Alunos iniciam nova série de WebTalks sobre Controle Biológico

O Grupo de Estudos de Entomologia Insectum inicia na próxima semana uma série de WebTalks reunindo pesquisadores que são referência mundial em controle biológico. A série de palestras virtuais está sendo produzida em parceria com a disciplina Controle Biológico, ministrada pelos professores Angelo Pallini e Madelaine Venzon, e vai ser desenvolvida até o final do semestre letivo. O primeiro convidado é o professor Simon Elliot, do Programa de Pós Graduação em Entomologia, que falará sobre o Controle Biológico Clássico na segunda-feira, dia 7, às 14h.
O evento será todo conduzido em inglês e transmitido no canal do Insectum no Youtube, onde o público poderá enviar suas perguntas via chat e interagir com os convidados. Ainda não há definição sobre a periodicidade das palestras, uma vez que a agenda será definida em função da disponibilidade dos palestrantes, muitos deles com atuação em universidades estrangeiras. “Todos os convidados são especialistas em alguma área do Controle Biológico de Pragas, e com esse evento esperamos inteirar os alunos do PPG em Entomologia e demais membros da comunidade acadêmica sobre atualizações e experiências dos profissionais que trabalham ativamente com o tema, expandindo o conteúdo que inicialmente seria disponibilizado apenas para os alunos matriculados na disciplina de Controle Biológico”, conta Jéssica Martins, coordenadora de divulgação do Insectum.
A parceria entre o grupo e os professores da disciplina vai ao encontro da meta do Insectum de expandir sua atuação em 2021, inclusive diante da comunidade internacional. ” O Insectum entrou com o suporte de transmissão, divulgação e mediação do evento como um todo. Angelo e Madelaine são os professores responsáveis pela disciplina dentro do departamento e também serão os responsáveis pela seleção dos temas e dos convidados”, diz outra coordenadora do grupo, Thayna Raymundo, destacando também a oportunidade de capacitação dos próprios membros do Insectum que este tipo de evento traz.
As palestras são abertas a todos os interessados. Para assistir, será necessário clicar no link disponibilizado e preencher uma lista de presença, para posterior emissão de certificado.
Orientadora da Entomologia abre 6º Encontro Regional de Agroecologia

A pesquisadora Madelaine Venzon, orientadora do Programa de Pós-graduação em Entomologia, abre na próxima terça-feira, dia 8 de dezembro, o 6º Encontro Regional de Agroecologia. Este ano o evento em duas etapas, sendo a primeira totalmente virtual. Após a palestra, a professora participa de debate com os demais convidados da noite: Fernando França, da Emater-MG, Anna Crystina Alvarenga, da AMA, Idalino Firmino dos Santos (Amefa) e a professora Irene Maria Cardoso, do Departamento de Solos da UFV.
Na programação desta edição do encontro, realizado por iniciativa da Epamig e da Emater desde 2015, além de mini-palestras e debates, estão incluídas oficinas. A professora Madelaine participa de oficina na quarta-feira, dia 9, às 19h30, com o tema “Controle de pragas e doenças”, ao lado dos pesquisadores Wânia dos Santos Neves, da Epamig, e Fernando França.
Conhecimento em vídeo
No site https://encontrodeagroecologia.com.br está publicada a programação completa do evento. O site também vai servir de ponte para a troca de informações entre especialistas e o público interessado no assunto. Na próxima semana, serão disponibilizados vídeos e outras ferramentas de apoio com dicas e orientações agroecológicas de pesquisadores, experiências de agricultores e publicações técnicas da Epamig. Incluída neste material, está uma série de vídeos que está sendo produzida, sob orientação da professora Madelaine, por um grupo de discentes do PPGENT. “São dicas resumidas da aplicação prática das técnicas desenvolvidas nas nossas pesquisas. Os estudantes estão em fase de finalização dos vídeos e o resultado é muito bom”, avalia a pesquisadora.
Os temas abordados nos vídeos são “Manejo de plantas espontâneas para o controle biológico de pragas”, “Uso de plantas aromáticas para o controle biológico de pragas”, “Plantas com nectários extraflorais favorecem o controle biológico de pragas”, e “Uso da erva-baleeira no manejo agroecológico de pragas”. Estão envolvidas no trabalho de criação deste material as discentes Elem Martins, Jessica Botti, Mayara Franzin, Fernanda Pereira e Jessica Martins, além da ex-orientanda do programa e bolsista da Epamig Juliana Oliveira e do bolsista (pós doc) Gustavo Araujo.
Mestrado e Doutorado abrem inscrições para 2021

Foi publicado nesta quarta-feira, 25 de novembro, o edital para preenchimento das vagas do Programa de Pós-Graduação em Entomologia (PPGENT) da Universidade Federal de Viçosa, para Mestrado Acadêmico e Doutorado, no primeiro semestre letivo de 2021.
Não há ainda definição sobre o número de vagas. Os estudantes serão aceitos no Programa de acordo com o número de bolsas disponíveis. A quantidade de bolsas dependerá da liberação pelas agências de fomento (CAPES, CNPq e FAPEMIG), em seus respectivos sistemas.
As inscrições já podem ser feitas e serão recebidas até as 23h59 do dia 12 de janeiro de 2021, precisando ser confirmadas pelo PPGENT. A lista dos candidatos que tiveram a inscrição confirmada será disponibilizada a partir do dia 15 de janeiro. A realização da prova escrita está agendada para dia 22 de janeiro. Também será realizada análise de currículo. Os candidatos a uma vaga no Doutorado precisam passar ainda por uma arguição oral, no dia 05 de fevereiro.
A matrícula dos aprovados deverá ser feita no dia 5 de março, e as aulas iniciadas no dia 15 do mesmo mês.
Todas as condições e orientações para inscrição dos interessados estão disponíveis no edital, publicado aqui. O documento também traz detalhes sobre o processo seletivo e sugestão de leitura.
Abertas as inscrições para representação discente

O Programa de Pós-Graduação em Entomologia acaba de publicar edital de convocação para eleição dos representantes discentes junto à Comissão Coordenadora do Programa durante o ano de 2021.
Os estudantes interessados em registrar sua candidatura devem enviar os dados (nome do representante candidato e de seu suplente) para o email discentes.entomologia@gmail.com até o próximo dia 04.
A divulgação das chapas inscritas será feita no dia 07.
A eleição vai acontecer online, no dia 10 de dezembro.
Outras informações sobre o processo estão no Edital.
Professora de Groningen reabre seminários com palestra online

O Programa de Pós-Graduação em Entomologia inicia os seminários do segundo semestre letivo de 2020 nesta quinta, com palestra da pesquisadora brasileira radicada na Holanda Joana Falcão Salles. Joana é professora titular da Universidade de Groningen, na cidade de Groningen, onde se dedica, especialmente, à microbiologia de solo. Em seus trabalhos mais recentes, ela vem focando na aplicação deste conhecimento a estudos relacionados aos insetos, em sua condição de hospedeiros. Nesta quinta, ela fala pela primeira vez aos alunos da Entomologia sobre o tema, na palestra “A microbial perspective of insects”.
Graduada em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestre em fitotecnia pela UFRRJ e Embrapa, Joana cursou doutorado em ecologia microbiana na Universidade de Leiden, também na Holanda. “Eu sempre quis ter experiência internacional, por isso fiz o doutorado fora. A intenção era voltar para o Brasil, mas infelizmente na época em que terminei o doutorado, não existiam muitas oportunidades de trabalho no país”, conta a professora.
As pesquisas de Joana na Universidade de Groningen estão focadas nas causas e consequências das comunidade microbianas para os ecossistemas e os hospedeiros que elas habitam. “Comecei com solos e plantas, estudando como as comunidades microbianas se formam, como os microrganismos interagem entre si (causas). Também estudo como as comunidades microbianas contribuem para o funcionamento dos ecossistemas e hospedeiros. As principais perguntas são: qual é a importância da diversidade microbiana para o desenvolvimento do hospedeiro – ou para processos associados ao solo, como ciclagem de nutrientes (no caso de microrganismos de vida livre)? Comunidades mais diversas são mais estáveis e resilientes a distúrbios? Como a interação entre microorganismos e outros organismos (plantas, insetos) contribui para a capacidade do ambiente de lidar com distúrbios associados à mudança climática?”, exemplifica ela.
Na etapa atual de seu trabalho, Joana busca os princípios que unificam as teorias de ecologia microbiana em hospedeiros, investigando, por exemplo, como se formam as comunidades microbianas, qual controle o hospedeiro tem sobre esse processo e quais espécies de microrganismos são essenciais para o hospedeiro. “Os insetos representam um hospedeiro interessante pois permitem responder a essas perguntas através de experimentos de laboratório e campo, além da conhecida importância de microorganismos para insetos do ponto de vista de nutrição. Também trabalho com pássaros, plantas, artrópodes e ratos.”
Intercâmbio
Apesar de estar na Holanda desde o doutorado, concluído em 2005, Joana mantém contato constante com a comunidade científica brasileira. “Temos ótimos profissionais de ecologia microbiana no Brasil, com o quais trabalho mais diretamente, e a qualidade dos alunos brasileiros é normalmente superior a dos alunos europeus”, avalia dela, destacando que dentre os 11 alunos de doutorado que ela orientou, os dois com melhor desempenho são brasileiros, escolhidos através de processo seletivo holandês, e com financiamento total do Governo local. Em seu laboratório na Holanda, a professora também já recebeu vários alunos para doutorado sanduíche, com bolsas do CNPq e CAPES. “Infelizmente essas bolsas estão cada vez mais escassas e, no meu grupo atual, de 17 alunos, temos várias nacionalidades, menos a brasileira.”
Segundo a pesquisadora, a decisão de cursar o doutorado fora do Brasil – e em seguida solidificar sua carreira em ambiente internacional – a ajudou a dimensionar as qualidades do modelo de ensino brasileiro. “A oportunidade que temos de começar com a iniciação científica tão cedo, assim como o amplo currículo da biologia, agronomia, etc, são aspectos que não damos valor enquanto estudantes, e talvez até mesmo como profissionais. Tive a sorte de fazer parte de um grupo seletivo que cursou uma universidade pública, e tenho orgulho do nível acadêmico e científico que encontrei nos meus anos no Brasil.” Na Holanda, os cursos de bacharelado duram três anos e, segundo a professora, oferecem pouca oportunidade de pesquisa nesse período. “Isso influencia muito a maturidade e interesse dos alunos.”
Na avaliação de Joana, os pesquisadores brasileiros são, de forma geral, bem vistos na Holanda (e também em outras partes a Europa). Isso não elimina, porém, os desafios vividos por ela ao longo dos anos. “Ser estrangeira e mulher na ciência na Holanda não é fácil, e tenho que dizer que apesar de ter ótimos colegas, ainda sofro, quase que diariamente, preconceito por conta de sexo ou nacionalidade. Acho que o fato de ser mulher, inclusive, pesa mais do que ser estrangeira (menos de 20% dos professores titulares da Holanda são mulheres)”, conta ela, que tem outros seis colegas brasileiros entre os professores titulares da mesma universidade. “São todos ótimos profissionais e, curiosamente, a maioria mulheres!”