Estudante da UFES cursa um semestre na UFV e garante que a experiência valeu a pena

O período que se encerrou foi diferente para a mestranda Lorena Contarini Machado. Estudante do mestrado em Produção Vegetal, na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Lorena passou um semestre na UFV, cursando disciplinas do Programa de Pós-Graduação em Entomologia e estagiando no Laboratório de Interações Inseto-Microrganismo. Para Lorena, a breve experiência lhe proporcionou uma aprendizagem que vai além das disciplinas: “o contato com pessoas de opiniões e culturas diferentes também desempenhou um papel fundamental para o meu crescimento neste período na UFV”.

Se dedicando às pesquisas sobre Fitossanidade (Entomologia), sob a orientação do professor da UFES Hugo José Gonçalves dos Santos Junior, Lorena sempre teve interesse em cursar disciplinas que envolvessem a ênfase da sua linha de mestrado: “Foi daí que surgiu a ideia de cursar disciplinas no PPG em Entomologia da UFV, principalmente pela qualidade e por ser referência na área. Assim, no segundo semestre de 2014, entrei em contato com os professores responsáveis pelas disciplinas do meu interesse solicitando à permissão para cursá-las”.

Lorena se matriculou nas disciplinas Ecologia de Populações, Fisiologia de Insetos e Seminário. Ela conta que a sua adaptação foi bem rápida: “Inicialmente, fiquei ansiosa. Contudo, aos poucos fui interagindo com os professores e pós-graduandos. Todos foram muito receptivos e parceiros para me auxiliar nas dúvidas e dificuldades que surgem a todo ‘calouro’”.

Assim que chegou à UFV, Lorena tratou logo de se envolver em outras atividades para aproveitar ao máximo a sua estadia em Viçosa. “Na primeira semana, procurei o professor Simon Luke Elliot, solicitando estágio no seu grupo de pesquisa. Prontamente, ele abriu as portas do seu laboratório para a minha participação. Essa oportunidade foi muito importante, pois pude conhecer novas pesquisas e aprender com a experiência dos demais colegas da equipe. Fiquei maravilhada com a receptividade que tive e como foram abertos para me envolver em suas pesquisas e partilhar da construção do conhecimento crítico com as discussões semanais realizadas” – afirma.

Com a defesa da sua dissertação prevista para 2016, Lorena pretende tentar o processo seletivo do PPG em Entomologia e não descarta a possibilidade de retornar à UFV para fazer o doutorado.

CBN divulga notícia sobre a Econtrole: ‘Ácaro do bem’ elimina pragas sem a necessidade de agrotóxicos

Os trabalhos desenvolvidos pela Econtrole, empresa dos sócios Felipe Lemos, João Ferreira e Danilo Bernardo, foram destaque na CBN. Na última segunda-feira, dia 6 de julho, a rádio publicou uma matéria sobre o uso de ácaros para controle de pragas em plantações de morango. A tecnologia desenvolvida no Departamento de Entomologia da UFV tem obtido sucesso. Ouça a notícia da CBN‘Ácaro do bem’ elimina pragas sem a necessidade de agrotóxicos

 O portal da UFV também divulgou uma reportagem sobre a Econtrole. Confira: Pesquisadores criam biofábrica de inimigos naturais para combate de pragas em morangueiros

 Saiba mais sobre a Econtrole

Encomende a sua camisa do PPG em Entomologia da UFV

Quem ainda não encomendou a sua camisa do PPG em Entomologia da UFV tem até esta sexta-feira, dia 03 de julho, para fazer o pedido. A camisa custa R$ 25 e está disponível nos modelos baby look e masculina, em seis opções de cores (conforme a foto).

A confecção das camisas é uma iniciativa dos organizadores do V Simpósio Internacional de Entomologia e o pedido deve ser feito através do e-mail veronicasaraiva@gmail.com, informando quantidade, cor, tamanho e modelo desejado.

Quem não reside em Viçosa, mas deseja adquirir a camisa, também pode fazer o pedido. Para isso, além do valor da camisa, basta arcar com os custos de envio, efetuando o pagamento via depósito bancário. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail disponibilizado para pedidos.

Perfil: Gerson Adriano Silva

O pós-doutor em Entomologia Gerson Adriano Silva em breve estará de mudança para a cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), onde assumirá o cargo de professor adjunto do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro). Gerson foi aprovado no concurso para a Área de Entomologia Agrícola e aguarda a sua nomeação para iniciar a tão desejada carreira docente, coroando uma trajetória de 13 anos de estudos e muita persistência na UFV.

Mineiro, natural de Itabira, Gerson ingressou no curso de Agronomia em 2002. Além da oportunidade de dar sequência aos estudos, entrar para a UFV significou deixar para trás uma rotina difícil de trabalho numa fábrica de tijolos na sua terra natal. “O trabalho era pesado e cansativo. Mas acredito que esse período foi útil para nos preparar para enfrentar situações de dificuldade”.

Ingressar na UFV também não significou que a vida passaria a ser fácil. “Cheguei sozinho em Viçosa. Durante toda a graduação, eu morei no alojamento Pós, juntamente com mais seis estudantes. O convívio com os companheiros de alojamento sempre foi muito bom. Em termos financeiros, não tínhamos uma vida de luxos. Sempre tivemos bolsas de atividades e isso ajudou a reduzir as despesas. Como tínhamos boas relações com os outros estudantes do curso, do laboratório e do alojamento, eles nos emprestavam materiais das disciplinas da graduação. Se fosse preciso, iríamos trabalhar fora da UFV para nos manter estudando”- Gerson afirma, manifestando toda a sua disposição.

As lembranças sempre no plural se devem à vida de estudante que Gerson passou a compartilhar com o seu irmão Nilson, desde 2004, quando ele também foi estudar em Viçosa. Seguindo os passos do irmão, Nilson ingressou no curso de Agronomia. Gerson conta que desde pequeno, ele ajudava o pai no plantio e nos tratos de lavouras de milho e feijão, e que isso foi despertando nele o interesse pela Agronomia. “Esse interesse foi aumentado à medida que eu ia estudando e também por assistir ao programa Globo Rural, aos domingos. Eu via os agrônomos resolvendo problemas que ocorriam nas lavouras e, muitas vezes, eles eram professores da UFV. Acredito que eu possa ter influenciado um pouco a escolha do Nilson. Sempre quando eu ia para Itabira, levava fotos, cartão postal, livros ou material de estudo, além de comentar com ele sobre o que eu estudava no curso e o que eu fazia no estágio”.

O estágio tinha endereço certo: o porão do alojamento feminino, onde fica o Laboratório de Manejo Integrado de Pragas (MIP). No mesmo ano em que ingressou no curso de Agronomia, Gerson foi selecionado para integrar a equipe do professor Marcelo Coutinho Picanço. Gerson participou de pesquisas, projetos de teses e dissertações, da organização de cursos de extensão, como dias de campo e os cursos oferecidos na Semana do Fazendeiro da UFV. Com gratidão, Gerson ressalta que “o professor Marcelo sempre foi preocupado com a formação dos seus estudantes. Ele pagou curso de inglês e ofereceu cursos de estatística, redação científica e como se expressar em público. Tudo isso ajudou a melhorar o meu desempenho acadêmico, ampliar a minha visão como pesquisador, a ter ética científica, profissional e pessoal”.

O dia a dia no Laboratório de MIP, Gerson também dividiu com o irmão mais novo. Além do curso de graduação em comum e o local de estágio, Gerson e Nilson ainda compartilharam a moradia estudantil e os materiais de estudo. “O material que eu adquiria eu o guardava para que o Nilson o utilizasse futuramente” – conta.

Apesar da companhia do irmão, Gerson garante que a principal dificuldade mesmo foi a saudade dos demais familiares. Ele também teve que aprender a lidar com a saudade da namorada, Karla. Até o casamento, foram sete anos e meio de namoro à distância. “Quando vim para Viçosa eu já tinha aproximadamente um ano e meio de namoro. Continuamos o namoro apesar da distância. Eu ia a Itabira apenas nos feriados prolongados e durante as férias, na maior parte do tempo nos falávamos apenas pelo telefone. Ficamos nessa situação durante a graduação e o mestrado. Assim que eu iniciei o doutorado, fiquei noivo e casei seis meses depois”.

No início de longe e há alguns anos de perto, a esposa Karla vem acompanhando o crescimento de Gerson ao longo da carreira acadêmica. Em 2007, ele se formou em Agronomia. Em seguida, iniciou o mestrado em Entomologia. Depois, fez doutorado em Fitotecnia e em 2013, iniciou o pós-doutorado e um intenso período de preparação para concursos. Para Gerson, esse período foi de grande amadurecimento. “Eu troquei informações com os colegas que já tinham passado em concursos, procurei tirar dessas conversas elementos que seriam úteis para a minha preparação. Durante o pós-doc eu tive a oportunidade de ter um contato mais profundo com os estudantes, pude orientá-los nos estudos e também na execução de pesquisas. Eu passei a acreditar mais no meu potencial, a dar mais valor nos conselhos de professores. Passei a ser mais estrategista na elaboração das minhas provas durante os concursos. O pós-doc também está sendo fundamental para preparar os artigos da minha tese de doutorado, fazer parceiras de pesquisas e participar de publicações de artigos e capítulos de livro” – descreve.

Mesmo não desprezando outras oportunidades de trabalho, Gerson afirma: “sempre vi na carreira docente uma grande oportunidade de devolver para a sociedade brasileira aquilo que tem sido investido em mim, ao longo da minha formação. Eu sempre estudei em escolas públicas. Tive bons professores que foram exemplo de dedicação, doação e orientadores para a vida. E isso fez com que eu desejasse ser igual a essas pessoas”.

Agora, prestes a iniciar a carreira docente na UENF, Gerson revela seus planos futuros. “Tenho muitas expectativas com relação a essa fase que está por vir. Pretendo realizar diversas atividades, ministrar aulas para a graduação e para a pós-graduação, oferecer cursos de extensão na Semana do Produtor Rural, pretendo montar uma equipe de pesquisa, investir na formação dos estudantes, firmar parcerias com os pesquisadores da UENF e de outras universidade e centros de pesquisas”. O novo professor também não esconde a apreensão e a satisfação que sente: “Existe uma autocobrança para ser um profissional que corresponde, no mínimo, às expectativas da Universidade e da Sociedade. Mas esse também é um momento muito especial, em que eu tenho a confirmação de que todo o esforço e persistência valeram a pena”.

Últimos seminários do semestre serão apresentados nesta quinta-feira

Fechando este semestre, nesta quinta-feira, dia 25, serão apresentados quatro seminários, no auditório do Bioagro. Veja a programação:

16:00 – ” A Corrida Cega dos Besouros-Tigres”, por Raissa Serra

16:30 – ” Abelhas preferem alimento com neonicotinóides?”, por Cleiton Rodrigues

17:00 – ” Doenças de abelhas em ameaça a polinizadores silvestres”, por Bruno Brugger

17:30 – “Onde e quando reproduzir?- Um caso em bumblebees”, por Geysiane Teixeira

Foto: Hernane Araujo