Abertas as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado

O programa de Pós-Graduação em Entomologia (PPGEnt) publicou nesta quinta-feira, 20 de maio, o edital para preenchimento das vagas nos cursos de Mestrado Acadêmico e Doutorado, para o segundo semestre letivo de 2021

São oferecidas quatro vagas para o curso de mestrado (três de ampla concorrência e uma voltada para políticas afirmativas) e três vagas para o doutorado (duas de ampla concorrência e uma reservada às políticas afirmativas). O número de bolsas disponíveis dependerá da liberação pelas agências de fomento (Capes, CNPq e Fapemig), em seus respectivos sistemas. 

As inscrições já podem ser feitas e serão recebidas até as 12h do dia 21 de junho de 2021, precisando ser confirmadas pelo PPGENT. Todas as condições e orientações para inscrição dos interessados estão disponíveis no edital, publicado aqui

Para acessar a Planilha de Resumo e de Pontuação do Currículo dos candidatos ao mestrado, clique aqui

Para acessar a Planilha de Resumo e de Pontuação do Currículo dos candidatos ao doutorado, clique aqui. 

Cronograma
A lista dos candidatos que tiveram a inscrição confirmada será disponibilizada a partir do dia 25 de junho. A realização da prova escrita está agendada para dia 29 de junho. Também será realizada análise de currículo. Os candidatos a uma vaga no Doutorado precisam passar ainda por uma arguição oral, no dia 13 de julho. 

A matrícula dos aprovados deverá ser feita no dia 29 de julho, de forma remota. As aulas serão iniciadas no dia 02 de agosto de 2021.

Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves

Pesquisa identifica modo de ação do piretro na repelência ao Aedes aegypti

Os egressos Felipe Andreazza e Wilson Valbon, ao lado do professor do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Eugênio Oliveira, acabam de publicar na revista Nature Communications artigo que apresenta características moleculares e fisiológicas da repelência do piretro, extrato de plantas derivado do Crisântemo e que vem sendo usado desde a China antiga para repelir mosquitos, inclusive o Aedes aegypti. O trabalho (“A dual-target molecular mechanism of pyrethrum repellency against mosquitoes”), que tem a assinatura de outros 15 pesquisadores, foi coordenado pela professora Ke Dong, que comanda laboratório próprio, na Duke University, no estado americano da Carolina do Norte. O texto representa um importante avanço para os estudos de repelentes porque identifica no inseto, pela primeira vez, o receptor olfativo que responde ao piretro e, também, aponta a reação dos canais de sódio do mosquito ao mesmo extrato.

“É a primeira vez que é feita a identificação de um receptor que tem a função de ser repelente. No caso dos insetos, células nervosas presentes dentro de diferentes sensilas localizadas principalmente em suas antenas são responsáveis por responderem aos odores. Dentro do universo de possibilidades, identificamos qual sensila, mais especificamente, qual receptor olfativo (proteína) presente na membrana do neurônio é responsável pela resposta ao extrato de piretro”, explica Wilson. A expectativa dos pesquisadores é que a descoberta abra caminhos para se apontar outros potenciais repelentes que ajam no mesmo receptor. “Identificamos a chave, a fechadura e a porta que leva para a repelência. Agora a comunidade científica pode tentar ‘copiar’ esta chave, usando similaridades químicas estruturais, ou usar a fechadura para testar centenas e milhares de chaves, como óleos essenciais. A gente tem, por exemplo, 20 outros óleos essenciais que queremos testar e ver se são bons repelentes. Daqui pra frente esperamos que fique mais fácil identificar compostos, fazer misturas eficientes, evitar a resistência do inseto e, consequentemente, manter o produto por mais tempo em uso”, acrescenta Felipe.

A professora Ke Dong, que iniciou os estudos em 2015 ainda na Universidade do Estado de Michigan (Michigan State University, MSU), destaca também a descoberta da capacidade do piretro de ativar os canais de sódio do mosquito, ampliando a habilidade do inseto de identificar o cheiro e, consequentemente, a eficiência do repelente. “Essa dupla ação do piretro pode explicar porque ele tem um espectro tão amplo e tão duradouro. Nossos resultados podem oferecer um novo paradigma para o desenvolvimento de uma nova geração de repelentes”, avalia ela. Além dos testes com outros possíveis repelentes, a equipe se prepara também para ir mais a fundo na forma de funcionamento da dupla ação do extrato nos insetos. “Nós precisamos, por exemplo, descobrir como o receptor do piretro, o Or31, envia sinais ao cérebro do inseto e faz com que ele se afaste. Também precisamos estudar de que forma a ativação dos canais de sódio ajudam o mosquito a sentir melhor esses cheiros”, explica a professora.  

Felipe, Wilson e o Professor Eugênio estiveram juntos na MSU, onde os estudantes cursaram a etapa internacional de seus doutorados

Doutorado
Wilson e Felipe ingressam no PPGEnt em 2015 e 2016, respectivamente, para cursar o mestrado – que nos dois casos foi seguido pelo doutorado. Foi nessa segunda etapa que se juntaram à equipe do laboratório Ke Dong, que atuava inicialmente em Michigan. Hoje, já com suas teses defendidas, ambos integram o corpo de pesquisadores associados da Duke University, para onde o projeto foi transferido em setembro passado. 

O professor Eugênio Oliveira, orientador dos dois pesquisadores durante o doutorado em Viçosa, colaborou com a equipe de Ke Dong especialmente durante sua passagem pela MSU, entre setembro de 2019 e agosto de 2020. “Os conhecimentos obtidos nesta investigação certamente contribuirão para a redução da utilização de repelentes sintéticos e que estão associados a maiores riscos ambientais e de saúde humana”, comemora ele.

Madelaine Venzon recebe prêmio Pesquisadores Destaque do ano da Epamig

A orientadora do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Madelaine Venzon recebe na próxima semana o prêmio Pesquisadores-Destaque do Ano de 2020, concedido pela Epamig aos três pesquisadores da instituição com maior produtividade. A entrega do prémio será feita em evento online, às 14h da próxima terça-feira, 04 de maio, no canal da Epamig no YouTube.

Pesquisadora da instituição desde 1992, Madelaine soma a premiação da próxima semana ao Destaque Mérito Científico da Epamig, recebido por ela em 2017. “Ser premiada é um reconhecimento importante, é ter a satisfação de saber que o seu trabalho está sendo reconhecido pela sociedade, e eu estou realmente muito feliz com isso.”

A premiação dos destaques de 2020 é baseada no desempenho dos pesquisadores na Plataforma de Pesquisa Epamig, que pontua indicadores em diversos campos de atuação profissional. Madelaine se destaca por projetos desenvolvidos na linha de controle biológico conservativo em cafeeiros, financiados pelo CNPq, pela Fapemig e pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Café. “Acho fundamental destacar a importância que a Epamig, através da Plataforma, tem dado às atividades de Transferência e Difusão de Tecnologias. Eu tive, ao longo do ano passado, a oportunidade de popularizar os resultados das nossas pesquisas em diversas palestras e lives”, diz a pesquisadora, que também atua como orientadora no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal e no latu sensu em Proteção de Plantas, ambos na UFV. 

Sobre o desafio de desenvolver trabalhos de grande relevância e atingir altos níveis de produtividade científica, Madelaine aposta no equilíbrio. “Uma estratégia é a diversificação de ações, lembrando sempre do nosso papel e dos nossos públicos. Assim, eu procuro, além de escrever os artigos, dedicar parte do tempo para as produções técnicas, para os eventos de popularização da ciência, para a formação de recursos humanos, para atividades de administração e para a convivência com os agricultores. Nesse caminho eu ressalto a importância dos trabalhos em rede, de aliar as competências, de trabalhar em equipe. E finalizo agradecendo à minha família, aos meus parceiros de trabalho da Epamig e das outras instituições e, em especial, aos meus ex e atuais orientandos.”

Além de Madelaine, recebem o prêmio nesta terça-feira os pesquisadores Gladyston Carvalho e Marcelo Malta.

Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves

Mesa-redonda online debate Mulheres na Ciência nesta quinta, 29

A disciplina Seminários, oferecida aos alunos do Programa de Pós-Graduação em Entomologia, muda de formato esta semana para abrir espaço para uma mesa-redonda com o tema Mulheres na Ciência. O encontro acontece nesta quinta-feira, dia 29 de abril, terá a participação da professora Maria Augusta Lima Siqueira, do PPGEnt, e de duas convidadas, as professoras Rafaela Falaschi (UEPG) e Taissa Rodrigues (UFES). A mediação será feita por Verônica Fialho, também da Entomologia, e por Sara Barbosa, mestranda no PPG de Genética e Melhoramento da UFV. 

O evento, que terá transmissão aberta no Canal do Grupo de Estudos Insectum no YouTube, tem a missão de promover um bate papo sobre a importância, os desafios e representatividade das mulheres na academia. “É um espaço fundamental, porque os desafios são inúmeros e ainda há pouco debate e divulgação sobre o tema”, avalia a professora Maria Augusta, enfatizando que sua maior expectativa para o encontro é aprender, uma vez que as oportunidades de trocar experiências e refletir sobre o tema são escassas inclusive para mulheres cientistas. 

Ao lado dela, estarão Taíssa Rodrigues, que é professora pesquisadora, paleontologista e  membro da Academia Brasileira de Ciências, e Rafaela Falasch, pesquisadora da Organização para Mulheres na Ciência para o Mundo em Desenvolvimento (OWSD), da organização 500 Women Scientists (500WS), da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência, além de ser uma das idealizadoras da rede Mulheres na Ciência BR e co-fundadora da Yalodé – Rede de Cientistas Feministas

“A gente só toma conhecimento dos desafios e passa a refletir sobre soluções quando colocamos os fatos de maneira clara, aberta e transparente. No ambiente acadêmico, onde esperaríamos maior equidade de gêneros, vemos que esta ainda não é a realidade. Evidentemente, as exceções são muito ‘preciosas’, pois permitem avaliar o que está por trás, qual foi a trajetória dessas pessoas que não enfrentaram os mesmos desafios ou que os superaram. Abrir espaço para estes diálogos possibilita progressos em termos de sociedade e, consequentemente, a ciência só tem a ganhar com a diversidade de participantes”, diz a mediadora Verônica Fialho. 

“Eu acredito que essa conversa irá promover reflexões importantes e fortalecer as pessoas que passam por desafios e se veem desamparadas neste sistema acadêmico opressor, que leva a perdas significativas em termos de saúde mental e diversidade intelectual. Além disso, é importante mostrar que não podemos avançar sem dar as mãos aos nossos colegas, professores e gestores, por isso a participação de todos é essencial”, convida Verônica.

A mesa-redonda começa às 16h, e poderá ser acessada por este link.

Entomologia convida egressos para colaborar com nova rede de informação e contatos

A Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da Universidade Federal de Viçosa e o Grupo de Estudos em Entomologia Insectum estão convidando a todos os ex-alunos (as) do programa a colaborar com a criação e alimentação da Plataforma de Egressos do programa.

O objetivo é criar uma rede de informação, fortalecendo os vínculos entre egressos, discentes e professores do programa a partir dos perfis profissionais dos ex-alunos, assim como alimentar a base de dados interna do próprio Programa. Além disso, os dados serão usados para atender às demandas da CAPES, no que se refere ao acompanhamento e perfil de egressos.

O primeiro passo é preencher um formulário neste link

É especialmente importante a participação dos egressos que obtiveram seu mestrado ou doutorado de 2006 em diante. A intenção da comissão coordenadora é fechar o relatório para a CAPES em meados deste mês de abril. “Pedimos a contribuição de todos, não só respondendo ao questionário, mas também divulgando nosso pedido entre seus colegas e em suas redes sociais. Quanto maior a participação de todos, mais forte e eficiente será nossa rede”, diz o professor Simon Elliot, em nome da comissão. 

As informações colhidas por meio do formulário também serão usadas, mediante autorização dos ex-alunos, para alimentar uma rede interna de dados e a página Egressos, neste site.

Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves