Na próxima segunda-feira, dia 23, começam as inscrições de chapas para a eleição dos representantes discentes na Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Entomologia. Poderão se candidatar os estudantes regularmente matriculados no doutorado. As inscrições serão feitas na Secretaria do Programa, até terça-feira, dia 24.

A representação discente é composta por um representante efetivo e um suplente, eleitos para um mandato de um ano. A votação para escolha dos novos representantes vai acontecer no dia 26 de novembro (quinta-feira), às 16h (antes do seminário), no Bioagro. Os eleitos vão substituir os doutorandos Geverson Aelton Silva e Rodrigo Soares Ramos, que atualmente compõem a representação discente.

 Leia o Edital de Convocação da Eleição

A Entomologia recebeu a visita de um grupo de estudantes da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), no dia 30 de outubro. Nesse dia, 12 estudantes do curso de Tecnologia em Agronegócio e três estudantes de Agronomia da instituição localizada em Governador Valadares (MG), tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre alguns dos diferentes campos de atuação da Entomologia. Na UFV, eles visitaram os laboratórios de Interação Inseto-Planta, Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Acarologia, e também conheceram o insetário e a apicultura.

A visita foi uma iniciativa da professora da Univale, Renata Bernardes Faria Campos, mestre e doutora em Entomologia pela UFV. O doutorando Paulo Santana Júnior foi responsável por conduzir o grupo de visitantes. Atendendo ao pedido da professora Renata, que desde agosto manifestou o desejo de promover a visita, Paulo procurou montar uma programação bem variada, para garantir que os estudantes aproveitassem ao máximo a oportunidade. O resultado foi um dia de muito aprendizado e interação.

Logo cedo, os alunos da Univale participaram de um minicurso de Diagnose dos principais grupos de pragas, oferecido pela equipe do Laboratório de MIP. O curso foi ministrado pelo doutorando Paulo e pelos estudantes de Agronomia da UFV, Lucas Arcanjo e Thiago Costa. O objetivo do curso foi apresentar os principais grupos de pragas agrícolas, possibilitando que os alunos possam fazer o reconhecimento de pragas no campo.

Em seguida, os alunos foram recebidos pelo pós-doc Felipe Lemos, no Laboratório de Acarologia, onde foram apresentadas as linhas de pesquisa do laboratório e os alunos puderam visualizar ácaros pragas e ácaros predadores utilizados no controle biológico.

À tarde, os alunos foram ao insetário, onde o Sr. Manoel, responsável pelo local, mostrou aos visitantes o formigueiro lá instalado. Depois, foi a vez de eles conhecerem a apicultura, onde o professor Weyder Cristiano Santana apresentou diferentes espécies de abelhas. Os alunos ainda tiveram a oportunidade de experimentar o hidromel, uma espécie de licor produzido a partir de mel.

Para finalizar, os alunos da Univale visitaram o Laboratório de Interação Inseto-Planta, onde foram recebidos pelos pós-doutores Nilson Silva e Oscar Amaya. Lá, os alunos aprenderam como realizar testes de identificação da expressão de proteínas Bt nas cultivares de milho transgênico.

Paulo, que acompanhou de perto a visita, acredita que iniciativas como essa, além de despertar o interesse por novos desafios, permitem que alunos de outras instituições conheçam realidades diferentes daquela que estão acostumados. “Conversando com alguns dos alunos, pude perceber que essa visita já despertou o interesse em fazer pós-graduação, não somente em Entomologia, mas também em outras áreas”. O doutorando ainda acrescenta: “Vejo que, como estudante da UFV, eu sou muito privilegiado. Aqui, temos acesso a muitas coisas que outros estudantes ficam fascinados e que para nós já são atividades corriqueiras. Pude perceber também que apesar da universidade ser pública, ainda há uma distância relativamente grande entre as intuições de ensino e a população. Ao se despedir, um aluno me disse: ‘Fico muito feliz em saber que as portas estão abertas para nós. ’ Achei interessante essa frase porque ‘as portas’ das instituições públicas sempre estiveram abertas, porém, muitas vezes, a população não tem essa percepção”. Paulo avalia que esse pensamento está relacionado “a pouca atenção dada às atividades de extensão, que permitem difundir o conhecimento gerado dentro da universidade, mas também conhecer diferentes realidades, dentro e fora das instituições de ensino”.