Candidatos a reitor apontam o que deve ser feito para que a UFV se torne ainda mais conhecida

Para fechar a série de matérias sobre as eleições para reitor na UFV, a Entomologia perguntou aos candidatos: Sabemos que o fato de uma universidade ser amplamente conhecida pelo público em geral contribui com a inserção dos seus egressos no mercado de trabalho e com a captação de estudantes e novos professores. Então, o que fazer para que a UFV se torne tão conhecida nacionalmente quanto o Doce de Leite Viçosa?

Confira o que os candidatos propõem:

 Chapa 1 – Todos Pela UFV

  • Reitor: Demetrius David da Silva (Departamento de Engenharia Agrícola)
  • Vice-reitora: Adriana Ferreira de Faria (Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica)

É necessário estruturar nosso setor de comunicação, desenvolvendo um núcleo de branding, visando expandir a visibilidade da marca UFV e sua referência institucional no Brasil e no exterior, reforçando o relacionamento da instituição com seus vários públicos. Nesse sentido, precisamos desenvolver campanhas institucionais e ampliar nosso relacionamento com veículos de comunicação de massa. Além disso, é preciso valorizar e dar maior visibilidade aos nossos pesquisadores, possibilitando a sua inserção cada vez mais efetiva em redes internacionais de pesquisa e nas mídias. Uma ação fundamental é a criação de uma plataforma online que torne a UFV mais acessível ao alcance da sociedade em geral, facilitando o mapeamento das competências acadêmico-institucionais da UFV, de seus pesquisadores e suas produções técnico-científicas, informações sobre nossas unidades, dentre outras questões, seguindo exemplos como o programa “Somos UFMG” e do CenTev/UFV e da CPPI com a criação do Innovation Link – Escritório de Ligação da UFV. Gostaríamos de convidar a todos(as) para conhecerem nosso Programa de Gestão na íntegra, acessando www.chapa1.ufv.br ou www.facebook.com/todospelaufv. Nosso compromisso é com a modernização da gestão universitária, visando ampliar a excelência e a credibilidade da UFV nacional e internacionalmente.

  Chapa 2 – Inovação

  • Reitora: Maria Goreti de Almeida Oliveira (Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular)
  • Vice-reitor: Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues (Departamento de Física)

A comunicação institucional não pode resumir-se à comunicação intra-comunidade e local e à promoção da Administração. Precisamos de um sistema de comunicação eficiente, capaz de identificar e conquistar espaços nos diversos veículos da mídia, promovendo a “marca” UFV em escala ampliada, até em nível internacional. Devemos, de imediato, designar um grupo de trabalho que trate da organização de um sistema de comunicação institucional, articulando e coordenando todos os agentes e iniciativas da área. Para tanto, deveremos ter definidas uma política e diretrizes que norteiem as ações de comunicação, tendo por prioridade a divulgação da UFV.

  Chapa 3 – UFV Sem Parar 

  • Reitora: Nilda de Fátima Ferreira Soares (Departamento de Tecnologia de Alimentos)
  • Vice-reitor: João Carlos Cardoso Galvão (Departamento de Fitotecnia)

A UFV é considerada uma das melhores universidades brasileiras graças à sua qualidade no ensino, pesquisa e extensão. A excelência da instituição nos variados campos do conhecimento exige o aprimoramento permanente dos nossos canais de comunicação, instrumento de ampliação e intensificação das nossas relações locais, nacionais e internacionais. Nós, Chapa 3, propomos o fortalecimento da comunicação entre a Universidade e a Sociedade, por meio de ações que promovam melhor interação com a comunidade e o público em geral. Pretendemos aprimorar a política institucional de comunicação, instrumento estratégico para a área dentro da Universidade. Ampliaremos os espaços das nossas mídias internas, como a TV Viçosa e a Rádio Universitária FM, como incentivadoras e divulgadoras de iniciativas da comunidade acadêmica. Apoiaremos também outras iniciativas institucionais de comunicação como veículo de divulgação e de valorização do trabalho e das pesquisas dos nossos estudantes e professores, como já fizemos recentemente com o vídeo institucional sobre a pesquisa e pós-graduação, que possui versões inglês e espanhol. Toda iniciativa e esforço visam cuidar e explorar positivamente a imagem da UFV, tornando-a ainda mais conhecida e reconhecida.

  Chapa 4 – Participação 

  • Reitor: Gumercindo Souza Lima (Departamento de Engenharia Florestal)
  • Vice-reitor: Carlos de Castro Goulart (Departamento de Informática)

Não respondeu.

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A Entomologia formulou três perguntas sobre os temas: posicionamento da UFV em rankings nacionais e internacionais, arrecadação em pesquisa e visibilidade da UFV. As perguntas e as regras para respostas foram enviadas por e-mail aos quatro candidatos, no dia 16 de outubro. As respostas deveriam ser enviadas para o e-mail site.entufv@gmail.com, até o dia 27 de outubro. As respostas recebidas foram publicadas na íntegra.

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Saiba o que os candidatos a reitor propõem para aumentar a captação de recursos para pesquisa na UFV

Saiba o que os candidatos a reitor propõem para aumentar a captação de recursos para pesquisa na UFV

A captação de recursos é fundamental para o desenvolvimento e a consolidação de linhas de pesquisa. Considerando isso, a Entomologia fez a seguinte pergunta aos quatro candidatos que concorrem ao cargo de reitor: A arrecadação em pesquisa pela UFV vem se mantendo relativamente estável nos últimos dez anos, girando em torno de 50 milhões de reais, mesmo com desvalorização da moeda e expansão considerável da instituição. Assim, ocorre uma redução paulatina da arrecadação em pesquisa. Por que isso vem ocorrendo? E como reverter tal situação em quatro anos?

Veja o que os candidatos responderam:

 Chapa 1 – Todos Pela UFV 

  • Reitor: Demetrius David da Silva (Departamento de Engenharia Agrícola)
  • Vice-reitora: Adriana Ferreira de Faria (Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica)

Considerando os últimos 5 anos, observamos redução de editais públicos das agências nacionais para captação de recursos. Há ainda que se considerar o processo de renovação e expansão do quadro docente, no qual uma parcela significativa de pesquisadores sêniores, reconhecidos em suas áreas, se aposentaram e um grande número de docentes foi contratado. Adicionalmente, precisamos reconhecer que a UFV não institucionalizou a prática de captação de recursos externos para estímulo à pesquisa nos três câmpus. Precisamos apoiar mais os pesquisadores para que consigam captar recursos mais robustos para seus projetos de pesquisa e incentivar a criação de novos programas de pós-graduação. Uma gestão moderna, desburocratizada e proativa da UFV, como planejamos fazer, precisa incentivar a captação de recursos para pesquisa em parceria com órgãos do próprio governo federal, via descentralização orçamentária, e com empresas em iniciativas como os editais da série Inova da FINEP ou por parceria direta. Criaremos um Setor para auxiliar diretamente na elaboração de projetos e captação de recursos. Concomitante a isso, estruturaremos as ações de pesquisa em áreas estratégicas no âmbito da instituição com o estímulo à formação de plataformas de pesquisa bem organizadas, as quais congreguem diferentes grupos de pesquisa, o que favorece a orientação de ações como a captação de recursos e o estabelecimento de parcerias. Criaremos um portal onde o público externo, tanto do país quanto do exterior, possa encontrar facilmente as pessoas (pesquisadores) e acessar informações sobre as pesquisas realizadas na UFV.

 Chapa 2 – Inovação

  • Reitora: Maria Goreti de Almeida Oliveira (Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular)
  • Vice-reitor: Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues (Departamento de Física)

Possivelmente, um fator associado à estagnação relativa da arrecadação em pesquisa na UFV é a renovação do seu quadro docente. A geração de pesquisadores admitidos na Universidade nas décadas de 1970 e 1980 está sendo substituída. Muitos pesquisadores se aposentaram ou estão em vias da aposentadoria. Isto significa a interrupção de linhas de pesquisa e encerramento de carreiras altamente produtivas nos últimos anos. Os novos pesquisadores que são admitidos em sua substituição produzem uma renovação na área da pesquisa. Esse momento de transição, pela intensidade da renovação do quadro, requer especial atenção da Administração. Devemos proporcionar o apoio institucional para consolidar as linhas de pesquisa emergentes e estimular os novos pesquisadores. Devemos trabalhar com o Conselho Técnico de Pesquisa, no sentido de identificar as necessidades e implementar as medidas exigidas.

 Chapa 3 – UFV Sem Parar

  • Reitora: Nilda de Fátima Ferreira Soares (Departamento de Tecnologia de Alimentos)
  • Vice-reitor: João Carlos Cardoso Galvão (Departamento de Fitotecnia)

A captação de recursos depende dos editais das agências de fomento, influenciadas pela situação econômica do país. Neste ano, nos preparamos para enviar projetos à FINEP pelo CTINFRA, entretanto, não obtivemos sinalização do oferecimento desse recurso. Acreditamos que a melhoria na captação de recursos está diretamente relacionada à consolidação da pesquisa e da pós-graduação.  Evoluímos muito nesse período, destacando-se o Programa FORTIS.  Esse foi um programa muito desejado, e nessa administração conseguimos tirar do papel por meio do investimento da Universidade e do apoio da FAPEMIG. Vamos nos dedicar ainda mais à consolidação da pós-graduação, continuando a alavancar os programas 3 e 4, criando condições favoráveis para o surgimento de novos, além de apoiar a manutenção do nível dos cursos de excelência. Tal ação incentiva uma maior produção cientifica, indicador importante nos editais de fomento. Fortaleceremos também nossa parceria com a Funarbe, com ações de divulgação e apoio aos pesquisadores. Promoveremos  relação mais intensa e estreita com empresas e órgão públicos, criando oportunidades de editais induzidos em áreas específicas. Essas e outras medidas, estão detalhadas em nosso plano de trabalho para gestão 2015-2019.

 Chapa 4 – Participação

  • Reitor: Gumercindo Souza Lima (Departamento de Engenharia Florestal)
  • Vice-reitor: Carlos de Castro Goulart (Departamento de Informática)

Não respondeu.

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A Entomologia formulou três perguntas sobre os temas: posicionamento da UFV em rankings nacionais e internacionais, arrecadação em pesquisa e visibilidade da UFV. As perguntas e as regras para respostas foram enviadas por e-mail aos quatro candidatos, no dia 16 de outubro. As respostas deveriam ser enviadas para o e-mail site.entufv@gmail.com, até o dia 27 de outubro. As respostas recebidas estão sendo reproduzidas na íntegra.

Cada tema está sendo abordado individualmente, numa série de três matérias. A primeira matéria apresentou a opinião dos candidatos sobre o posicionamento da UFV em rankings nacionais e internacionais. Na sequência, será feita a terceira e última divulgação, com o tema visibilidade da UFV.

Projeto sobre mapeamento neural do sistema nervoso de insetos traz professor da University of Southampton à UFV

Na última semana, a Entomologia recebeu o pesquisador visitante especial, Philip L. Newland, professor da University of Southampton, no Reino Unido. O pesquisador inglês integra a equipe do projeto “Insecticide toxicity changing insect neuronal networks: physiological and computational approaches”, coordenado pelo professor da Entomologia, Eugênio Eduardo de Oliveira, com participação do professor da Escola de Engenharia de São Carlos (USP), Carlos Dias Maciel.

De acordo com o coordenador do projeto, “o nosso interesse é evidenciar quais redes neurais são mais importantes na percepção gustatória de agentes intoxicantes, principalmente pesticidas, usados no controle de importantes pragas agrícolas como, por exemplo, o percevejo marrom da soja, Euschistus heros. Nós usaremos técnicas de neurofisiologia e computacionais para entender como essa percepção é controlada pelos insetos”.

Na recente visita do professor Newland à UFV, ele contribuiu para os ensaios fisiológicos preliminares com E. heros e também para a disciplina “Bases Neurais do Comportamento em Invertebrados”, que está dentro da principal área de atuação do pesquisador. Essa foi a segunda vez que o professor Newland esteve na Entomologia. No ano passado, ele veio à UFV, acompanhado do professor Carlos Dias Maciel, quando estabeleceram as bases do atual projeto e os caminhos a serem percorridos durante a parceria.

O professor Eugênio conta que esse é o primeiro projeto que ele está desenvolvendo em parceria com os pesquisadores: “Embora durante o meu doutoramento eu tenha lido muitos trabalhos do professor Newland sobre controle neural da locomoção em insetos, esta é primeira vez que estou tendo oportunidade de integrar uma equipe de estudos dele. Eu o conheci em 2012, quando ele foi a São Carlos ministrar uma palestra sobre Neurofisiologia de Insetos. Nessa ocasião, contatei o professor Maciel e o professor Newland para que pudéssemos discutir ideias e integrar nossos conhecimentos em uma parceria”.

Segundo o professor Newland, naquele encontro, ficou claro que os três pesquisadores tinham muito em comum: “Juntos, rapidamente, discutimos nossos pensamentos e ideias, e decidimos montar um projeto com interface entre a Biologia e a Engenharia para concentrar em um importante inseto-praga da soja, o percevejo. Decidimos desenvolver um estudo integrado, de comportamento, fisiologia e modelos matemáticos, para começar a entender como o inseto responde a pesticidas e como a exposição crônica afeta o sistema nervoso do inseto”.

O projeto foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, na modalidade pesquisador visitante especial, e será desenvolvido ao longo de três anos. Apesar de estar na fase inicial, o professor Newland está otimista com os possíveis resultados da pesquisa: “Estou animado. Para todos nós é um pouco de um passo para o desconhecido. Nenhum de nós individualmente tem as habilidades para lidar com o problema de pesquisa. Mas, trabalhando em conjunto para além das fronteiras nacionais e internacionais, podemos combinar nossas forças para enfrentar essas grandes questões. É sem dúvida a forma como grande parte da ciência no futuro deve ser realizada. Já se foram os dias em que as pessoas trabalhavam em seus próprios laboratórios de pequeno porte. Para enfrentar os grandes problemas de hoje na saúde ou na segurança alimentar, para citar apenas duas áreas, temos que trabalhar em conjunto, combinando diferentes abordagens e conhecimentos” – finaliza.

Eugênio Oliveira e Philip L. Newland

Entomologia divulga locais de realização da prova escrita do Processo Seletivo 2015/I

A prova escrita do Processo Seletivo 2015/I da Entomologia será aplicada no dia 7 de novembro (sexta-feira), das 8 às 11h30min. Para os candidatos que farão a prova em Viçosa, o local de realização será o auditório 1 do PVB ( Pavilhão de Aulas II), no Campus da UFV.

Já os candidatos que farão a prova em outra cidade, devem conferir neste link o local bem como o nome do responsável pela aplicação.