Mais uma iniciativa empreendedora desponta na Entomologia

Fazer análises, gerar dados confiáveis, evitar a perda de informações relevantes, executar em tempo hábil trabalho de campo e em laboratório, são só alguns dos desafios da pesquisa científica. Visando atender a essa demanda, foi criada a “ENTO, soluções e pesquisa com artrópodes”, empresa de pesquisa e consultoria que oferece serviços que vão desde a definição de objetivos/protocolos até a elaboração de relatórios finais.
A ENTO é fruto da parceria entre os pós-doutores em Entomologia, Mateus Chediak, Nelsa Guedes, ambos da UFV, e Pablo Gontijo, da UFLA (Universidade Federal de Lavras). A experiência dos três em diferentes campos de atuação, aliada ao desejo de empreender, foi o pontapé inicial para eles entrarem no mercado de consultoria em pesquisa.
Voltada para o seguimento corporativo, a ENTO busca atender empresas de produtos fitossanitários e biotecnologia, órgãos governamentais e instituições de ensino e pesquisa que trabalham com artrópodes. Atualmente, a empresa está em processo para obtenção de registro junto ao MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).
Hoje, a ENTO é uma empresa pré-incubada pelo CenTev (Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa), órgão vinculado à UFV. A empresa está sediada em Viçosa (MG), mas dispõe de capacidade para atuar em várias regiões do Brasil, já que a equipe conta com parceiros em todo o país, trabalhando em uma estrutura de coworking com pesquisadores e laboratórios. Um dos diretores da empresa, por exemplo, atua como pesquisador de campo na cidade de Cascavel, na região oeste do Paraná.
Engenheiro Agrônomo formado pela UFV, o diretor Pablo Gontijo destaca que uma das prioridades da ENTO é “sempre contar com uma equipe altamente qualificada e diversificada. Acreditamos que isso é primordial para o sucesso da empresa. Então, para formar a equipe de consultores nós buscamos nomes que fossem referências, tanto no Brasil como no exterior, nas áreas de toxicologia, manejo integrado de pragas, fisiologia de insetos, entomologia molecular, etc. Para a nossa felicidade, pesquisadores de renome como Raul Guedes (UFV), Marcelo Picanço (UFV), Eugênio Oliveira (UFV) e Alberto Corrêa (ESALQ) acreditaram na proposta e aceitaram o nosso convite. Com certeza contar com o suporte de uma equipe de consultores desse nível é um grande passo para que possamos oferecer aos nossos clientes trabalhos de excelência”.
De acordo com o diretor Mateus Chediak, neste início, a empresa concentra atividades relacionadas à toxicologia de inseticidas em artrópodes. “Podemos levar novas tecnologias presentes na academia para as empresas e com isso, otimizar avaliações. Podemos auxiliar na identificação de novas moléculas inseticidas e produtos promissores, identificar quais produtos e para quais pragas podem ser utilizados, avaliar a eficiência e identificar se os produtos eficientes possuem alguma seletividade. Um experimento bem feito, desde o delineamento experimental até a confecção de relatórios técnicos, é de fundamental importância para se conhecer e ter certeza sobre a eficiência de um inseticida em determinada cultura/praga. Assim, as empresas podem traçar planos de ação no mercado, mantendo ou eliminando produtos” – avalia.
A ENTO oferece ainda análise de dados utilizando geoestatística. Chediak ressalta que “uma das falhas existentes hoje dentro da toxicologia está na não determinação espacial de respostas, como a falha em controle de uma praga. Fazer a avaliação com populações de insetos coletados em locais específicos e georeferenciados, permite identificar onde está ocorrendo e onde poderá ocorrer falha em controle de pragas. Assim, as empresas podem traçar planos de ação no mercado, fazendo o posicionamento mais adequado para seus produtos”.
Para saber mais sobre a “ENTO, soluções e pesquisa com artrópodes”, acesse o site da empresa.
outra iniciativa empreendedora: a Econtrole Pesquisa & Consultoria, empresa fundada pelos pós-doutores Felipe Lemos e João Ferreira, e o mestre em Entomologia, Danilo Bernardo, cujo foco é o manejo agroecológico de pragas.
Conheça tambémProrrogado prazo de inscrições para processo seletivo da Entomologia

Os candidatos ao mestrado e ao doutorado em Entomologia poderão efetuar a sua inscrição até o dia 29 de abril. O prazo de inscrições foi prorrogado em função da indisponibilidade do nosso site nos últimos dias. Agora, com o acesso normalizado, os candidatos já podem acessar todas as informações sobre o Processo Seletivo 2016/II. Inclusive, foram divulgadas algumas dicas sobre a prova escrita e a lista de orientadores disponíveis. No fim desta página, você pode acessar todos os links.
Neste semestre, são oferecidas oito vagas para o mestrado e quatro para o doutorado. A primeira etapa para a seleção dos candidatos é a prova escrita, que será realizada em Viçosa, no dia 20 de maio. Mas para candidatos que não residem na cidade, existe a possibilidade de fazer a prova escrita em outros locais do Brasil e exterior. Para isso, basta seguir as orientações do edital.
Para aqueles candidatos que efetuaram a inscrição anteriormente, a secretaria do PPG Entomologia informa que ocorreu uma divergência entre as planilhas de pontuação de currículos que está no Edital e a que estava disponível no Sistema de Inscrição da UFV. Essa divergência já foi corrigida. A planilha do sistema de inscrição foi atualizada e é a mesma do Edital. Mas os candidatos que finalizaram a inscrição com a planilha antiga, não precisam se preocupar, pois durante as correções a Comissão de Avaliação verificará tais pontos.
Confira a seguir todas as informações sobre o Processo Seletivo 2016/II:
Entomologia oferece total de 12 bolsas para mestrado e doutorado

Se você deseja ingressar no mestrado ou no doutorado em Entomologia da UFV, chegou a hora de se inscrever. Já começaram as inscrições para o Processo Seletivo 2016/II. Ao todo, são oferecidas 12 vagas, oito para o mestrado e quatro para o doutorado. Lembrando que o número de vagas pode ser ampliado ou reduzido de acordo com a disponibilidade de bolsas.
Para o mestrado, as etapas da seleção compreendem prova escrita classificatória e análise de currículo. Para o doutorado, a prova escrita é eliminatória. O candidato que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 será eliminado. Além da prova escrita, os candidatos ao doutorado passam por análise de currículo e arguição oral. Será eliminado o candidato ao doutorado que não alcançar nota igual ou superior a 5,0 na arguição oral.
A prova escrita consistirá na interpretação de um artigo científico escrito em inglês. A prova será realizada em Viçosa, no dia 20 de maio, das 8 às 11h30min (horário local). Visando facilitar a participação, o Programa de Pós-Graduação em Entomologia oferece ao candidato a possibilidade de fazer a prova escrita em outros locais do Brasil e exterior. Contudo, isso não se configura como direito adquirido.
Os candidatos que desejarem fazer a prova fora de Viçosa precisam informar no momento da inscrição o local pretendido e deve contatar previamente um pesquisador ou professor que se disponha a aplicar a prova numa instituição sediada na cidade escolhida. Feito isso, é preciso enviar essas informações à secretaria do PPG em Entomologia, através do e-mail ent@ufv.br , com cópia para entomoprova@gmail.com .
A arguição oral, etapa exclusiva para os candidatos ao doutorado, também poderá ser realizada via Skype para residentes em outras cidades, desde que os candidatos avisem com antecedência à secretaria do Programa.
Os interessados têm até o dia 25 de abril para se inscreverem. Para mais informações, acesse o arquivo retificado dos Critérios para a seleção de candidatos 2016/II, nele já consta além do número de vagas, a bibliografia sugerida aos candidatos para leitura.
EntomoQuiz garante descontração e bons desafios no Congresso Brasileiro de Entomologia

O XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE) repetiu o sucesso das edições anteriores. Aproximadamente 1300 participantes da América Latina e dos Estados Unidos estiveram em Maceió para o evento. Neste ano, a exemplo da edição anterior, o CBE contou com um atrativo a mais na sua programação: o EntomoQuiz. Num clima descontraído, estudantes, professores e pesquisadores vibraram com a competição. Além de animar as torcidas, o jogo de perguntas e respostas desafiou as equipes participantes e os organizadores também.
Organizado por Alexandre José Ferreira Diniz (UNISO), Daniell Rodrigo Rodrigues Fernandes (INPA), Rafael Major Pitta (Embrapa Agrossilvipastoril) e Tiago Cardoso da Costa Lima (Embrapa Semiárido), o EntomoQuiz requer tempo e dedicação dos organizadores. De acordo com a comissão, “um dos desafios é a elaboração de perguntas. Despendemos muito tempo na elaboração, pois o recebimento de perguntas é aquém da quantidade necessária. Além disso, é preciso que o grupo faça um pente fino nas perguntas para eliminar questões dúbias ou respostas incompletas. Isso toma muito tempo, e mesmo assim uma ou outra pergunta passa despercebida. Nas duas edições, passamos os dias e as noites do congresso envolvidos apenas com o EntomoQuiz”.
A plateia estava animada com a competição. Foto: Saulo Coelho
Em 2016, seis equipes compostas por estudantes de pós-graduação disputaram a competição: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual Paulista (Unesp Jaboticabal), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Segundo os organizadores, a inscrição de equipes é outro desafio que eles vêm enfrentando desde a primeira edição: “Foram necessários diversos convites para termos as equipes inscritas. A maioria dos estudantes não se sente confortável em participar da competição pelo temor de um desempenho insatisfatório. Porém, acreditamos que com essas duas edições, os alunos estão percebendo o clima descontraído de uma competição saudável. Com isso, em pouco tempo, esperamos que faltem vagas para equipes pela grande procura dos estudantes”.
Os organizadores ainda destacam um ponto relevante a ser considerado pelos competidores: “É importante ter em mente que ao responder errado, não necessariamente o aluno não saiba a resposta, pois o fator nervosismo influencia muito. Diversas respostas foram consideradas erradas, pois os alunos responderam de forma incompleta ou não conseguiram explicar de forma clara durante os 30 segundos permitidos para a resposta. Assim como, quando as equipes não sabiam as respostas, as perguntas eram direcionadas para a plateia, que muitas vezes também não soube responder”.
Disputa acirrada
Esta foi a primeira vez que a UFV participou do EntomoQuiz, e a equipe conseguiu chegar à final da competição. A UFV disputou a final com a Unesp Jaboticabal. O jogo estava empatado, 60 a 60, e na pergunta de morte súbita, a equipe da UFV respondeu de forma incompleta. Assim, a Unesp foi declarada vencedora do EntomoQuiz.
Equipes da Unesp e UFV durante a disputa final. Foto: Saulo Coelho
A doutoranda Nathaly Lara Castellanos integrou a equipe da UFV juntamente com os mestrandos Jaciara Gonçalves, Wilson RodriguesValbon e Hígor de Souza Rodrigues. Nathaly descreve que a sensação de participar do jogo foi muito gratificante: “Ainda que a nossa equipe não tenha se preparado, respondemos muitas perguntas. Pudemos perceber que toda a bagagem que acumulamos durante o nosso processo de formação se manteve fresca e atual. Estávamos muito nervosos, não esperávamos chegar à final, pois notávamos que outras equipes haviam se preparado com mais tempo. Talvez o trabalho em equipe tenha sido o fator que mais nos ajudou, uma vez que as discussões nos ajudaram a completar os conceitos que não tínhamos muito claros. Foi muito legal o apoio que tivemos de nossos colegas que estavam na plateia, torcendo por nós e nos dando ânimo. Alguns ex-alunos do nosso Programa estavam presentes e torcendo pela nossa equipe. Era possível sentir que eles têm muito orgulho de ter estudado na UFV”. Para Nathaly, que é colombiana, participar do EntomoQuiz teve um sentimento ainda mais especial. “De forma pessoal, me senti muito feliz em participar de um concurso em língua portuguesa e ser completamente entendida por todo o público” – completa.
Parte da delegação da UFV em Maceió.
Rumo a Gramado
Para quem pensa em participar da próxima edição do EntomoQuiz, a ser realizada em Gramado, no Rio Grande do Sul, em 2018, Nathaly faz uma recomendação: “Estudar os conceitos básicos ligados ao tema, ler jornais científicos e estudar a história da SEB (Sociedade Entomológica do Brasil). Muitas das perguntas bônus eram sobre curiosidades científicas e história da entomologia brasileira, e as perguntas bônus ajudam muito no final”.
Para 2018, os organizadores do EntomoQuiz ainda não sabem se as regras sofrerão alterações. As mudanças que já estão sendo discutidas são relacionadas às tarefas necessárias para a realização da competição: “Estamos tentando profissionalizar o Quiz. Para isso, elaboraremos um protocolo de execução com descrição de todos os itens necessários para a realização da competição e de uma equipe de apoio para nos auxiliar. Até então, chegávamos um dia antes do evento para testar o equipamento, negociávamos com a equipe de TI do Congresso a instalação e disposição de mais monitores e datashows. Instalávamos e desmontávamos o equipamento a cada disputa para liberar a sala para as palestras que iniciavam na sequência. Até mesmo as placas com os nomes das equipes e solicitação de água para os participantes nós que providenciávamos. Com esse protocolo, ganharemos mais agilidade e ficará menos desgastante” – avaliam.
Apesar do desgaste, a comissão afirma que tem sido muito gratificante organizar a competição: “As diversas palavras de incentivo fazem com que tenhamos o sentimento de que valeu a pena. Ao longo das edições ganhamos mais experiência. É bem complicado conduzir o Quiz, pois envolve muita atenção, principalmente durante a competição, para não confundir o placar das equipes que muda o tempo todo, cuidar para que a plateia entusiasmada não assopre as respostas para os participantes, controlar o equipamento de buzina e moderar as perguntas e respostas. Mas é bacana que ao organizarmos a competição, somos ‘forçados’ a estudar novamente disciplinas realizadas durante a pós-graduação, e nos atualizarmos sobre o que tem de mais novo na entomologia, para sempre trazermos perguntas relacionadas aos conhecimentos básicos da área e também das atualidades”.
fotos do XXVI CBE, tiradas pelo jornalista Saulo Coelho.
Acompanhe os seminários desta semana

Na tarde desta quinta-feira, dia 31, no auditório do Bioagro, serão ministrados dois seminários:
Às 17h: “Tamanho é documento?”, por Rodrigo Soares Ramos
Às 17h30min: “Baratas também podem salvar vidas!”, por Carlos Henrique Almeida