Samuel Santos e Lorene Reis são os representantes discentes em 2023

Os estudantes Samuel Júlio Lima dos Santos (efetivo) e Lorene Carla dos Reis (suplente) são os novos representantes discentes junto à Comissão Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Entomologia. A dupla vai desempenhar suas funções a partir de janeiro, durante todo o ano de 2023. É a primeira vez que os alunos do programa elegem para a representação uma chapa formada exclusivamente por estudantes negros.
“A nossa chapa, composta não só por negros, mas também por um homem gay e por uma mulher, reflete o momento atual que estamos vivendo, em termos de inclusão, e, agora, o nosso trabalho é fazer o máximo para que o todo o Programa sinta essa mesma energia. A gente sabe que vai ser um trabalho difícil, árduo, mas entendemos o papel que a gente exerce como representantes discentes, e sem dúvida, esse é o nosso momento, vamos realizar muitas coisas”, diz o doutorando Samuel, orientando do professor Simon Elliot.
O bem-estar dos mestrandos e doutorandos – especialmente daqueles pertencentes a grupos minoritários -, e uma melhor integração entre eles e entre seus laboratórios são os principais pontos de atenção da dupla neste ano que se inicia. “A primeira coisa que a gente tem em mente é aumentar o bem-estar dos estudantes que se encaixam em grupos minoritários (mulheres, pessoas pretas e pardas, comunidade LGBTQIA+, indígenas e estrangeiros). Para isso, a gente pensa em trazer palestras, histórias de pesquisadores com esse perfil, e aprimorar a plataforma de egressos do programa”, explica Samuel.
“Nós queremos promover a integração entre os laboratórios, entre os pesquisadores, que é algo que sentimos que falta no Programa. A ideia é fazer com que a gente conheça o que está sendo realizado pelos colegas, para que possamos inclusive contribuir mais uns com os outros e, consequentemente, aumentar a sensação de pertencimento ao grupo. Assim, fortalecemos a identidade da Entomologia e, consequentemente, nosso potencial”, aposta Lorene, que também é orientada pelo professor Simon.
Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves
Pesquisa multidisciplinar investiga relação entre aves e controle de pragas

O professor Lessando Gontijo, orientador do Programa de Pós-Graduação em Entomologia, acaba de iniciar uma parceria com a Wageningen University, da Holanda. O grupo de pesquisadores vai mensurar, no Brasil e na Holanda, de forma inédita, os sons emitidos por pássaros e correlacionar os dados com informações sobre a população de insetos no local – especialmente lagartas e besouros -, com o objetivo de entender o quanto a diversidade de pássaros em determinada área pode ser útil para o controle biológico de pragas. A primeira visita do grupo de cientistas holandeses ao Campus Florestal deve acontecer até fevereiro, e estão previstas coletas de dados também na Holanda.
“A ecoacústica é uma aventura totalmente nova pra mim. A ideia é criar uma metodologia, usando um dispositivo que nos permite, no campo, captar e gravar sons, barulhos, diferentes cantos de pássaros, e através disso, estimar a diversidade de aves. A gente consegue dizer, por exemplo, que em determinada área tem dez diferentes espécies de pássaros, e quais são essas espécies. E a entomologia entra no momento em que vamos correlacionar isso com o nível de pragas, na cultura agronômica”, explica o professor. “Minha meta principal é avaliar se a diversidade de aves pode ser útil para controlar as pragas. Será que há uma correlação direta (entre a diversidade de aves e as pragas)? Onde temos uma diversidade mais alta, será que temos menos pragas, menos lagartas?”
O projeto multidisciplinar foi aprovado em um edital europeu conhecido como ‘Wild Card’ e envolve pesquisadores nas áreas de física, ecologia e entomologia das duas universidades. À princípio, estão envolvidos alunos de iniciação científica orientados pelo professor Lessando e pós-graduandos da Wageningen University, que virão ao Brasil. Ainda está em aberto a possibilidade de pós-graduandos brasileiros colaborarem diretamente para o projeto.
“Essa interação é muito boa para a Entomologia, para a UFV, porque engrandece nosso trabalho, e contribui diretamente para a internacionalização da universidade”, diz Lessando, destacando ainda a chegada de recursos internacionais para custear bolsas e materiais dos experimentos.” Além de tudo, tem o enorme benefício do aprendizado: vou colaborar com ecólogos, é uma aventura nova, um aprendizado enorme. Sempre trabalhei com controle biológico de pragas, mas envolvendo outros insetos. Meus orientados certamente estarão acompanhando e se beneficiando deste conhecimento.”
O projeto tem duração inicial de dois anos. A expectativa é de que, até o final de 2023, aconteça toda a coleta de material e análise dos dados.
Confirmadas as disciplinas para o primeiro semestre de 2023

O Programa de Pós-Graduação em Entomologia publica nesta segunda-feira, 12 de dezembro, a lista de disciplinas confirmadas para o primeiro semestre letivo de 2023. No documento, também constam os horários das aulas e o nome do professor ou professora que ministrará o curso.
Clique aqui para acessar o documento.
Para conhecer as ementas, clique aqui.
As aulas do primeiro semestre de 2023 têm o início previsto para março.
Foto: Rodrigo Carvalho Gonçalves
Pesquisadores têm trabalhos premiados no Simpósio de Insetos Aquáticos Neotropicais

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Entomologia participaram na última semana do VI Simpósio de Insetos Aquáticos Neotropicais. O professor e orientador Frederico Salles, que já esteve entre os organizadores do evento, foi à Ilhéus, na Bahia, acompanhado de cinco orientandos, entre mestrandos e doutorandos, além de dois pesquisadores que, já aprovados, ingressam no programa no próximo semestre. Também estiveram presentes o doutorando Luís Salinas e o pós-doutorando Milton Campaz, ambos orientados pelo professor Eugênio Oliveira.
O grupo participou do evento com apresentações orais e pôsteres e foi premiado em diversas categorias. “Nós do Museu de Entomologia ganhamos três prêmios. Ficamos em segundo lugar na apresentação oral de taxonomia, com uma chave que fizemos para identificação de insetos em uma disciplina da Pós-graduação (Prêmio Newton Dias dos Santos); o Tales Yann da Silva ficou em primeiro lugar nos pôsteres e o Pedro Rodrigues Júnior, aprovado pro mestrado, em segundo lugar (Prêmio Johann Friedrich Theodor Muller – Entomologia)”, conta Frederico. Milton Campaz recebeu o prêmio de segundo melhor poster na área de Ecologia.
O professor Frederico Salles participou da mesa redonda “Lista Vermelha dos Insetos Aquáticos”. “A gente tem dois grupos de insetos aquáticos avaliados na lista nacional – justamente Ephemeroptera, que eu coordeno, e Odonata, que quem coordena é o professor Paulo de Marco Junior, da Universidade Federal de Goiás. A mesa redonda era para que a gente contasse um pouco sobre a nossa experiência à frente da coordenação desses dois grupos e também para falar um pouco sobre os desafios e as perspectivas para o próximo período de avaliação”, explica.
Realizado pela sexta vez no Brasil, o simpósio é focado em insetos aquáticos da América Central e da América do Sul, e reúne tradicionalmente estudantes de graduação e pós-graduação.
Práticas do PPG Entomologia são apresentadas em evento da Engenharia Agrícola

O professor Simon Elliot, que coordenou o Programa de Pós-Graduação em Entomologia entre os anos de 2013 e 2021, dividiu algumas das estratégias de fortalecimento e experiências de sucesso do PPG no “Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola (PPGEA-UFV): 52 Anos de História“, evento realizado no último dia 9 de novembro.
Simon foi convidado a apresentar aos professores e demais membros da comunidade acadêmica presentes as estratégias adotadas e experiências vividas pela Entomologia, participando do painel “Como Consolidar Programas de Pós-Graduação de Excelência”, que reuniu PPGs com conceito 7 na Capes. Estiveram ao lado de Simon o professor Eduardo Mizubuti, ex-coordenador do PPG em Fitopatologia da UFV, e a professora Josefina Bressan, coordenadora do PPG em Ciência da Nutrição da UFV – que conquistou esse ano o conceito 7.
Nos 20 minutos de sua apresentação, Simon apresentou o programa, suas principais características, e as práticas de ensino e pesquisa utilizadas para se manter os cursos de mestrado e doutorado entre os mais bem avaliados do país.