Entomologia oferece total de 12 bolsas para mestrado e doutorado

Até a próxima sexta-feira, dia 28 de abril, a Entomologia UFV estará recebendo inscrições de candidatos para o Processo Seletivo 2017/II. Ao todo, são oferecidas 12 vagas, seis vagas para mestrado e seis para doutorado. Vale destacar aos interessados que não residem em Viçosa (MG), que existe a possibilidade de fazer a prova em outros locais do Brasil e também no exterior.

Para o mestrado, as etapas da seleção compreendem prova escrita classificatória e análise de currículo. Para o doutorado, a prova escrita é eliminatória. O candidato que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 será eliminado. Além da prova escrita, os candidatos ao doutorado passam por análise de currículo e arguição oral. Será eliminado o candidato ao doutorado que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 na arguição oral.

A prova escrita consistirá na interpretação de um artigo científico escrito em inglês. A prova será realizada em Viçosa (Sala 201 do PVA ), no dia 05 de maio, das 8 às 11h30min (horário local). Visando facilitar a participação, o Programa de Pós-Graduação em Entomologia oferece ao candidato a possibilidade de fazer a prova escrita em outros locais do Brasil e exterior. Contudo, isso não se configura como direito adquirido.

Os candidatos que desejarem fazer a prova fora de Viçosa precisam informar no momento da inscrição o local pretendido e devem contatar previamente um pesquisador ou professor que se disponha a aplicar a prova numa instituição sediada na cidade escolhida. Feito isso, é preciso enviar essas informações à secretaria do PPG em Entomologia, através do e-mail ent@ufv.br , com cópia para entomoprova@gmail.com .

A arguição oral, etapa exclusiva para os candidatos ao doutorado, poderá ser realizada via Skype para residentes em outras cidades, desde que os candidatos avisem com antecedência à secretaria do Programa. Para mais informações, leia os Critérios para a seleção de candidatos 2017/II.

Seminários do dia 20 de abril

Nesta quinta-feira, dia 20 de abril, no auditório do Bioagro, serão apresentados dois seminários:

  • Às 17:00 – “Mãe é Mãe”, por  Thadeu Carlos de Souza
  • Às 17:30 – “Longevidade das operárias: um limitante na disseminação de patógenos?”, por Karina Dias Amaral

Participe!

Pequenos visitantes se surpreendem com a grandeza dos insetos na Entomologia

Alunos da escola Coeducar conheceram de perto sobre o mundo dos insetos, durante a visita que fizeram à Entomologia UFV, no dia 6 de abril. Um momento repleto de alegria e de muitas surpresas para os pequenos visitantes. “A descoberta da rainha é o que chama mais a atenção das crianças, devido ao seu tamanho mais pronunciado. Geralmente, as crianças esperam que todas as formigas sejam bem pequenas e o tamanho das rainhas (tanajuras) sempre surpreende” – conta a doutoranda Lailla Gandra, uma das responsáveis por receber os pequeninos no Insetário.

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A visita começou pelo Insetário, no Laboratório de Mirmecologia, onde as crianças puderam conhecer as colônias de formigas cortadeiras e os indivíduos que dela fazem parte. Conheceram a plantação de onde são retirados os recursos para a manutenção da colônia. Depois, seguiram para o Hall da Entomologia, onde descobriram outras curiosidades e, por fim, foram à casa de vegetação, onde se encantaram com a transformação de lagartas em borboletas.

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No Hall da Entomologia, as crianças foram recepcionadas pelos doutorandos Morgana Fonseca, Marcus Duarte e Marcos Mattos, que prepararam uma pequena mostra aos visitantes. Os integrantes do Laboratório de Acaralogia mostraram como ocorrem herbivoria e predação. Morgana descreve: “Mostramos folhas sadias e atacadas por ácaros para que eles vissem a diferença entre elas. As sadias pareciam ‘felizes’, estavam verdinhas. As atacadas pareciam tristes e doentes’. Usamos folhas de lichia infestadas pelo ácaro da lichia, que causa galhas na folha, deixando-a marrom, parecendo aveludada. Também mostramos folhas de feijão de porco infestadas pelo ácaro rajado, que deixa a folha cheia de pontinhos brancos, pretos e meio amarelada” .

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As crianças também viram seres minúsculos ampliados pela lupa. Isso aguçou a curiosidade deles. Morgana conta que “eles viram folhas de feijão de porco sendo atacadas pelo ácaro rajado e esse sendo atacado pelo seu predador. Falamos para eles que o bichinho que come a folha quase não se mexe, anda devagarzinho, e que o predador já é mais agitado, é maior, porque tem que caçar o outro. Essa parte foi a que eles mais gostaram porque conseguiram ver direito bichinhos que pareciam pontinhos a olho nu. Também viram os ovos deles, os filhotinhos (formas jovens), como se comportam e que parecem com aranhas bem pequenas”. Os visitantes ainda puderam observar caixas entomológicas de borboleta, barata, bicho pau, grilos, besouros e percevejos.

Durante a visita, cujo objetivo foi “vivenciar e ampliar experiência e conhecimento”, os pequenos foram acompanhados por integrantes da equipe da Coeducar: a coordenadora Jaqueline Sant´Anna, a professora Jéssica e as estagiárias Alícia e Isabela.

Confira mais momentos dessa visita especial:

IV Simpósio de Termitologia será realizado na UFV em novembro

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) vai sediar o IV Simpósio de Termitologia (SymTermes), no período de 7 a 10 de novembro de 2017. O evento tem como objetivo “impulsionar a discussão e o intercâmbio científico entre as diversas áreas de pesquisa da Termitologia, desde a mais fundamental Taxonomia e Sistemática, passando pela Ecologia e Comportamento, até a Evolução”.

O professor Og DeSouza está à frente da coordenação do evento, juntamente com a equipe do Laboratório de Termitologia da UFV,  com o apoio de diversas organizações. De acordo com a comissão organizadora, “todas as abordagens são bem-vindas, incluindo a biologia celular clássica, história natural, comportamento, métodos moleculares, soluções matemáticas e computacionais ou qualquer outra forma de desvendar o mundo das térmitas. Também são muito bem-vindos os estudos que, ao invés de se concentrarem na resolução de questões termitológicas, usam cupins como estudos de caso para esclarecer problemas nas atuais fronteiras da ciência”.

Edição especial sobre cupins na revista Sociobiology

Os participantes do IV SymTermes podem optar por apresentar o seu trabalho para ser publicado como um artigo completo em um número especial sobre cupins da revista de acesso aberto Sociobiology, a ser lançado no Simpósio. A Sociobiology é editada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e indexada pelo Web of Science; SCOPUS; AGRICOLA; CAB Abstracts; Biological Abstracts, entre outros.

Termitólogos são convidados a submeterem manuscritos originais e artigos de revisão sobre qualquer aspecto do conhecimento atual sobre cupins. O prazo para envio do manuscrito termina no dia 1º de julho.

 Para mais informações, acesse www.symtermes.ufv.br

Royal Society Open Science publica estudo sobre sistema formigas cortadeiras-fungo mutualista

A Royal Society Open Science publicou nesta semana, o artigo intitulado “Recognition of endophytic Trichoderma species by leaf-cutting ants and their potential in a Trojan-horse management strategy”, de autoria da doutora em Entomologia, Silma Leite Rocha. Buscando uma alternativa para o controle de formigas cortadeiras, o objetivo do trabalho “foi verificar se o sistema planta-fungo endofítico afetaria o sistema formigas cortadeiras-fungo mutualista”.

Em experimentos in vitro e in vivo, os pesquisadores buscaram verificar se o fungo endofítico do gênero Trichoderma seria reconhecido pelas formigas Atta sexdens rubropilosa, como uma ameaça para a colônia. A primeira autora do trabalho destaca que “a escolha desse gênero de fungo se deu pelo seu histórico de antagonismo”.

Foram realizadas dez coletas noturnas em dois fragmentos de Mata Atlântica no município de Viçosa-MG. “Para as coletas contei com a preciosa ajuda do Sr. Manoel José Ferreira, hoje funcionário aposentado. No total, coletamos 6000 pedaços de folhas, 3000 que estavam sendo carregados e 3000 que tinham sido rejeitados pelas formigas em seis ninhos” – descreve Silma.

Também de acordo com a autora, “os experimentos in vivo consistiram em colocar na mesma placa de Petri o fungo mutualista, cultivado pelas formigas, e o fungo antagonista Trichoderma, para verificar como seria a interação. Em outra etapa do trabalho, queríamos testar o endofitismo dos isolados de Trichoderma em eucalipto. Para tanto, inoculamos suspensão de esporos nas folhas de mudas de eucalipto e após um período de tempo, tentamos reisolar. Na última parte do trabalho, oferecemos substrato contendo Trichoderma para minicolônias de formigas cortadeiras, sem a rainha, e analisamos parâmetros como morte das formigas, peso das folhas cortadas e peso do lixo”.

Verificou-se que “havia mais Trichoderma em material rejeitado do que em material que estava sendo carregado para dentro dos formigueiros, um indício de que as formigas possivelmente estivessem reconhecendo o fungo antagonista ao processar o material no interior da colônia. No experimento in vitro, o fungo mutualista apresentou alguma defesa à ação de alguns isolados do fungo antagonista, mas para outros isolados, o antogonista cresceu por toda a placa. No teste de endofitismo, verificamos que há movimento de Trichoderma dentro da planta de eucalipto, mas no geral, o endofitismo foi relativamente fraco. No experimento com as minicolônias, a mortalidade de formigas foi maior naquelas em que oferecemos substrato com Trichoderma”.

A pesquisadora avalia que “a principal contribuição do estudo foi verificar que as formigas aparentemente podem reconhecer a presença de Trichoderma endofítico em folhas e, futuramente, pode ser que seja um aliado no controle de formigas cortadeiras. É importante ressaltar que esse foi apenas um dos primeiros passos do objetivo maior que é encontrar um agente de controle biológico de formigas cortadeiras”.