Defesa de dissertação nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira, dia 31, será a defesa de dissertação do estudante Raul Pisno.

Título: Bases da coabitação entre besouros Staphylinidae e cupins Termitidae

Orientador: Og Francisco Fonseca de Souza

Data: 31/03/2016

Horário: 14h

Local: Prédio da Entomologia – Sala 201

Começam as inscrições para o Processo Seletivo 2016/II da Entomologia

Nesta quarta-feira, dia 30 de março, começam as inscrições para o Processo Seletivo 2016/II, ao mestrado e ao doutorado em Entomologia.

Para o mestrado, as etapas da seleção compreendem prova escrita classificatória e análise de currículo. Para o doutorado, a prova escrita é eliminatória. O candidato que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 será eliminado. Além da prova escrita, os candidatos ao doutorado passam por análise de currículo e arguição oral. Será eliminado o candidato que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 na arguição oral.

A prova escrita consistirá na interpretação de um artigo científico escrito em inglês. A prova será realizada em Viçosa, no dia 20 de maio, das 8 às 11h30min (horário local). Visando facilitar a participação, o Programa de Pós-Graduação em Entomologia oferece ao candidato a possibilidade de fazer a prova escrita em outros locais do Brasil e exterior. Contudo, isso não se configura como direito adquirido.

Os candidatos que desejarem fazer a prova fora de Viçosa precisam informar no momento da inscrição o local pretendido e deve contatar previamente um pesquisador ou professor que se disponha a aplicar a prova numa instituição sediada na cidade escolhida. Feito isso, é preciso enviar essas informações à secretaria do PPG em Entomologia, através do e-mail ent@ufv.br , com cópia para entomoprova@gmail.com .

A arguição oral, etapa exclusiva para os candidatos ao doutorado, também poderá ser realizada via Skype para residentes em outras cidades, desde que os candidatos avisem com antecedência à secretaria do Programa.

As inscrições ao Processo Seletivo terminam no dia 25 de abril.

 Os interessados devem ler atentamente os Critérios para a seleção de candidatos 2016/II .

Equipe da UFV está na final do EntomoQuiz

A equipe da UFV está fazendo bonito em Maceió, durante o XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia! Os estudantes do PPG em Entomologia, Jaciara Gonçalves, Nathaly Lara Castellanos, Wilson Rodrigues Valbon e Hígor de Souza Rodrigues estão na final do EntomoQuiz.

Na primeira etapa da competição, realizada na terça-feira, a UFV venceu a equipe da UFAL. Hoje, na semifinal, a UFV eliminou a equipe da UFG. Nesta quinta-feira, dia 17, a UFV vai disputar com a equipe da Unesp a final da competição de perguntas e respostas sobre entomologia.

Boa sorte aos membros da nossa equipe!

 Saiba mais sobre o EntomoQuiz

Universidade do Canadá seleciona estudante da UFV para mestrado em Biologia

O formando do curso de Agronomia da UFV, Conrado Augusto Rosi Denadai, foi aprovado pela Carleton University para o Master of Science in Biology. A universidade canadense concedeu ao estudante brasileiro uma bolsa para custear os seus estudos sobre bioacústica de insetos. Assim, Conrado prepara-se para retornar à Ottawa, cidade na qual ele já teve a oportunidade de residir durante a graduação. Conrado passou um ano na capital do Canadá, através do programa Ciência sem Fronteiras, fazendo estágio no Laboratório de Neuroetologia, na Carleton University, sob a orientação da professora Jayne Yack. Mais uma vez, a especialista em Neuroetologia, Som e Vibração em Insetos irá orientar o estudante.

Agora, para o mestrado, as inquietações de Conrado são outras, bem diferentes daquelas que o acompanharam em 2012 quando chegou a Ottawa: “Desta vez muitas incertezas já não existem mais. Eu sei exatamente com quem vou trabalhar e quais serão as metas do meu projeto. Vários amigos ainda moram em Ottawa e poderei reencontrá-los. Eu conheço bem a cidade e não tenho mais a preocupação de não conseguir me adaptar. Por outro lado, eu tenho medo de não conseguir resultados com o projeto. Trabalhar com sistema nervoso de lagartas não é fácil, é muito pequeno e o corpo mole atrapalha. Às vezes precisamos abrir insetos para estudar o sistema nervoso enquanto eles ainda estão vivos, mas lagartas são basicamente sacos de água que estouram e morrem se você fizer qualquer corte”.

Durante o mestrado, a questão principal que Conrado vai tentar responder será: “Como lagartas conseguem perceber vibração nas folhas das árvores?”. “É sabido que insetos de corpo mole (como lagartas e larvas de moscas) conseguem perceber o ambiente usando vibração em meios sólidos (parecido com um andarilho que sabe se um trem está vindo ou não colocando os ouvidos sobre seu trilho). No entanto, em insetos de corpo mole ainda não foi comprovado como isso é feito. Há um tempo, a minha orientadora foi convidada para dar uma palestra sobre isso nos EUA. Ela me disse que no fim da palestra, ela foi cercada por dezenas de engenheiros curiosos. Aparentemente, o uso de sensores de ‘tato’ e vibração é limitado em robôs que teriam corpo mole como o das lagartas, e os engenheiros encontram dificuldades na mecatrônica que poderiam ser superadas se conhecermos esses sensores biológicos” – explica.

Trabalhando com uma linha de pesquisa ainda em desenvolvimento e entusiasmado com os desafios do seu projeto, Conrado revela que o mestrado no exterior não era um objetivo perseguido desde o início: “Fazer ciência é empolgante e eu amo trabalhar com pesquisa. Mas as conquistas dos pesquisadores, por mais fundamentais que sejam, levam décadas para gerar mudanças na sociedade. Eu tenho um lado imediatista e impaciente que quer ver resultados práticos sociais o mais cedo possível. Eu fico em dúvida se a carreira científica é aquela que eu gostaria de tomar. O Canadá é um dos melhores países para se viver. Eu sei que esse fato é tentador para muita gente. Mas o que fazer em um país onde pouco há para se melhorar? Mesmo que às vezes a burocracia e a apatia excessivas do Brasil acabam deixando-nos com as mãos atadas, em poucos lugares do mundo o conhecimento será tão útil para promover mudanças quanto aqui. Mas a minha orientadora no exterior, a professora Jayne, me disse que o meu mestrado não firmaria um contrato exclusivo com a carreira científica pelo resto da vida. Eu estaria na verdade me preparando para assumir outras responsabilidades, dessa vez, com mais conhecimento de mundo. E caso eu acabe seguindo a carreira acadêmica, quem melhor do que um professor para ajudar, nem que seja um pouquinho, a melhorar nossa comunidade?” – pondera.

Sobre o processo seletivo pelo qual passou até ser admitido para o mestrado, Conrado considera que a maior dificuldade é o domínio da língua estrangeira. Ele explica que “em geral, as aplicações para pós-graduação no Canadá, EUA e Europa são menos burocráticas que no Brasil. No caso de Carleton University, o processo é todo online. Eles requerem uma carta de interesse, o histórico escolar da graduação, um exame de proficiência (Toelf, por exemplo), duas cartas de recomendação e o currículo. Não é necessário anexar certificados de apresentação em congresso, participação de cursos ou nada do tipo. Inclusive, o processo é tão simples, que muitos brasileiros que se esforçaram durante a graduação conseguiriam submeter e ser aprovados em programas de pós-graduação no mundo todo, principalmente, porque os currículos dos estudantes brasileiros de iniciação científica são em média mais competitivos que os dos estudantes nesses países.” – avalia.

A iniciação científica faz parte da vida acadêmica de Conrado desde o começo da graduação, quando ele foi estagiar no Laboratório de Ecotoxicologia, coordenado pelo professor Raul Narciso Carvalho Guedes. De acordo com o professor Raul, “Conrado tem colecionado uma generosa série de premiações e artigos nos últimos anos”. Em 2013, ele foi premiado no Canadá, pela empresa Bio-Rad Laboratories, em reconhecimento pelo pôster que apresentou durante o Research Day, realizado pela Carleton University. Já em 2014, o estudante foi premiado durante o XXV Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado em Goiânia, por ele ter feito a melhor apresentação da sessão oral de Polinização.

Conrado ingressou na UFV em 2010 e logo no segundo período de curso passou a integrar a equipe do Laboratório de Ecotoxicologia. “Eu sou muito curioso e agradeço aos estudantes do laboratório da época por terem tido a paciência de me explicar as teses várias e várias vezes. Eu também sou muito ativo e não consigo ficar parado. Então, com frequência eu acabava ajudando em experimentos aqui e ali. Isto resume o tempo trabalhando com o professor Raul: muito aprendizado com um dos maiores mentores desta universidade e com seus estudantes, trabalhando em tantos projetos quanto possível” – descreve.

Prestes a encerrar essa etapa de aprendizado na UFV, Conrado, que iniciará o mestrado na Carleton University no mês de setembro, destaca: “Há muitas possibilidades de bolsas que estudantes brasileiros podem buscar no exterior. Mas como a maioria está vinculada a universidades, departamentos e professores, nós não ouvimos falar delas até o momento em que entramos em contato. Por isso, para aqueles que têm vontade de fazer uma pós-graduação no exterior, vale a pena dedicar-se a uma língua estrangeira, trabalhar duro por um currículo forte, tirar boas notas (a maioria das universidades exigem coeficiente de rendimento mínimo de 80%) e pedir a professores da UFV possíveis contatos de pesquisadores no exterior com quem poderia fazer a pós-graduação, até conseguir bolsas”.

Colaboração para manejo de Helicoverpa armigera traz professor da Lancaster University ao Brasil

Editor executivo da Journal of Animal Ecology, Dr. Ken Wilson, apresenta o seminário “How do get published in peer-reviewed journals?”, na UFV.

O professor da Lancaster University, Dr. Ken Wilson, está na UFV para atividades de um projeto que desenvolve em conjunto com o professor da Entomologia, Simon Luke Elliot. O objetivo da parceria é “desenvolver estudos iniciais e criar uma rede de partidos interessados (‘stakeholders’) para o manejo de Helicoverpa armigera”. Financiado pela Newton Fund, do Reino Unido, o projeto faz parte de uma iniciativa de criação e fortalecimento de laços entre pesquisadores britânicos e de países emergentes como Brasil, China e México, em diversas áreas de pesquisa direcionadas ao desenvolvimento.

O projeto “Impact and biological control of a new invasive global crop pest in Brazil” terá duração de um ano e conta com a participação de outros pesquisadores do Reino Unido e do Brasil: David Grzywacz (University of Greenwich), Robert Graham (Harper-Adams University), Fernando Valicente (Embrapa) e Eliseu José Guedes Pereira (UFV).

Pela primeira vez na UFV, Dr. Ken Wilson está desenvolvendo algumas atividades do projeto, como um workshop realizado nesta segunda-feira, dia 7, onde se discutiu “as possibilidades de um manejo eficaz e sustentável da praga, o que incluiria o uso de controle biológico através de vírus entomopatogênico e o manejo de resistência a inseticidas e a Bacillus thuringiensis (Bt)” – informa o professor Simon.

Na sequência, o professor da Lancaster University seguirá com uma equipe da Entomologia UFV para a cidade de Patos de Minas, para realizar trabalho nos campos do Grupo Farroupilha Sementes, onde há um laboratório e uma biofábrica de controle biológico. O Grupo Farroupilha é um dos “stakeholders”.

Aproveitando a presença do Dr. Ken na UFV, ele foi convidado a falar sobre a sua experiência como editor executivo da Journal of Animal Ecology, revista pertencente à British Ecological Society. O seminário “How do get published in peer-reviewed journals?” atraiu muitos interessados, afinal o tema concentra boa parte dos esforços da pós. Estudantes e professores dos programas de pós-graduação em Entomologia e Ecologia lotaram o auditório do Bioagro no fim da tarde da última sexta-feira, dia 4.

O professor Simon chama a atenção para um fato curioso que acabou resultando na atual parceria com o editor da Journal of Animal Ecology: “Poucos anos atrás, eu submeti um artigo de revisão para a Ecology, e sugeri o Ken como revisor. Acabou que ele foi revisor e se declarou como tal, sendo que o normal é manter o anonimato. Ele foi muito crítico, mas de uma forma muito construtiva, melhorou muito o artigo (Elliot & Hart 2010). Posteriormente, meu orientado Farley e eu nos sentimos à vontade para pedir algumas pequenas sugestões metodológicas para um artigo na PLoSOne (Silva et al. 2013) e sugerimos o Ken como revisor novamente. Em 2014, quando surgiu o edital do Newton Fund, o Ken entrou em contato comigo e eu sugeri que fizéssemos uma proposta de trabalho com H. armigera. Isto é, o próprio processo de revisão de artigos, sobre o qual Ken falou muito durante o seminário, acabou levando a uma colaboração. O único problema agora é que não posso sugerir Ken como revisor” – lamenta.