Seminários do dia 22 de junho

Nesta quinta-feira, dia 22, no auditório do Bioagro, serão apresentados dois seminários:

  • Às 17:00 – “Intervenção Militar em Abelhas”, por Raissa Santana Serra
  • Às 17:30 – “Cupins: um passo à frente das formigas”, por Lívia Nunes

Participe!

Autor do livro “Ecologia: de indivíduos a ecossistemas” estará na UFV no mês de outubro

Já imaginou assistir uma palestra do autor de uma obra de referência na sua área? Pois os estudantes de Biologia terão essa oportunidade no mês de outubro, aqui na UFV, durante o XIII CEB – Congresso de Ecologia do Brasil. O autor do livro “Ecologia: de indivíduos a ecossistemas“, Dr. Michael Begon, participará pela primeira vez de uma edição do CEB. O professor da University of Liverpool (Reino Unido) ministrará a palestra de abertura do evento, no dia 8 de outubro.

Na sua palestra, Dr. Begon abordará o tema “Rodent disease ecology – from principles to applications”, tema central da sua linha de pesquisa. O presidente da comissão científica do XIII CEB, professor Ricardo Campos, destaca que “além de escrever livros texto, ele faz pesquisa de ponta nessa área”.

Sob o tema “Múltiplas ecologias: evolução e diversidade”, a oitava edição do CEB será realizada em Viçosa, no período de 08 a 12 de outubro de 2017. Esta será a primeira vez que Dr. Begon participará do evento, e a expectativa para a sua participação é grande. “Acho que o fato do livro dele ser o mais usado na graduação em Biologia no Brasil (que possui milhares de estudantes) e ao mesmo tempo o XIII CEB ser um evento mais voltado para a graduação também podem ter influenciado positivamente na decisão dele.” – destaca o presidente da comissão científica do evento. O professor Ricardo Campos conheceu pessoalmente o Dr. Begon na Universidade de Liverpool, quando fazia o seu pós-doc, entre 2015 e 2016: “Acredito que isso facilitou as coisas” – completa o docente da UFV.

Além da esperada palestra de abertura com o Dr. Begon, o evento compreenderá uma rica programação. O professor Ricardo adianta que o próximo CEB será reformulado em relação às versões anteriores: “Teremos então como objetivo principal realizar um congresso que seja atrativo ao mesmo tempo para alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores na grande área de Ecologia e Evolução. Para isso, teremos como palestrantes desde ecólogos experientes de renome internacional a pesquisadores mais jovens, tais como pós-doutorandos brasileiros que vêm se destacando em termos de pesquisa e ensino em ecologia. O evento será dividido entre apresentações de minicursos, plenárias, mesas-redondas, apresentações orais e de painéis que abordem temas de interesse geral dos ecólogos do Brasil nas grandes áreas de ecologia teórica e aplicada. Finalmente, como mais uma das novidades do XIII CEB, o mesmo será realizado em conjunto com o III International Symposium of Ecology and Evolution (III EcoEvol), sendo que a interface entre Ecologia e Evolução terá ênfase no evento”.

Para quem deseja participar do XIII CEB, as inscrições estão abertas e com preços especiais até o dia 30 de junho. Saiba mais em www.ecologia2017.com.br

Projeto mostra que é possível tornar pesquisas científicas interessantes para todas as pessoas

Mães, filhos, pais, avós, tios e tias. Pessoas comuns do cotidiano de qualquer cidade podem se interessar pelo conhecimento gerado dentro da universidade, se for dada a elas essa oportunidade. Mas como fazer com que as pesquisas desenvolvidas dentro da UFV sejam interessantes para a comunidade que vive distante desse universo? Essa é uma questão que o projeto Ciência na Praça busca responder.

De acordo com a coordenadora do projeto, Lorena Lelis, professora do Departamento de Economia Rural, “antes de decidirmos sobre quais serão os temas apresentados em cada edição do Ciência na Praça, temos o compromisso de ouvir o que a comunidade tem a nos dizer e o que eles gostariam de ouvir de nós. Assim, cerca de dois meses antes da data estimada para realização do evento, nós vamos à comunidade e realizamos um diagnóstico de interesse quanto aos temas. De posse dessas informações, buscamos parcerias com os programas de pós-graduação da UFV que possam, na medida do possível, atender às solicitações da comunidade. Assim foi organizada a programação da segunda edição”.

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A segunda edição foi realizada no dia 3 de junho, no bairro Nova Viçosa, e  contou com a participação de cerca de 250 pessoas. A coordenadora do projeto conta que a escolha pelo bairro aconteceu naturalmente: “Desde o início, a nossa ideia é priorizar as comunidades mais distantes da UFV. O bairro Nova Viçosa surgiu como uma opção natural nesse contexto. Além disso, encontramos um ambiente muito favorável, solícito e disposto a nos receber na APOV (Associação Assistencial e Promocional da Pastoral da Oração de Viçosa)”.

Mesmo contando com a receptividade da comunidade, a iniciativa de levar ciência para outros espaços impõe certos desafios: “Sempre temos o desafio de conseguir recursos necessários para promover o evento (que permitam a organização logística, organização dos estandes, recursos de multimídia, recursos financeiros e patrocínios para brindes). Além disso, temos o desafio de traduzir os anseios da comunidade e tentar levar o que eles gostariam de ver e conhecer. Durante o evento, uma grande preocupação é com a atratividade e formas de garantir que o público compareça”.

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União de esforços

Para vencer esses desafios, nada melhor do que unir esforços. O projeto Ciência na Praça surgiu espontaneamente de um grupo de estudantes, que ao chegarem ao Brasil após período de intercâmbio no exterior, sentiu a necessidade de compartilhar suas experiências e replicar aqui, boas experiências de outros países. Com esse objetivo nasceu a Rede Csf – Núcleo Viçosa, que desenvolve vários projetos, sendo o Ciência na Praça um deles. Para realizar o projeto, os estudantes buscaram ampliar essa rede de colaboração junto aos professores e encontraram no Departamento de Economia Rural o apoio que precisavam para coordenar as atividades de extensão.

A professora France Maria Gontijo Coelho foi a primeira orientadora do projeto. Com a iminência de sua aposentadoria, coube aos professores Lorena Lelis e Mateus Neves, também do Departamento de Economia Rural, dar continuidade à orientação do Ciência na Praça. “Eu assumi a coordenação e o professor Mateus assumiu a orientação da bolsa PIBEX/Júnior no âmbito do projeto. Hoje, temos uma comissão organizadora que conta com alunos de graduação e pós-graduação pertencentes à Rede CsF, uma aluna que cursa o Ensino Médio na Escola Estadual Doutor Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), bolsista do PIBEX Júnior e professores ligados à Diretoria de Relações Internacionais” – descreve a  professora Lorena.

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Feliz com os resultados obtidos por essa união de esforços, a coordenadora do Ciência na Praça avalia que o que fica é o aprendizado pessoal e profissional. “Temos muito que aprender em termos de relevância prática de nossas pesquisas e temos muito que fazer pelo próximo. Além disso, fica um sentimento de muita gratidão. Somos gratos à receptividade da comunidade do bairro Nova Viçosa. Somos gratos à APOV por receberem nossa segunda edição. Somos gratos especialmente aos programas de pós-graduação que participaram de maneira tão dedicada e engajada. Essas pessoas se prepararam durante dias ou meses para levar à comunidade a melhor forma de apresentação de suas pesquisas. Lá, ouviram e conversaram com a comunidade, mostrando não apenas que conseguem tornar suas pesquisas compreensíveis para um público tão diverso, como também são capazes de ouvir e aprender com eles. Somos gratos também a todos os centros de ciências e à Pró-Reitoria de Extensão que nos apoia desde a primeira edição. Concluída a segunda edição, fica a vontade de continuar e ampliar cada vez mais esse projeto” – finaliza.

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A Entomologia participou da segunda edição do Ciência na Praça, com dois estandes: Conhecendo as formigas de nosso quintal, organizado pelo mestrando Felipe Nery, e Insetos em Cena, organizado pelos alunos da disciplina  ENT 662 – Fisiologia de Insetos.

Seminário com pesquisador da University of Southampton nesta quarta-feira

Palestrante: Sebastian Shepherd, da  University of Southampton (Reino Unido)

Título: Effects of eletromagnetic fields in insects

Dia: 14/06/2017 (quarta-feira)

Horário: 17h​

Local: Auditório Bioagro 

Participe!

Mostra científica no bairro Nova Viçosa permite ver muito além dos insetos

Olhares atentos para não perder nenhum detalhe. Afinal, quando se fala de insetos, a descoberta está nas pequenas particularidades. Poderia ser só mais uma manhã de estudos e pesquisas para os estudantes da pós. Mas desta vez, eles saíram dos laboratórios e salas de aula e foram ao bairro Nova Viçosa, compartilhar um pouco do conhecimento sobre fisiologia de insetos e aprender com a comunidade, por meio da troca de experiências. Na manhã do último sábado, durante o II Insetos em Cena, a comunidade pode ver os insetos sob uma nova ótica e os estudantes puderam ver a cidade sob uma nova perspectiva.

Longe da realidade de muitos estudantes, não apenas pela distância que separa as Quatro Pilastras de um dos bairros mais afastados do centro da cidade, mas distante porque ali, pouco se assemelha ao ambiente acadêmico rotineiro para os estudantes. Para muitos deles, sábado foi a primeira vez que foram ao Nova Viçosa. Numa cidade onde é possível se deslocar com facilidade a pé ou de bicicleta, para chegar ao bairro, saindo da UFV, é preciso recorrer a outros meios de transporte.

Mas o deslocamento vale a pena. No último sábado, os estudantes aprenderam muito mais do que ensinaram. Entre outras coisas, aprenderam que o conhecimento tem muito mais sentido se for partilhado. “Mais que levar ciência para fora da universidade, é poder partilhar o conhecimento produzido! Foi muito gratificante ter a oportunidade de expor o tema para aquela comunidade, principalmente pela participação e interesse que demonstraram. É uma região carente desse tipo de atividade e o retorno foi imediato a cada expressão de curiosidade e surpresa estampada no rosto dos visitantes” – afirma a mestranda Aline Cristine, que sábado conheceu o Nova Viçosa.

Visão dos insetos

Numa mostra que reuniu vários temas relacionados à fisiologia dos insetos, algumas particularidades chamaram a atenção: a visão dos insetos atraiu os olhares dos visitantes. A diferente estrutura dos olhos deu o que falar. Teve gente até lamentando pelos pequenos animais: “Eles enxergam tão mal!”, exclamou uma senhora ao saber como é formada a visão dos insetos.

Integrante do grupo que desenvolveu o tema, Aline conta que o objetivo foi demonstrar, da forma mais fidedigna possível, como os insetos enxergam o ambiente. “Para tentar facilitar o entendimento sobre os mecanismos fisiológicos que envolvem a percepção de luz e imagens pelos insetos, construímos alguns modelos didáticos que pudessem nos auxiliar. Falamos sobre as diferenças existentes entre a visão de insetos noturnos e diurnos e o que isso implica na morfologia dos mesmos, o que hoje tem sido alvo de estudos aplicados à área médica”.

Os estudantes levaram uma grande cabeça de louva-a-deus, em que os visitantes podiam ver a constituição de um olho composto, e uma lupa, que ampliava o olho de diferentes espécies de insetos. Eles exibiram um vídeo e utilizaram um aplicativo que propicia enxergar como um inseto, por meio da câmera do celular. De acordo com a mestranda, “havia também uma placa com a representação de um cérebro típico desses animais, onde as pessoas podiam identificar as regiões responsáveis pela visão, por meio de botões interativos que acendiam as luzes nos locais específicos. Esse contato direto e a manipulação despertavam a curiosidade dos visitantes”.

Pelo visto, curiosidade não faltou a adultos e crianças: “As crianças ficaram admiradas com a diversidade de olhos compostos e como variam entre as espécies, ao olharem pela lupa. Mais admiradas ainda, no caso decepcionadas, as pessoas ficavam quando ‘enxergavam com os olhos dos insetos’. Afinal, a nossa visão nos permite bastante acuidade na percepção da imagem, o que não ocorre com esses seres” – comenta Aline.

ENT 662

Sob a coordenação do professor Eugenio Oliveira, 22 alunos da disciplina ENT 662 participaram da organização do II Insetos em Cena. Além da visão, eles apresentaram vários outros temas. O grupo Etnoentomologia mostrou a importância dos insetos na perceptiva de diferentes culturas e regiões. O grupo Muda de Inseto exibiu insetos holometábolos vivos em diferentes estágios de desenvolvimento e uma pequena coleção entomológica. Os estudantes explicaram as diferenças e o papel do exoesqueleto em insetos jovens e adultos, a importância da muda e metamorfose no desenvolvimento dos insetos e a influência de fatores ambientais nesses processos.

Já o grupo Louco…moção mostrou os tipos de caminhamento e estratégias que os insetos usam para otimizar o processo de locomoção. Também mostrou os diversos tipos de pernas que os insetos podem ter e as suas respectivas funções. O grupo ainda realizou a brincadeira “Corrida de baratas” que, por sinal, na disputa para atrair a atenção dos visitantes, também teve um ótimo desempenho. Por fim, o grupo UFC dos Insetos abordou as relações que existem entre os insetos na natureza, mostrando como eles se comportam tanto em relações intra como interespecíficas.

A estudante Bárbara Lima conta que o título “UFC dos Insetos” foi adotado para tornar o tema mais atraente e destaca: “Foi muito interessante levar para o público temas que envolvem insetos porque é sempre algo que passa despercebido para muitos. Tanto crianças quanto adultos mostraram interesse em tudo que apresentamos. Foi incrível ver que muitas crianças já sabiam de alguma coisa que falávamos, enquanto tudo era novidade para alguns adultos”.

Bárbara ainda ressalta o desejo de participar de mais iniciativas como essa. “Às vezes, na pós-graduação, ficamos distantes de atividades assim e depois de participar, vi o quanto é importante para nós. Temos contato constante com pesquisa e conhecimento e muitas vezes isso não é passado a ninguém. Poder levar isso para um público tão carente, é muito gratificante. Com certeza foi uma experiência muito enriquecedora”.

O mestrando Pedro Toledo participou do grupo sobre locomoção dos insetos. Ele, que mora na cidade há sete anos, foi ao Nova Viçosa pela segunda vez. A primeira vez foi durante uma aula prática do curso de Agronomia. Mas no último sábado foi diferente: “Como aluno do mestrado em Entomologia, foi superinteressante participar do evento como ministrante, visto que eu adoro interagir com o público, especialmente crianças, e também por ter tido o treinamento de me preparar para passar, de forma simples, um pouco do que fazemos dentro da academia para o público que está fora deste nosso mundo” – destaca o estudante que, além de organizar o II Insetos em Cena, faz parte da Rede CsF – Núcleo Viçosa.

Ciência na Praça

O Insetos em Cena deste ano integrou um evento maior, o Ciência na Praça, um projeto organizado pela Rede CsF – Núcleo Viçosa, cujo objetivo é discutir ciência em espaços públicos, integrando a UFV e a comunidade viçosense.

Realizado na manhã do último sábado, dia 3 de junho, o Ciência na Praça recebeu cerca de 250 pessoas, que foram conferir a exposição de trabalhos dos departamentos de Administração, Biologia Geral, Entomologia, Microbiologia e Tecnologia de Alimentos.

Além do Insetos em Cena, a Entomologia foi responsável pelo estande Conhecendo as formigas de nosso quintal, organizado pelo mestrando Felipe Nery.

Veja como foi a segunda edição do Ciência na Praça, no vídeo produzido pela Diretoria de Comunicação Institucional da UFV.

Relembre como foi o I Insetos em Cena, realizado no dia 25 de junho de 2016.

Fotos: Lorena Lelis