Mestrando da UFS destaca diversidade e aplicação direta da pesquisa na UFV

Após finalizar as disciplinas e os experimentos da dissertação, o mestrando da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Abraão Almeida Santos, passou quatro meses em Viçosa (MG) com o objetivo de ampliar a sua formação. “Na UFV, a diversidade da pesquisa e a sua aplicação direta é o que mais me chamam a atenção. Pela manhã você está em campo junto ao produtor e à tarde, no laboratório junto ao professor. Isso reflete em um aprendizado teórico e prático muito grande” – destaca o estudante do mestrado em Agricultura e Biodiversidade, que retornou a Sergipe no dia 4 de julho.

Nos últimos meses, Abraão integrou a equipe do professor Marcelo Coutinho Picanço e teve a oportunidade de auxiliar estudantes de mestrado e doutorado em seus experimentos. “Também aprendi a criar diversas espécies de insetos e desde que cheguei, uma dessas criações esteve sob a minha responsabilidade. Todas essas atividades contribuíram para a minha formação acadêmica, pessoal e profissional” – acrescenta.Foto Larine Paiva

Além do estágio no laboratório de Manejo Integrado de Pragas (MIP), o mestrando cursou a disciplina Fisiologia de Insetos. “Na 4ª avaliação da disciplina, nós tivemos que criar um evento sobre os insetos que levasse informações para a comunidade, tendo como base a sua fisiologia. Isso é um desafio ao estudante porque, além do seu conhecimento sobre o assunto, ele deve fazer uma ponte entre o conhecimento científico e a sua divulgação para a comunidade. Acredito que essa experiência foi umas das mais marcantes no meu mestrado” – avalia.

Com defesa de dissertação marcada para o dia 25 de julho, Abraão conta que no mestrado pesquisou a toxicidade e os efeitos subletais de óleos essenciais e seus constituintes (mono e sesquiterpenos) sobre duas espécies de cupins-praga: Cryptotermes brevis e Nasutitermes corniger. Ele descreve: “Os nossos objetivos foram: i) determinar qual a melhor via de exposição destas substâncias para estas pragas; ii) avaliar as alterações comportamentais das colônias quando parte dos indivíduos são tratados com tais compostos; iii) determinar a resposta locomotora das castas de operários e soldados quando expostas a estes compostos. Acredito que os resultados da dissertação poderão contribuir de alguma forma com as estratégias de controle desses cupins-praga”.

 De Aracajú (SE) para Viçosa (MG)

Não foi a primeira vez que Abraão veio à UFV. Quando era estudante de Agronomia na UFS, ele esteve em Viçosa em duas ocasiões no ano de 2011: no Congresso Brasileiro de Olericultura e no Simpósio de Entomologia. Durante o Simpósio, o estudante teve a oportunidade de conhecer o Departamento de Entomologia e também o professor Marcelo Picanço. Três anos depois, em março de 2014, Abraão retornou à UFV, onde permaneceu por um mês, estagiando no laboratório de MIP. A proximidade de Abraão com a UFV tem a influência do seu orientador na UFS, o professor Leandro Bacci, que fez a graduação, mestrado e doutorado na UFV.

Mesmo para alguém que já conhece a cidade, Viçosa sempre reserva algumas surpresas. Com Abraão não foi diferente. “Eu não esperava esse frio em Viçosa. No começo foi um pouco difícil, mas nada como um moletom e um cobertor para aliviar” – revela com bom humor. E é bom mesmo que Abraão vá se acostumando com o clima da cidade. Afinal, ele deverá passar pelo menos os próximos quatro invernos em Viçosa, pois ele acaba de ser chamado para o doutorado em Fitotecnia na UFV.

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