Foto geral marca os 30 anos da Entomologia

Estudantes, professores e técnico-administrativos do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFV se reuniram no final da tarde do dia 8 de dezembro de 2014, para uma fotografia geral. Embora nem todos os atuais participantes da Entomologia puderam estar presentes, a foto foi um momento para registrar parte da história de sucesso do Programa. Uma história que vem sendo escrita por muitas mãos, ao longo dos últimos 30 anos.

Confira o resultado final do processo seletivo da Entomologia

A Entomologia concluiu o Processo Seletivo 2015/I. Confira o resultado final:

Resultado final MESTRADO

Resultado Final DOUTORADO 

 

Segunda-feira tem foto geral da Entomologia

Estamos encerrando mais um semestre e mais um ano, e alguns estão encerrando o próprio curso. Então, que tal registrarmos 2014 numa foto geral da Entomologia? Todos estão convidados: estudantes, professores e técnicos. A fotografia será feita na segunda-feira, dia 08/12, às 17h, em frente ao prédio da Entomologia. Até lá!

Perfil: Antonio Chamuene

Africano de Moçambique, Antonio Chamuene é estudante do doutorado em Entomologia na UFV. Ele veio para o Brasil em julho de 2011, após receber uma bolsa prêmio do seu país em reconhecimento pela melhor dissertação de mestrado defendida. Essa não foi a única vez que Antonio foi reconhecido pelo seu mérito. Em julho deste ano, ele foi agraciado como melhor pesquisador assistente em Moçambique. Para o título conferido pelo Regional Universities Forum for Capacity Building in Agriculture (RUFORUM), foram consideradas as pesquisas que Antonio vem desenvolvendo durante o doutorado em Entomologia.

Antonio é funcionário do governo no seu país. Ele integra a equipe do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), sendo o coordenador nacional de pesquisa em algodão. No Brasil, sob a orientação do professor Marcelo Coutinho Picanço, ele pesquisa sobre fatores determinantes do ataque do pulgão Aphis gossypii ao algodoleiro. Para ele, viver em Viçosa está sendo um desafio. E não pense que foi apenas pelo fato dele estar longe da “família numerosa”, como ele faz questão de enfatizar sobre um traço da cultura africana: famílias grandes e que preza por ter todos sempre por perto. Em Viçosa, Antonio não conta com a companhia da esposa e dos quatro filhos, eles ficaram em Moçambique.

Para Antonio, o grande desafio foi encarar um novo sistema educacional, o terceiro da sua trajetória. Do primário ao ensino médio, ele estudou no seu próprio país, na cidade de Nampula. Mas para fazer um curso superior, Antonio foi para a Rússia, onde se formou em Agronomia Geral pelo Instituto Agrário do Cazaquistão. Ele foi para a ex-União Soviética em 1990, um ano antes do fim da URSS. Não foi por acaso que ele foi para lá. De acordo com Chamuene, Moçambique sempre contou com o apoio da ex-União Soviética, inclusive para se libertar do domínio de Portugal.

Vindo de um país de língua portuguesa, o idioma não foi problema no convívio diário com os brasileiros. A exceção foi para as aulas de Taxonomia. Como a graduação foi na Rússia, ele assistiu às aulas de Taxonomia Geral em russo. Antonio teve que aprender novamente as nomenclaturas, só que agora, em português. Pelo visto, dominar outros idiomas nunca foi problema para o moçambicano. Ele foi para a Rússia sem saber nenhuma palavra na língua local. Mas com menos de um mês de aulas, Antonio já dominava a língua, sendo o primeiro africano a falar russo em um período tão curto. Ele se deu tão bem com o idioma, que obteve até certificação internacional que o habilita a dar aulas de língua russa.

Há pouco mais de três anos morando no Brasil, Antonio destaca semelhanças, que vão além do idioma oficial, entre o seu país de origem e o país que o acolhe. “Moçambique é um pequeno Brasil”- resume, sem deixar de enfatizar a localização privilegiada do país na África Oriental, as reservas de gás natural que colocam Moçambique como um dos maiores produtores do mundo, as lindas praias, a fauna e a beleza dos parques nacionais. E, com bom humor, ele avisa: “Na África, os animais não correm soltos por qualquer lugar”.

Antonio conta que foi muito bem recebido no Brasil. “O povo aqui é acolhedor. Sempre tive apoio e convivo num bom ambiente social e acadêmico. O MIP é como uma família” – descreve, ressaltando a boa convivência da equipe coordenada pelo professor Marcelo Picanço, no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas (MIP) da UFV.

Pesquisando sobre algodão, um dos principais produtos agrícolas na economia de Moçambique, e com término do doutorado previsto para 2015, Antonio afirma: “Estou sendo muito esperado lá. Quero levar o conhecimento que adquiri aqui para o meu país. Valeu muito a pena. Consigo medir”.

Mesmo com a distância  momentânea da família e de suas raízes, Antonio garante que a experiência na UFV superou as suas expectativas. “Não tenho referência de outras universidades do Brasil, mas para quem quer se formar em Entomologia, aqui é o lugar certo. Teoria e prática focalizam problemas da atualidade. O Programa aborda questões reais da agricultura moderna” – recomenda o pesquisador, que já passou pelos sistemas de ensino moçambicano, russo e, agora, o brasileiro.

A seguir, você pode conferir um pouco do bate papo com Antonio Chamuene.

Acompanhe as próximas defesas de tese e dissertação

Nesta semana, vamos ter a defesa  de uma tese e uma dissertação. Veja:

Autora: Talitta Guimarães Simões
Título: Density-dependent prophylactic immunity in social insects: behavioural and physiological components
Data: 27/11/2014 (quinta-feira)
Horário: 14h
Local: Sala de reuniões da Entomologia
Autora:  Maira Coelho de Moura Moraes
Título: Uso de abelhas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae: Meliponini) na polinização do tomate cereja cultivado em casa de vegetação
Data: 28/11/2014 (sexta-feira)
Horário: 14h
Local: Sala de reunião 203, no prédio da Biologia Geral