Total de 94 candidatos confirma participação no Processo Seletivo 2017/1

A Entomologia recebeu a confirmação de 94 inscrições de candidatos no Processo Seletivo 2017/1. No mestrado, 64 candidatos se inscreveram para concorrer a 10 vagas. Para o doutorado, são 30 concorrentes a cinco vagas.

A primeira etapa do Processo Seletivo 2017/1 será realizada no dia 11 de novembro, em Viçosa e em outras 33 cidades brasileiras, e também na Colômbia. Em Viçosa, a prova escrita será realizada no auditório 1 do PVB ( Pavilhão de Aulas II), no Campus da UFV.

Veja abaixo as relações de candidatos confirmados e as respectivas informações sobre o local de realização da prova escrita:

 Candidatos ao mestrado

 Candidatos ao doutorado

Estudantes da pós repudiam a PEC 241

A medida econômica tida como prioridade pelo Governo Temer, a PEC 241, que limita os gastos públicos, desencadeou uma onda crescente de manifestações contrárias à sua aprovação. Afinal, a proposta estabelece um teto para as despesas do governo federal por até 20 anos, congelando os gatos e alterando o financiamento da saúde e da educação.  De acordo com um levantamento da UNE (União Nacional dos Estudantes), divulgado nesta quarta-feira, dia 26, 102 universidades estão ocupadas por estudantes contrários à PEC 241. A UFV é uma dessas instituições de ensino. Desde o dia 18 de outubro, o prédio principal da instituição, que concentra a parte administrativa, está ocupado por estudantes.

Além da ocupação do “Bernardão” – como o prédio principal é conhecido, outras manifestações espontâneas têm surgido pelo Campus. No prédio da Entomologia, cartazes contrários à PEC 241 foram confeccionados e fixados por discentes na porta da sala dos estudantes e na fachada do prédio. Logo outros estudantes aderiram às manifestações e fixaram panfletos contra a PEC nas portas de alguns laboratórios.

De forma espontânea, as manifestações vão ganhando vozes. O doutorando em Entomologia Lírio Cosme Júnior é um dos estudantes que se indignaram com a medida econômica e faz questão de manifestar a sua opinião: “Tememos o impacto gigantesco que a PEC 241 pode acarretar à ciência e à educação, o impacto financeiro nas universidades federais e outros setores com o congelamento de gastos, como indica as simulações feitas pela UFMG e pelo DIEESE. O sucateamento do ensino público básico é outra preocupação: como isso pode afetar futuramente as novas gerações de estudantes e profissionais. Além da saúde, segurança e a sociedade como um todo”.

O doutorando destaca que as discussões entre os estudantes do PPG em Entomologia foram surgindo e que o debate de ideias foi fundamental para que eles se posicionassem sobre a questão. “Os estudantes ouvidos, independentemente de posições ideológicas, concordaram que este é um momento crucial na história recente do nosso país e que por isso mesmo a PEC 241 deveria ser mais debatida com a sociedade. Sabemos que o impacto dela recairá mais pesadamente sobre a população pobre, que não tem acesso a bons planos de saúde vitalícios ou escolas privadas para seus filhos. Portanto, da maneira como foi elaborada, ela não poderia ser votada sem maiores discussões e com tamanha velocidade”.

 A um passo da aprovação

Na última terça-feira, dia 25, a Câmara dos Deputados aprovou em segunda votação a PEC 241. Foram 359 votos a favor, 116 contra e duas abstenções. Agora, a proposta está no Senado, onde será votada em dois turnos. Para aprovação, é necessário que 49 dos 81 senadores votem a favor. Sendo aprovada também no Senado, o teto para os gastos públicos começa a valer a partir de 2017.

O doutorando em Entomologia pondera que após as discussões, os estudantes da pós chegaram à “conclusão de que não é ruim que o governo possua um teto de gastos. Até porque é óbvio que ninguém pode gastar mais do que arrecada. Entretanto, não faz sentido algum propor um limite de gastos sem antes cortar os benefícios e privilégios do poder judiciário, legislativo e executivo, e adotar um combate mais intensivo e extensivo à corrupção”.

De acordo com Lírio, a inquietação dos discentes vai além: “Outra preocupação levantada pelos estudantes da pós é o silêncio dos professores em relação a essa proposta. Como cientistas e formadores de opinião, seria interessante ter o ponto vista deles expresso. Quando observamos que nossos políticos são, muitas vezes, iletrados, desconhecidos da população, corruptos e ignorantes em vários aspectos, é de se espantar o silêncio da academia”.

 Notas contrárias à PEC

Vale destacar que a UFV manifestou o seu posicionamento sobre a PEC 241. O CONSU (Conselho Universitário da UFV) expressou por meio de uma nota a sua preocupação com os efeitos para a educação brasileira decorrentes da eventual aprovação da PEC. A manifestação da UFV sobre a PEC 241 foi uma reivindicação do movimento Ocupa Bernardão. Na nota divulgada no dia 21 de outubro, o CONSU afirma ser contrário à proposta de emenda à constituição como ela está.

No documento, o órgão superior de administração da UFV afirma: “Em razão da expansão pela qual passam as universidades públicas brasileiras e considerando que muitos campi implantados ainda não se encontram consolidados, tem-se o entendimento de que quaisquer propostas voltadas para o equilíbrio das finanças públicas devam concentrar-se no aumento da eficiência na aplicação dos recursos públicos, sem prejuízos dos investimentos para os segmentos prioritários, quais sejam, educação, saúde e seguridade social, direcionados à formação de recursos humanos e fundamentais ao desenvolvimento social e econômico de nossa nação”.

A APG (Associação de Pós-Graduandos da UFV) também se manifestou contrária à PEC 241. Em nota divulgada no dia 19 de outubro, a APG defende a educação pública, gratuita e de qualidade; a pós-graduação, o pesquisador e a pesquisa; e a manutenção das instituições de fomento federais. Contrária à PEC 241, afirma: “Mesmo reconhecendo a necessidade de preservar o equilíbrio de contas públicas, as consequências para o ensino superior brasileiro no cenário de aprovação desta emenda são desastrosas”.

Livro aborda diversidade e endemismos de espécies na Reserva Natural Vale

O livro Floresta Atlântica de Tabuleiro: Diversidade e Endemismos na Reserva Natural Vale foi lançado no fim do mês de setembro, durante o 67º Congresso Nacional de Botânica, realizado em Vitória (ES). Abordando a diversidade de animais e plantas de uma das maiores áreas protegidas de Mata Atlântica do Brasil, o livro apresenta 29 capítulos, escritos por 104 autores. O professor Paulo Sérgio Fiuza é um deles. Fiuza juntamente com os pesquisadores David dos Santos Martins, Maurício José Fornazier, egressos do PPG em Entomologia, e José Simplício dos Santos escreveram o capítulo Coleópteros e Hemípteros da Reserva Natural da Vale.

Editado por Samir Gonçalves Rolim, Luis Fernando Tavares de Menezes e Ana Carolina Srbek Araujo, o livro é composto pelas seguintes partes: História e Ambiente Físico; Ecologia Vegetal; Flora; Fauna de Invertebrados; Fauna de Vertebrados; e Desafios e Oportunidades.

 Reserva Natural Vale

A Reserva Natural Vale (RNV) se localiza no município de Linhares, no norte do estado do Espírito Santo. Mantida pela empresa Vale desde a década de 50, a RNV tem ao todo 23 mil hectares e é um dos últimos grandes remanescentes da Floresta de Tabuleiro, uma das formações florestais mais ameaçadas do bioma Mata Atlântica.

“Além de apresentar um pouco da contribuição da RNV para a conservação da flora e da fauna do bioma, os conteúdos abordados neste livro nos ajudam a vislumbrar também o quanto continua sendo perdido atualmente na Mata Atlântica em decorrência da destruição histórica dos ambientes naturais pelo homem, além de reforçar a importância de se conservar adequadamente as áreas remanescentes no bioma. Nossa expectativa é que esta obra contribua para estimular o conhecimento da diversidade biológica, bem como dos processos necessários para sua manutenção” – afirmam os editores.

 Baixe gratuitamente o livro Floresta Atlântica de Tabuleiro: Diversidade e Endemismos na Reserva Natural Vale.

Alunos do Instituto Federal Baiano vêm à UFV para complementação curricular

Um grupo de 45 estudantes do curso técnico em Agropecuária do Instituto Federal BaianoIF Baiano teve a oportunidade de acompanhar de perto atividades de alguns setores da UFV. A visita realizada no mês de setembro teve como objetivo proporcionar aos estudantes complementação de componentes curriculares na parte de apicultura, agrostologia, avicultura, agricultura geral, bovinocultura, caprinocultura, solos e zoologia.

Um dos responsáveis pela visita à UFV foi o professor Júlio Cláudio Martins, egresso do PPG em Entomologia. Docente no IF Baiano desde 2013, Júlio destaca que além da complementação curricular, “a visita propiciou aos alunos conhecer a UFV, que possui uma estrutura de cursos nas áreas de ciências agrárias e biológicas, que se relacionam com a formação deles, que são alunos do curso técnico integrado ao ensino médio e subsequente ao ensino médio em Agropecuária”.

No período de 11 a 14 de setembro, o grupo visitou setores da zootecnia (avicultura, caprinocultura, agrostologia e bovinocultura), vale da agronomia, museu de zoologia, museu de solos e apiário. De acordo com o professor Júlio, a visita atendeu todas as expectativas. Ele acredita que o que mais chamou a atenção dos seus alunos foi “a UFV em si, com toda a sua estrutura predial e de equipamentos, e a receptividade e atenção dos professores que nos atendeu. Muitos dos alunos, que na maioria são alunos de nível de ensino médio, vislumbraram a perspectiva de irem estudar na UFV futuramente” – comenta.

DSC08395Professor Weyder Santana explica aos alunos do IF Baiano temas relacionados à apicultura.

Egresso do PPG em Entomologia, o docente do IF Baiano lamenta que seus alunos não tenham conhecido outros setores do Departamento de Entomologia, além do apiário. “Na visita ao apiário, destaco o empenho, disponibilidade e interesse do professor Weyder Santana em nos atender. Também destaco o interesse do professor Eugênio Oliveira para que pudéssemos visitar não somente o apiário, mas o Departamento de Entomologia como um todo. Pena que não tivemos tempo e oportunidade”.

 Mais alguns momentos da visita ao apiário:

  Experiência docente

O professor Júlio se graduou em Agronomia na UFV, em 2006. Na sequência, fez mestrado (2008) e doutorado (2012) em Entomologia. Ele seguiu no pós-doc no Departamento de Entomologia por um ano, até ingressar como docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Teixeira de Freitas. “A minha formação geral do curso de Agronomia e específica em Entomologia contribui para o melhor desempenho das minhas atividades docentes, pois tenho atuado não somente em disciplinas referentes à área específica de formação”.

Júlio ainda destaca que “outro ponto interessante é a experiência prévia. Quando ainda no mestrado e doutorado, pude atuar como professor de entomologia quando o mesmo não poderia estar presente. Além disso, a experiência e a convivência com os professores da Entomologia contribuíram muito para entender um pouco as dificuldades e desafios de atuar em uma instituição de ensino, pesquisa e extensão pública. Além da convivência em grupo, especialmente, quando se tem pessoas de diversas formações, formas de pensar diferentes, vaidades, que é um desafio muito grande em um ambiente de trabalho. Na UFV fui monitor do curso de pós-graduação Lato Sensu e do mestrado profissional, isso me propiciou a experiência para atuar em cursos de pós-graduação que temos no IF Baiano e também na atividade administrativa que exerço atualmente, que é a coordenação do curso técnico em Florestas”.

Seminários do dia 13 de outubro

Participe dos seminários desta quinta-feira, dia 13:

  • Às 17:00 – “O guarda costas”, por Renata Ramos Pereira
  • Às 17:30 – “Aquecimento global: comunidades em perigo”, por Valdeir Celestino dos Santos Júnior

Local: auditório do Bioagro

Foto: Eraldo Lima