Mestrado e doutorado têm inscrições abertas até dia 12

Estão abertas até o próximo dia 12 de janeiro, terça-feira, as inscrições para o processo seletivo do Programa de Pós-Graduação em Entomologia (PPGENT) da Universidade Federal de Viçosa, para Mestrado Acadêmico e Doutorado. As vagas são para ingresso no primeiro semestre letivo de 2021.
Não há ainda definição sobre o número de vagas. Os estudantes serão aceitos no Programa de acordo com o número de bolsas disponíveis. A quantidade de bolsas dependerá da liberação pelas agências de fomento (CAPES, CNPq e FAPEMIG), em seus respectivos sistemas.
Todas as condições e orientações para inscrição dos interessados estão disponíveis no edital, publicado aqui. O documento também traz detalhes sobre o processo seletivo e sugestão de leitura. As inscrições podem ser feitas por meio deste link.
A lista dos candidatos que tiveram a inscrição confirmada será disponibilizada a partir do dia 15 de janeiro. A realização da prova escrita está agendada para o dia 22 de janeiro. Também será feita análise de currículo. Os candidatos a uma vaga no Doutorado precisam passar ainda por uma arguição oral, no dia 05 de fevereiro. A matrícula dos aprovados deverá ser feita no dia 5 de março, e as aulas iniciadas no dia 15 do mesmo mês.
Livro traz reedição ampliada de pesquisa sobre as pragas da pimenta

Será lançada nesta quinta-feira, dia 17, a segunda edição do livro “Identificação e manejo ecológico de pragas da pimenta“, de autoria da professora Madelaine Venzon e dos ex-alunos do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Pedro Henrique Brum Togni, Dany Silvio Amaral, André Perez, Fredy Cruz e Rafael de Oliveira, além da professora do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal, Veridiana Junqueira de Melo. O trabalho foi inicialmente publicado em 2011 e está disponibilizado agora em reedição revista e ampliada. “O livro traz informações técnicas e é ricamente ilustrado. Serve não somente para o cultivo de pimenta, mas para o de várias outras hortaliças com grupos de pragas e inimigos naturais semelhantes”, conta Madelaine.
“Atualizamos as informações sobre os insetos e ácaros descritos no livro, e trouxemos novos resultados de pesquisas e tecnologias sustentáveis para o manejo de pragas que foram desenvolvidas entre a edição anterior e essa’, explica Pedro, doutor pelo PPGEnt em 2014 e hoje professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB). A publicação, ele conta, surgiu da necessidade de aproximar a pesquisa científica da sociedade, considerando, neste caso, de modo especial os agricultores familiares, personagens centrais da pesquisa realizada pelo grupo.

O texto, segundo Pedro, representa um esforço coletivo de diversos pesquisadores que trabalharam no tema, desde 2010. No trabalho, estão apresentados, em linguagem simples, os principais insetos e ácaros presentes em cultivos de pimenta, especialmente na Zona da Mata Mineira. “Para o uso da biodiversidade de insetos e ácaros benéficos em estratégias de controle biológico conservativo (nossa área principal de pesquisa), é necessário que antes as espécies que fazem o controle biológico sejam conhecidas pelo agricultor. Apenas dessa forma eles poderão favorecer que essas espécies desempenhem suas funções na lavoura, como o controle biológico de pragas”, diz Pedro. Também são explorados caminhos para reconhecer as principais pragas e os principais inimigos naturais de cada uma delas. “Isso permitirá traçar estratégias de manejo fundamentadas no conhecimento da biodiversidade de insetos e ácaros benéficos, ao invés do uso, por exemplo, de inseticidas químicos.”
A primeira edição do livro, distribuída em 2011, teve grande impacto, conforme conta Dany Silvio Amaral, que também cursou mestrado e doutorado no PPGEnt e hoje é engenheiro da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte. Para ele, a combinação da linguagem acessível ao vasto acervo fotográfico – também atualizado para esta segunda edição -, tornou o material uma importante ferramenta de apoio ao produtor. “O material é uma referência que pode ajudar no manejo eficiente, evitando prejuízos (no caso de identificação de pragas), e pode auxiliar no aumento da proteção das plantas por meio da identificação dos inimigos naturais, sejam eles predadores ou parasitóides”, avalia.
A reedição, lançada às 18h50 em evento on-line nesta quinta, foi possível por meio do Programa de Pesquisa em Agroecologia da Epamig. “É um trabalho especial por se tratar de uma obra de divulgação científica, eficiente na difusão do conhecimento acumulado nos processos de pesquisa, e também um resgate do saber tradicional das agricultoras e dos agricultores”, diz Dany. O livro será utilizado em eventos de popularização de práticas agroecológicas da Epamig, que contam com a parceria da UFV – por meio dos orientandos da professora Madelaine – e também distribuído nas instituições e empresas dos demais autores.
(Fotos: Divulgação)
Og de Souza assume diretoria do CNPq com foco em modernização

O professor do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Og Francisco Fonseca de Souza é o novo diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele tomou posse no último dia 24 de novembro e tem agora a missão de coordenar estratégias de financiamento de pesquisa nas chamadas “ciências da vida”, área de atuação de sua diretoria.
“Minha expectativa é poder contribuir com ideias para modernizar nossa estrutura de financiamento à pesquisa”, diz Og, sem se intimidar pelo cenário delicado imposto pelo ano de 2020. “É na adversidade que a gente cresce! Para atrair mais recursos para a pesquisa temos que fazer pesquisa de alto nível. Essa é a estratégia”, aposta o professor, graduado em Agronomia pela UFV e doutor em Ecologia pela Universidade de Londres.
Apesar da declarada paixão por insetos, que lhe rendeu uma sólida carreira internacional, a dedicação a funções administrativas, ao mesmo tempo em que leciona e pesquisa, tem sido uma marca no currículo de Og, professor da UFV desde 1992. Entre 1999 e 2000, foi coordenador do PPGEnt e, em seguida, Pró-reitor de Pesquisa e Graduação da UFV, na gestão do reitor Evaldo Vilela, que hoje preside o CNPq. Og também já coordenou comitês de avaliação de pesquisa na Finep, na Fapemig, na Capes e no próprio CNPq, e é hoje consultor do Fonds de la Recherche Scientifique (FNRS), órgão equivalente ao CNPq na Bélgica. A oportunidade de contribuir com o CNPq, agora na condição de diretor, traz porém novos desafios, uma vez que o professor precisa enxergar o conselho sob uma nova perspectiva. “Meu primeiro desafio é entender o CNPq por dentro, e do ponto de vista do administrador. Obviamente, eu já o conhecia como pesquisador e como consultor, mas, agora, o cenário é outro.”

No foco de sua atuação para os próximos meses está a Plataforma Integrada Carlos Chagas (PICC), que gerencia todo o fomento à pesquisa do CNPq. A ferramenta, em seu modelo atual, foi criada nos anos de 1990. “Mais do que um ajuste, ela precisa de uma remodelagem completa. Para isso, já temos o aporte financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, e uma parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que vai capitanear a fase de planejamento da nova plataforma. Dentre minhas funções acumulo o gerenciamento deste planejamento sob o ponto de vista conceitual, combinando minhas demandas de pesquisador com as atuais demandas de administrador”.
Para o professor, porém, a maior contribuição que ele dará ao Conselho está ligada ao ambiente científico internacional, com o qual construiu uma forte relação em três décadas de trabalho como cientista. “Precisamos ampliar cada vez mais a produção de ciência relevante, abordando tanto as suas vertentes teóricas quanto as práticas e, preferencialmente, fomentando a combinação das duas vertentes”, defende ele, apontando para as mudanças de método de avaliação de resultados que se solidificaram nos últimos anos. “Precisamos atentar para os novos paradigmas de avaliação de resultados da pesquisa, que se baseiam em métricas múltiplas, focadas na relevância/qualidade do resultado da pesquisa em si, e não no veículo deste resultado”.
Pesquisador e orientador
A nova função junto ao CNPq não vai afastar completamente o professor de suas funções junto à Entomologia. Og deixou seu cargo na comissão de coordenação do programa, mas segue seu trabalho no Laboratório de Termitologia, suas colaborações nacionais e internacionais como pesquisador e sua rotina de professor e orientador. “A vida continua, minha curiosidade científica e minha paixão pelos insetos não morrem com o advento da administração!”
(Fotos: Mariana Galiza de Oliveira/CNPq)
Jhon Lopez e Bruno Franklin são os novos representantes discentes

Os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Entomologia elegeram na última quinta-feira, 10 de dezembro, Jhon Faber Marulanda Lopez e Bruno Franklin Barbosa, ambos doutorandos, seus representantes junto à comissão de coordenação. Jhon (efetivo) e Bruno (suplente) assumem seus postos em janeiro e vão atuar ao longo de 2021. A principal função dos eleitos é representar os interesses dos alunos diante da tomada de decisões didático-pedagógicas que cabe à comissão e acompanhar a execução das ações. Tradicionalmente, porém, os representantes também cuidam da recepção de novos alunos, da realização de avaliações do programa e das disciplinas, fazem o trabalho de ouvidoria e devem repassar informações importantes aos discentes.
Jhon é colombiano, biólogo graduado na Universidad de Caldas (em Manizales, Colômbia) e chegou à Entomologia no segundo semestre de 2012 para cursar seu mestrado. Atualmente, trabalha sob orientação do professor Frederico Salles com ênfase em ovologia, morfologia geométrica e outras ferramentas bioinformáticas úteis em estudos taxonômicos e filogenéticos de insetos. Como foco de atuação durante o próximo ano, Jhon cita o intercâmbio com colegas de fora do Brasil. “Considero importante aumentar a interação entre o nosso programa e outras instituições de ensino, pesquisa e extensão internacionais. Pretendo iniciar uma rede de trabalho colaborativo entre diversas instituições que facilite a mobilidade de discentes e docentes entre países e o desenvolvimento de pesquisas em coautoria”, adianta.
Bruno também chegou à UFV para realizar o mestrado, vindo da Universidade do Estado de Minas Gerais (Campos Carangola) onde cursou licenciatura em Ciências Biológicas. Em julho deste ano, ele defendeu sua dissertação e iniciou então o doutorado, orientado pelo professor José Cola Zanuncio. “No mestrado, monitorei focos de larvas de Aedes aegypti e Aedes albopictus na cidade de Viçosa, em parceria com a Vigilância Ambiental do município. No doutorado, pretendo trabalhar com o controle biológico de Aedes“, conta ele. Essa é a primeira vez que o doutorando assume um cargo de representante. “Acredito que posso contribuir através do fortalecimento da integração dos discentes nas pautas discutidas pelo Programa, e na ativa participação na organização dos nossos eventos, como o próximo Simpósio de Entomologia.”
Ambos apontam a pandemia do coronavírus – e as consequências dela – como principal desafio do programa para 2021. “Teremos que lidar com a incerteza do retorno ou não das aulas presenciais. Mesmo com uma possível vacina, o retorno será gradual e cuidadoso. E o período remoto, até agora, foi acessível a todos? Se sim, ótimo, mas é uma questão que será continuamente apurada com a entrada de novos discentes”, diz Bruno. “Temos o desafio de aumentar a interação entre os discentes e docentes em modalidade online e, adicionalmente, nos adaptar a um potencial período pós-pandemia, no qual as atividades presenciais serão um desafio”, concorda Jhon.
Mais informação
Entre as principais propostas dos recém-eleitos, está a produção de tutoriais voltados aos novos alunos, com informações sobre a utilização dos sistemas informatizados (Sapiens, DTI, solicitação de consultas médicas e etc), além de informações gerais sobre a cidade de Viçosa, o Departamento de Entomologia e o campus da UFV. “Além disso, é importante aumentar a visibilidade dos laboratórios do departamento, através de atividades de extensão e de divulgação científica”, acrescenta Jhon, citando ainda o apoio às atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudos Insectum. “Jhon e eu não estamos limitados às nossas propostas, e seremos totalmente abertos à reclamações, sugestões e críticas em geral, sejam ao Programa ou à nossa gestão. As portas estarão sempre abertas para novas ideias a serem desenvolvidas em prol dos discentes e do Programa”, garante Bruno.
(Fotos: arquivo pessoal)
Estudantes escolhem representantes nesta quinta

Acontece nesta quinta-feira, dia 10, a escolha dos representantes discentes dos cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Entomologia. Os novos representantes vão atuar ao longo de 2021 junto à comissão coordenadora do programa. A votação vai ser feita pela internet, das 8h às 18h, por meio de um formulário que será enviado a todos os estudantes.
Este ano, a eleição tem chapa única, composta por Jhon Faber Marulanda Lopez (efetivo) e Bruno Franklin Barbosa (suplente).