologia e Biologia Animal apresentaram as experiências que adquiriram nos estudos realizados em diferentes ecossistemas naturais. Ao todo, foram quatro apresentações de 15 minutos cada. De acordo com o professor Fiuza, “a cada foto de inseto apresentada se associava o seu papel de importância na natureza: polinizadores, controladores biológicos, predadores e parasitas. A importância na contribuição da reciclagem de nutrientes na natureza. Fontes de recurso alimentar para aves, répteis, mamíferos, entre outros. As vestiduras miméticas para os insetos se defenderem de eventuais predadores, a importância médica como vetores, importância agrícola, entre outras particularidades do mundo dos insetos”.

Doutoranda publica trabalho realizado em colaboração com pesquisadora da Fiocruz Minas

Acaba de ser publicado na PloS Neglected Tropical Diseases, o artigo “Screening of fungi for biological control of a triatomine vector of Chagas disease: temperature and trypanosome infection as factors”, fruto de um trabalho colaborativo entre a doutoranda em Entomologia, Aline Moura Garcia, e a pesquisadora Alessandra Aparecida Guarneri, da Fiocruz Minas. Outros pesquisadores do Laboratório de Interações Inseto-Microrganismo da UFV, coordenado pelo professor Simon Luke Elliot, também participaram do estudo, cujo objetivo foi testar o efeito de fungos entomopatogênicos na sobrevivência do inseto vetor da doença de Chagas, Rhodnius prolixus.

Para desenvolver os experimentos, o grupo contou com todo o suporte do Centro de Pesquisas René Rachou – Fiocruz Minas, unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz, sediada em Belo Horizonte. “Testamos a patogenicidade de isolados de Metarhizium spp. e Beauveria bassiana, e investigamos o efeito na sobrevivência dos triatomíneos quando expostos a diferentes temperaturas e quando infectados com o Trypanosoma cruzi, o protozoário que causa a doença de Chagas. Vimos que insetos parasitados com o T. cruzi tiveram maior tempo de vida que os insetos não parasitados, quando foram expostos ao fungo entomopatogênico Beauveria bassiana independente das temperaturas testadas” – explica a primeira autora do estudo, Aline Moura Garcia. Imagem2

O trabalho faz parte da dissertação de mestrado de Aline, sendo que os estudos sobre o tema tiveram continuidade no doutorado, com a realização de experimentos complementares. A doutoranda destaca que “aspectos como temperatura e presença de simbiontes e/ou parasitos em insetos alvo, podem influenciar na seleção de ferramentas biológicas para o controle de insetos vetores. A presença de T. cruzi nos insetos infectados com fungo pode conferir alguma medida de resistência ao patógeno e, portanto, fazer com que essa ferramenta seja pouco eficiente, promovendo a seleção de populações de insetos com parasitos, e dessa forma, continue a propagação de doença”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença de Chagas é uma doença negligenciada e atinge de 7 a 8 milhões de pessoas, sobretudo, nas Américas do Sul e Central. Estima-se que a doença cause aproximadamente 12 mil mortes por ano. A autora do artigo publicado na PloS Neglected Tropical Diseases completa: “Embora, atualmente, os maiores problemas com a doença estejam relacionados a surtos de infecção oral, através da ingestão de alimentos contaminados com o parasito, a principal forma de controle vetorial em áreas com infestações é feita com uso de inseticidas. Porém, isso não tem impedido a mobilidade dos vetores e como consequência, a reinfestação de domicílios tratados com inseticidas e o surgimento de populações resistentes a esses compostos”.

Estudo detecta Drosophila suzukii em plantação de morango no estado de Minas Gerais

Uma pesquisa desenvolvida por integrantes do PPG em Entomologia em parceria com membros da empresa Econtrole confirmou a presença de Drosophila suzukii (Matsumura) (Diptera: Drosophilidae) em uma produção orgânica de morangos no município de Ervália, no estado de Minas Gerais. O estudo intitulado “Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) arrives at Minas Gerais State, a main strawberry production region in Brazil”, de autoria do mestrando em Entomologia, Felipe Andreazza, em coautoria com Khalid Haddi, Eugenio E. Oliveira e João Alfredo M. Ferreira, foi publicado pela Florida Entomologist, no mês de outubro.

D. suzukii femea, seta indica ovipositor caracteristico  da espe cieA mosca D. suzukii, também conhecida como drosófila-de-asa-manchada, foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2013, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Desde sua invasão no Brasil, já há registro dessa praga atacando frutos de morango (Fragaria ananassa), goiaba (Psidium guajava) e também frutos nativos, como o araçá (Psidium cattleyanum) e a pitanga (Eugenia uniflora). Anteriormente, no entanto, grandes danos e perdas econômicas no Brasil foram relatados apenas na produção de morangos no estado do Rio Grande do Sul. Além dos estados do sul, recentemente a mosca D. suzukii já foi relatada também nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Contudo, essas moscas foram encontradas em armadilhas ou frutos coletados em áreas não agrícolas, sendo que em São Paulo o registro ocorreu em frutos comercializados em mercados da capital, provenientes de Santa Catarina” – destaca o pesquisador João Alfredo M. Ferreira, um dos autores da pesquisa.

D. suzukii femea sobre morango  no campo em Erva lia -  MGAté o início deste ano não se tinha registros de D. suzukii em Minas Gerais. Mas no mês de março, indivíduos da espécie nativa da Ásia foram identificados no estado de Minas Gerais. João avalia que “a chegada de D. suzukii às Minas Gerais, que fica a aproximadamente 1.500 km ao norte do seu primeiro local de registro, deve alertar os produtores, a comunidade científica e autoridades, já que essa região é uma das principais produtoras de morangos do Brasil e agora está suscetível a aumentos nas perdas da produção causadas por essa espécie invasora”.

João, que é sócio da Econtrole, empresa de controle biológico, afirma que eles vêm realizando diversas pesquisas visando encontrar novas alternativas e agentes de controle agroecológico de pragas e seus possíveis usos comerciais na agricultura. Nesse sentido, ele avalia que “a falta de ferramentas de manejo efetivas para D. suzukii, além do controle químico tradicional, torna essa praga um importante objeto de estudo na busca de alternativas para o seu controle em sistemas orgânicos ou sem o uso de agrotóxicos”.

Fotos: Felipe Andreazza