PPG em Entomologia e Universidade de Catânia promovem intercâmbio de doutorandos para pesquisa com abelhas

O trabalho conjunto entre o Laboratório de Abelhas e Vespas da UFV e pesquisadores da Universidade de Catânia, na Itália, iniciou em junho uma nova etapa, com o intercâmbio de dois pesquisadores. Lívia Maria Negrini Ferreira, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Entomologia, está desde o mês passado na universidade europeia, onde é co-orientada pela professora Gaetana Mazzeo (na foto acima), enquanto o estudante Roberto Catania chegou ao Brasil para realizar parte de sua pesquisa de doutorado sob orientação da professora Maria Augusta Lima.

“Fui muito bem recebida aqui. Desde que eu entrei no doutorado eu já tinha vontade de fazer intercâmbio. Fiz um quando estava na graduação, pelo Ciência sem Fronteiras. Eu fiquei um ano na Irlanda e foi excelente, uma experiência que mudou muita coisa para mim. Então eu queria muito fazer de novo, só que agora neste outro contexto, dentro da minha área de pesquisa”, diz Lívia, orientada da professora Maria Augusta. Ela, que desde o mestrado estuda o efeito de agrotóxicos em abelhas sem ferrão, vai poder agora incluir as espécies nativas da Itália em seus estudos. “Aqui em Catania eles têm um programa de doutorado na área agrícola muito bom, muito forte. E a Gaetana tem feito trabalhos com biopesticidas, com óleos essenciais, o que é novo pra mim. Então essa é a nossa ideia: eu trabalhar aqui com estes biopesticidas e com abelhas nativas da região, e somar isso à minha pesquisa no Brasil.”

Roberto chegou ao Brasil em junho para um trabalho de seis meses ao lado da professora Maria Augusta Lima

Oportunidade semelhante vai ter Roberto, orientado da professora Gaetana. Ele, cujo trabalho inclui avaliações de risco de pesticidas e biopesticidas para abelhas, vai poder testar, no laboratório da professora Maria Augusta, diferentes óleos essenciais usados para o controle de pragas agrícolas. “Eu estou muito certo de que terei aqui uma experiência completa, podendo atuar também com outros estudantes e demais professores do PPG. Já tive oportunidade de participar de aulas da professora Maria Augusta e, apesar da dificuldade com a língua, que ainda estou aprendendo, tive a oportunidade de conversar com outros estudantes, foi uma experiência muito positiva.”

Pós-doc na Itália
Maria Augusta e Roberto já haviam trabalhado juntos, na Universidade de Catânia, onde, em 2022, a orientadora do PPG fez um pós-doc. Foi durante os trabalhos realizados lá que as equipes programaram o intercâmbio que acontece agora em 2023. “Maria Augusta foi muito importante para mim, para o meu crescimento como estudante de doutorado. Ainda na Itália ela era um ponto de referência, aprendi muito com ela e por isso também estou muito feliz por estar aqui.”

Lívia permanecerá na Itália por um ano, enquanto Roberto deve realizar suas pesquisas em Viçosa por um período de seis meses. “Isso nos dará a oportunidade de trabalharmos juntos aqui”, destaca Lívia. “Para mim, é excelente estar perto destes pesquisadores, inclusive conhecer pessoas cujo trabalho eu já li, já citei. São pessoas sempre dispostas a ter uma troca de conhecimento. Eu já tive a oportunidade de conhecer o trabalho dos orientados de outros professores daqui, e de apresentar o meu trabalho também. A diversidade e colaboração internacional são, certamente, muito enriquecedores.”

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