Professor Simon Elliot é vice-coordenador do INCT de Bioinsumos Inovadores

O professor Simon Elliot, do Programa de Pós-Graduação em Entomologia, é o vice-coordenador do recém-criado Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioinsumos Inovadores. A proposta foi aprovada em dezembro pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que vai financiar o projeto. A coordenação geral será feita pelo professor Italo Delalibera Júnior, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), que é parceiro de trabalho de Simon desde a década de 1990. Também faz parte do grupo a orientadora do PPG Madelaine Venzon, pesquisadora da Epamig.

A proposta dos pesquisadores é desenvolver uma rede de pesquisa em insumos biológicos capazes de atender aos setores agrícola, pecuário e da saúde, promovendo atividades que busquem a formação de recursos humanos, que potencializem as pesquisas sobre o tema no Brasil e que possam ajudar a criar políticas públicas para regular o uso de bioinsumos no país. “Hoje em dia, essa área de bioinsumo para manejo de pragas está muito forte no Brasil. Há muito interesse de empresas, start-ups, muita oferta de emprego, muita demanda por conhecimento e por produtos”, explica Simon. “Parte disso acontece por ser essa uma tecnologia mais sustentável, mas não é só isso. Muitas vezes, é somente esta tecnologia que funciona! Os bioinsumos usando fungos, por exemplo, têm tido um resultado muito expressivo.” 

Além do financiamento público, a ideia é que o INCT busque recursos também junto a empresas da área, que têm visto o mercado crescer muito rapidamente e que se beneficiariam de uma maior organização do setor. “Não faremos um trabalho de regulamentação, mas sim de criação de políticas públicas, para ajudar a guiar os avanços nessa área”, explica Simon. “Há muitas empresas produzindo esses produtos, mas precisa haver controle de qualidade para, por exemplo, manter a cepa de um fungo. Precisa haver regulamentação, e a ideia é ser formador dessas políticas, em nível nacional e estadual.” Entre as formas de ação previstas pelo INCT estão também cursos e intercâmbios com parceiros já identificados na Dinamarca, no Canadá e na Inglaterra. 

A expectativa de Simon é que as ações incluam diretamente mestrandos e doutorandos dos laboratórios envolvidos no instituto. “Esses jovens pesquisadores têm feito coisas incríveis em termos de, por exemplo, divulgação científica. Nossa ideia é alinhar com essas capacidades que eles têm, e criarmos um programa de formação de recursos humanos em que o estudante tenha oportunidade de desenvolver essas outras habilidades, e ao mesmo tempo ter contato com os outros grupos de pesquisa, para formar uma rede de fato.” 

Foto: Aline Garcia

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