Professor Raul Narciso Guedes recebe prêmio da Kansas State University em reconhecimento pela carreira que construiu

O Departamento de Entomologia da Kansas State University conferiu ao professor Raul Narciso Guedes, o “Alumnus Distinguished Award”, prêmio anual que o departamento entrega a um ex-aluno que conseguiu construir uma carreia de sucesso. O agraciado deste ano foi o professor Raul, que recebeu o título de doutor pela Kansas State University em 1997.
O tradicional Departamento de Entomologia da Kansas State University, com mais de 100 anos de existência, assim apresentou o egresso agraciado em 2013: “Dr. Guedes tem tido uma carreira de sucesso na Universidade Federal de Viçosa, uma das melhores universidades do Brasil na parte de agricultura. Ele tem construído uma forte reputação internacional em pesquisas com interações artrópodes-pesticidas, pragas de produtos armazenados, comunicação em insetos e ecofisiologia de artrópodes. É autor de 133 artigos e 12 capítulos de livros. Ele orientou 11 estudantes de doutorado e 18 de mestrado, e atualmente está orientando três de doutorado e quatro de mestrado. Ele também está orientando dois pesquisadores no pós-doutorado, além de ter co-orientado outros seis anteriormente. Ele também é diretor científico da Fundação Arthur Bernardes (Fundação de Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa) e é membro da Royal Entomological Society.”.
Com a simplicidade que lhe é característica, o professor Raul afirma que soa estranho falar em prêmio. Ele prefere dizer que foi um reconhecimento. “Os americanos tendem a valorizar e a reconhecer as pessoas” – afirma. Para ele, tudo isso soa “caseiro”, por ter sido agraciado entre pessoas que conhece de longa data. Muitos, mesmo não estando mais na Kansas State University, foram prestigiar o reconhecimento conferido ao amigo.
A cerimônia de entrega do “Alumnus Distinguished Award” foi realizada no dia 7 de novembro, nos Estados Unidos. Após a premiação, o professor Raul apresentou um seminário, que deveria ser “instrutivo e curioso”. “Insecticides in insects: Too Much of a Good Thing ….?” foi o título da sua apresentação. Ainda que já tenha morado no exterior, ele afirma que não se sente muito à vontade em fazer uma apresentação em outro idioma. E, felizmente, o ambiente no qual ministrou o seminário na Kansas State University, assim como ele, foi bem informal, tornando a apresentação menos desconfortável.
Na verdade, as apresentações desde o início da sua carreira foram um desafio. Sorrindo, ele conta que “o seminário de conclusão da graduação foi sacrificante”. Agora, com mais de 20 anos de docência, muitas palestras e seminários no currículo, a timidez é menor. Questionado sobre a construção de uma carreira de sucesso, ele afirma que não é intencional, as coisas vão acontecendo. Mas gostar do que se faz é fundamental e resume: “tem que ser gostoso”.
O vídeo da apresentação do professor Raul foi transmitido pelo site da Kansas State University e encontra-se disponível para aqueles que não tiveram a oportunidade de assistir em tempo real. Veja .
Perfil: Manoel José Ferreira

Quando se trata de formigas cortadeiras na Entomologia, não tem como pensar num experimento abrindo mão da contribuição do servidor técnico-administrativo, Manoel José Ferreira, ou simplesmente, Sr. Manoel do Insetário. A prática o fez especialista na coleta de formigas e identificação de espécies em campo. Há quase 18 anos, o Sr. Manoel trabalha no Laboratório de Mirmecologia da UFV, sob a coordenação da professora Terezinha Maria Castro Della Lucia.
O Sr. Manoel cuida, atualmente, de 103 formigueiros, de oito espécies. No passado, já teve até 190 formigueiros sob os seus cuidados. A alimentação de todas as formigas é responsabilidade do Sr. Manoel, que não apenas coleta as folhas para alimentá-las, mas também produz as plantas necessárias. Além disso, ele passa talco nas bandejas para que as formigas não fujam, cuida da limpeza das salas e lava o material de laboratório necessário. Sem contar que ele sabe conduzir todo um experimento corretamente.
Na UFV desde 1986, a rotina de trabalho do Sr. Manoel não foi sempre esta. Antes de ser lotado no Departamento de Biologia Animal, ele trabalhava na Divisão de Parques e Jardins. Orgulhoso, Sr. Manoel conta que muitas árvores que compõem o belo cenário do Campus da UFV em Viçosa, foi ele quem plantou. As árvores entre os departamentos de Letras e Engenharia Florestal, da Praça de Esportes até o Departamento de Zootecnia e as rotatórias da Reta contaram com o seu trabalho. Ele afirma que naquela época a UFV era bem mais florida que nos dias atuais e que era ainda mais bonita.
Sr. Manoel saiu da Divisão de Parques e Jardins após um acidente de trabalho, sendo realocado no Departamento de Biologia Animal. Mesmo passando a trabalhar como auxiliar de laboratório, Sr. Manoel não abandonou o gosto pelas plantas, gosto que vem cultivando até hoje. Ele conta que as árvores em frente ao Insetário, foi ele quem plantou quando veio para o Laboratório de Mirmecologia, no ano de 1996.
Apesar de manter o gosto pela jardinagem, o Sr. Manoel afirma ter muita satisfação pelo trabalho que desenvolve no Insetário. “Convivo mais com as formigas do que na minha casa. Gosto de lidar com elas.” – revela. Ele só pensa em sair do Insetário quando se aposentar. Por sinal, a sua aposentadoria não está muito distante. A partir de 2015, possivelmente, os pesquisadores da UFV não poderão contar mais com o precioso auxílio do Sr. Manoel nos seus experimentos.
Especialização em Proteção de Plantas oferece aprimoramento profissional e científico

O curso de pós-graduação lato sensu em Proteção de Plantas estará recendo inscrições de candidatos até o dia 30 de novembro, para preenchimento de 250 vagas. A especialização oferece aprimoramento profissional e científico para engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, engenheiros agrícolas e biólogos.
Na seleção, além da análise da documentação apresentada, serão consideradas a área de formação superior e a experiência profissional do candidato, que, preferencialmente, deve atuar na área de treinamento da especialização.
Oferecido na modalidade a distância, o curso de Proteção de Plantas atualiza profissionais sobre o uso correto de produtos fitossanitários, com ênfase no manejo de pragas, doenças e plantas daninhas, e divulga a legislação atual.
Além disso, a especialização visa despertar o interesse dos estudantes para os cursos de pós-graduação stricto sensu – mestrado e doutorado. Para aqueles que desejam seguir a carreira profissional, incentiva trabalharem com extensão rural, com maior consciência sobre a contaminação do meio ambiente e dos produtos vegetais.
O curso tem duração de 12 meses, com aulas em ambiente virtual e são realizados dois encontros presenciais no Campus da UFV em Viçosa. As aulas são ministradas por professores de vários departamentos da UFV e de outras instituições.
Quatro docentes do Departamento de Entomologia são tutores do curso de Proteção de Plantas: Marcelo Coutinho Picanço, Raul Narciso Guedes, Angelo Pallini e Eraldo Rodrigues de Lima. Além de tutores, os professores Marcelo Coutinho Picanço e Raul Narciso Guedes integram a comissão coordenadora do curso, que tem como presidente, o professor do Departamento de Fitopatologia, Laércio Zambolim.
Mais informações sobre o curso de pós-graduação lato sensu em Proteção de Plantas podem ser obtidas na página da CEAD ou pelo e-mail protecao.plantas@cead.ufv.br .
Cláudia deixa a secretaria da Entomologia para seguir carreira de professora no Departamento de Zootecnia da UFV

Quem passou pela secretaria do Programa de Pós-graduação em Entomologia nos últimos dias sentiu falta da secretária, Cláudia Sampaio. Mas a sua ausência se deve a bom um motivo: no dia 1º de novembro, Cláudia tomou posse como professora do Departamento de Zootecnia da UFV.
Cláudia é graduada e possui mestrado e doutorado em Zootecnia. Ela foi aprovada num concurso para atuar na área de bovinocultura de corte, no Departamento onde construiu a sua formação acadêmica.
Cláudia se despediu da Entomologia no final de outubro, mas ela garante que não vai conseguir se desligar facilmente. Durante os quase dois anos em que atuou como secretária do Programa, Cláudia construiu uma relação de carinho com as pessoas que conheceu por aqui.
Ela conta que desde quando entrou na Entomologia, em janeiro de 2012, teve uma boa relação, que não se atinha apenas às questões administrativas e que o diálogo sempre foi muito bom com todos. Junto à comissão coordenadora do Programa, tinha voz ativa. Com os alunos, procurava ajudá-los a resolver os problemas com a consciência de quem já foi estudante e conhece as suas necessidades – descreve Cláudia sobre a antiga rotina.
Agora, professora, ela afirma que vai aplicar muitos dos conhecimentos que adquiriu na Entomologia e que onde estiver vai valorizar muito o trabalho de uma secretária de programa de pós-graduação. “A parte administrativa não é nada fácil. São muitos processos e sistemas” – afirma com propriedade.
Quem assumiu esta função que Cláudia conhece tão bem, é a assistente em administração, Eliane Castro Silva, que desde o mês de setembro está na secretaria do Programa de Pós-graduação, em processo de treinamento. Há poucos dias, também chegou um novo colaborador para as atividades administrativas, Roberto Camilo Leles Viana, servidor recém-concursado da UFV.
Conheça uma das primeiras bolsistas na UFV a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Ciência sem Fronteiras

A estudante Ana Maria Guimarães Bernardo passou sete meses na Holanda, através do Ciência sem Fronteiras, sendo umas das primeiras bolsistas do programa na UFV. Ela foi contemplada no primeiro edital. Atualmente estudante do mestrado em Entomologia, sob a orientação do professor Angelo Pallini, Ana foi para a Holanda em agosto do ano passado, quando ainda cursava a graduação em Agronomia.
Ana revela que sempre desejou ir para a Holanda, devido à beleza do país, mas que pensava que isso só seria possível quando estivesse na pós-graduação. Contudo, quando viu a publicação do edital do Ciência sem Fronteiras, ela não pensou duas vezes e se inscreveu, mesmo estando na graduação naquela época.
No primeiro edital, a seleção foi bem diferente do que o acontece hoje. Atualmente, todos os procedimentos são on-line. No primeiro edital, a seleção era feita internamente, pela própria universidade, e dentre outras exigências, o candidato deveria apresentar uma carta de aceite da instituição pretendida.
Mesmo tendo poucos concorrentes, Ana estava receosa quanto ao resultado da seleção. Ela acredita que o seu currículo contribuiu bastante para que conseguisse a bolsa. Ana participou de três projetos de iniciação científica no Laboratório de Acaralogia da UFV, onde começou a trabalhar no 3º período da graduação e onde também conheceu o professor Arne Janssen, da Universidade de Amsterdam, seu co-orientador, que a auxiliou nos contatos com a Holanda.
Ana conta que a sua apreensão foi apenas no início, antes de saber o resultado da seleção. Uma vez selecionada, foi tudo muito tranquilo. Inclusive, nem precisou se preocupar com as despesas da viagem. O único valor que teve que desembolsar foi para o visto. Ana recebeu os primeiros recursos do programa bem antes da sua viagem. Ela afirma que isso lhe deu ainda mais tranquilidade para organizar todos os preparativos.
Em agosto de 2012, Ana embarcou para a Holanda, mas no mês de março, ela já havia recebido a primeira mensalidade da bolsa, o valor das passagens, o seguro saúde, o auxílio material didático e o auxílio instalação. Ana destaca que o governo brasileiro se preocupa com tudo, dando aos estudantes não apenas a oportunidade de ir para o exterior, mas assegurando todas as condições necessárias para a permanência dos estudantes durante o intercâmbio. Ana afirma que não teve dificuldade com nada.
Na verdade, o desafio que Ana deparou-se na Holanda foi o frio. Ela estudou na Universidade de Amsterdam e fez estágio na Estação de Pesquisa da Universidade de Wageningen, sob a orientação do pesquisador Amir Grosman e do professor Arne Janssen. Ana realizou pesquisas a fim de encontrar alimentos alternativos para percevejos predadores, visando o equilíbrio da população do inimigo natural. Ela conta que lá as pesquisas são mais aplicadas e todos os experimentos são feitos em casa de vegetação, não dá para ir ao campo como se faz aqui.
Apesar do frio, Ana adorou a experiência que viveu. Além de melhorar o seu inglês, ela destaca o contato com pessoas de culturas tão diferentes da sua. Na Holanda, Ana morou com uma ucraniana e uma romena. Sem contar o aprendizado que adquiriu nesses sete meses.
Se você, assim como a Ana, deseja fazer intercâmbio, fique por dentro das oportunidades oferecidas pelo Ciência sem Fronteiras. Para se ter ideia do número de bolsas a serem oferecidas pelo programa, a meta do governo é oferecer até 2015, 64 mil bolsas para graduação sanduíche e 15 mil para doutorado sanduíche, e ainda tem bolsas para doutorado pleno, pós-doutorado e outras modalidades. Para saber mais sobre o programa, acesse a página do Ciência sem Fronteiras .