Veja o cronograma das próximas defesas de tese e dissertação

Confira aqui o cronograma de defesas de dissertação e teses apresentadas pelos estudantes de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Entomologia para o mês de fevereiro.
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Discente: André Mazochi Barroso
Orientador: Madelaine Venzon
Título da dissertação: SORGO E AFÍDEOS COMO PROVEDORES DE RECURSOS NUTRICIONAIS PARA Chrysoperla externa (HAGEN) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)
Banca: Madelaine Venzon (EPAMIG/UFV), Flávio Lemes Fernandes (UFV), Elen de Lima Aguiar Menezes (UFRRJ)
Data: 24/02/2022 (quinta-feira)
Horário: 8h30
Link de acesso: meet.google.com/ysm-oorb-rrk
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Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves
Projeto leva história e entomologia para escolas estaduais de Viçosa

A história de Maria Leopoldina da Áustria e sua paixão pela biologia é o ponto de partida de um projeto que, ao longo de 2022, vai levar informação científica a estudantes das escolas estaduais de Viçosa. “O protagonismo feminino na missão científica de Maria Leopoldina da Áustria e na tomada de decisão para a Independência do Brasil” é coordenado pela egressa do Programa de Pós-Graduação em Entomologia (PPGEnt) e hoje técnica do Museu de Entomologia da UFV Verônica Saraiva Fialho, pelo professor e orientador do PPGEnt Frederico Falcão Salles e pela professora da rede estadual de ensino Marina Magalhães Moreira, também egressa do programa. A ideia é apresentar aos estudantes a “missão científica” que transformou a imperatriz numa personagem importante da ciência brasileira, destacando o papel das mulheres na construção do conhecimento e inspirando jovens estudantes, especialmente as meninas.
“Desde muito cedo, Leopoldina era uma menina curiosa, com veia naturalista e também muito interessada por geologia. Quando ela veio para o Brasil, trouxe a ‘missão científica austríaca’, composta por cientistas e artistas para conhecer e registrar as belezas naturais do país. Há relatos de que a princesa gostava de montar a cavalo e sair passeando pelos campos e bosques, observando a natureza e registrando cada detalhe nas cartas que escrevia”, conta Verônica. A maioria dos exemplares coletados nas expedições estão no Museu de Viena, na Áustria, inclusive as primeiras espécies de Ephemeroptera descritas para o Brasil, em 1843. Três dessas espécies foram objeto de estudo do professor Frederico e sua equipe, que as revisou em artigos publicados em 2014 (Oligoneuria anomala), 2017 (Callibaetis fasciatus) e 2021 (Leptohyphodes inanis).
Os insetos e outros registros feitos pelos exploradores no começo do século XIX vão servir como uma “ferramenta” para levar aos alunos lições não apenas sobre entomologia, mas sobre história, ciências em geral, método científico, questões de gênero e participação política. O projeto, único da UFV aprovado no Edital 2021 do Programa “SBPC vai à escola”, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, prevê encontros com estudantes do Ensino Fundamental 2 e do Ensino Médio de escolas estaduais, além de atividades de integração com toda a comunidade escolar.
“Quando uma menina cresce consciente de exemplos de mulheres em posições de destaque, ela pode sonhar e batalhar para ocupar aquele lugar”, destaca Verônica, na semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11 de fevereiro). “Leopoldina era uma mulher muito astuta, estudiosa, poliglota, curiosa sobre a diversidade de organismos e uma mulher visionária, que sabia se posicionar politicamente e atuar estrategicamente em prol da sociedade. Ela é um exemplo cada vez mais vivo de que uma mulher pode e deve ocupar posições de destaque, sobretudo quando essa mulher se educa, desenvolve o pensamento crítico e toma consciência do seu papel como cidadã, capaz de se articular com seus pares e participar ativamente de tomadas de decisões.”
Além de Verônica e dos professores Frederico e Marina, estudantes vinculados ao PPGEnt e ao Museu de Entomologia vão atuar na execução das atividades, previstas para acontecer entre março e novembro.
Foto: Frederico Salles
Gabriel Pantoja e Thales Orlando são os novos representantes discentes

Os doutorandos Gabriel Martins Pantoja e Thales Yann da Silva Orlando são os novos representantes discentes do Programa de Pós-Graduação em Entomologia. Eles foram eleitos pelos colegas e vão atuar junto à Comissão de Coordenação do programa durante o ano de 2022.
Gabriel ingressou no doutorado em 2020, e atualmente desenvolve seu trabalho, voltado para a sistemática de ephemeroptera, sob orientação do professor Frederico Salles. Antes disso, ele concluiu o mestrado, também pelo PPGEnt, sob orientação da professora Madelaine Venzon.
Já Thales chegou ao programa para o doutorado, depois de concluído o mestrado em Biodiversidade, Ecologia e Conservação na Universidade Federal do Tocantins. No PPGent, ele também é orientado do professor Frederico Salles.
A nova dupla assume suas funções já no início de janeiro. “É uma novidade pra mim, mas eu espero que possa aproveitar a oportunidade para crescer, como pessoa e profissional, e ajudar os discentes nessa empreitada que, a gente sabe, é desafiadora pra todos.”
Professor Zanuncio e Pedro Lemes lançam “Novo Manual de Pragas Florestais Brasileiras”

O orientador do Programa de Pós-Graduação em Entomologia José Cola Zanuncio e o egresso do programa Pedro Guilherme Lemes lançam na próxima quinta-feira o “Novo Manual de Pragas Florestais Brasileiras“. Com 996 páginas e distribuição gratuita, a publicação, que começou a ser construída em 2016, nasce com a missão de ser a mais completa na área de entomologia florestal do Brasil. São mais de 90 capítulos escritos pela dupla de pesquisadores e outros 70 especialistas convidados de diversas universidades, empresas e centros de pesquisa do país.
“Seguramente o livro abrange toda a disciplina Entomologia Florestal, além de ser um livro altamente prático. E vou mais longe: acho que quem quiser enfrentar um concurso na área, e estudar por esse livro, terá ali todo o material necessário”, diz Zanuncio. “Há outros livros, bons e importantes, mas são compilados menores, que tratam de grupos de pragas. Nós optamos por explorar espécie por espécie, descrevemos tudo o possível sobre cada uma – porque se há semelhanças, também há diferenças que precisam ser vistas. Lagartas, por exemplo, apresentamos mais de 20, enquanto em muitos casos elas são abordadas como se fossem uma coisa só”, acrescenta Pedro, que desde 2016 é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dividida em duas partes, a publicação aborda primeiro as técnicas de manejo integrado de pragas, voltadas para a área florestal. “Na segunda parte fizemos a descrição de mais de 70 pragas, com identificação e biologia, importância econômica e técnicas de manejo de cada uma”, explica Pedro. “Não é uma receita de bolo, claro. A ideia é apresentar o que existe hoje de conhecimento sobre determinada praga, e dar ao profissional informações para a tomada de decisões, inclusive considerando seu contexto específico.”
A intenção dos editores é que a publicação chegue não só à comunidade acadêmica, alcançando o status de referência na área, mas também faça parte das ferramentas de trabalho do produtor rural brasileiro, seja em grandes empresas e organizações ou em pequenos negócios familiares. “Penso que com os formatos tradicionais de publicação que temos hoje, de forma geral, atingimos muito pouco quem mais precisa de informação, que é o produtor rural. Nós não acreditamos em ‘ciência de gaveta’. Queremos abrir o conhecimento, e esse livro, daqui a pouco, chegará a quem cuida, por exemplo, de eucalipto nos cantos do Brasil. É claro que vamos permear órgãos de pesquisa, as grandes empresas, mas vamos atingir os pequenos também”, projeta Zanuncio.
Distribuição gratuita
A publicação já está disponível online, neste link, e somava mais de 400 downloads ainda antes do lançamento oficial. Na próxima quinta, às 16h, a dupla de organizadores fará um evento online, neste link, para apresentar mais detalhes do projeto à comunidade acadêmica. Outros 14 pesquisadores ligados ao PPGEnt, entre egressos e atuais orientandos do professor Zanuncio, fazem parte do corpo de autores. “Esse era um projeto de vida meu, uma ideia amadurecida dentro do Programa de Pós-Graduação, e, para minha alegria, foi ganhando o apoio de muitos dos maiores especialistas no assunto. Espero que o livre acesso online favoreça a distribuição e o faça chegar a muita gente”, diz Pedro.
Professora Maria Augusta Lima inicia pós-doc na Itália

A professora do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Maria Augusta Lima Siqueira inicia este mês um período de pós-doc na Università Degli Studi di Catania (UNICT), na cidade de Catânia, no Sul da Itália. Maria Augusta vai trabalhar em parceria com os professores Gaetana Mazzeo e Antonio Biondi em diferentes projetos envolvendo a interação entre abelhas e produção agrícola.
“Creio que essa parceria será positiva não apenas para o enriquecimento do meu trabalho, mas também uma oportunidade para fortalecer o convênio já firmado entre a UFV e a UNICT”, diz a professora. “A expectativa é que consigamos obter financiamentos para pesquisas em conjunto, publicar artigos e desenvolver métodos de estudos inovadores que possam beneficiar a agricultura e a apicultura tanto no Mediterrâneo quanto no clima tropical, além de estabelecer, futuramente, o intercâmbio de estudantes e de outros professores.”
Maria Augusta viaja pelo programa Capes-Print-UFV, por meio de convênio firmado entre o Departamento de Entomologia da UFV e o Dipartimento di Agricoltura, Alimentazione e Ambiente da UNICT. A escolha da universidade italiana se deu em função das pesquisas realizadas lá e das condições climáticas do campus. “A localização geográfica de Catania faz com que a região tenha grande importância agrícola na Europa e condições climáticas semelhantes ao clima tropical, durante a maior parte do ano, além de ter importância na apicultura. Consequentemente, estudos desenvolvidos lá sobre a interação entre abelhas e produção agrícola podem ser facilmente adaptados para o cenário nacional”, explica a professora, destacando ainda a receptividade dos pesquisadores com quem trabalhará.
Por causa da pandemia do Coronavírus, a viagem precisou ser reagendada três vezes, resultando em um atraso de quase um ano no cronograma inicial. “Esta é sem dúvida a parte mais desafiadora, mais ainda do que aprender italiano. Para conseguir viajar, tive que resolver uma série de questões burocráticas advindas da pandemia. Felizmente, eu e minha família conseguimos nos imunizar com vacinas aceitas na União Europeia, o que permitiu a obtenção de um certificado de vacinação aceito pelo Bloco Europeu”, conta ela, que terá a companhia do marido e dos três filhos na temporada europeia.
A previsão é que Maria Augusta permaneça na Catânia até novembro de 2022.
Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves