Orientadores da Entomologia integram missão da UFV na Austrália e Nova Zelândia

Os orientadores do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Maria Augusta Lima Siqueira e Raul Narciso Carvalho Guedes, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), estiveram com uma comitiva de professores da UFV em missão na Oceania. A viagem foi feita entre os dias 11 e 26 de maio, por meio do programa Capes Print, com o intuito de prospectar possíveis parcerias em países estratégicos. A comitiva integrada por pesquisadores de diversas áreas visitou, pela primeira vez, três universidades na Austrália e duas na Nova Zelândia. 

“Esses destinos têm uma característica interessante, porque as universidades são muito boas,  com recursos e poucos alunos, principalmente na pós-graduação, uma vez que o mercado costuma contratar os estudantes antes mesmo de concluírem a graduação. Os colegas com quem estivemos foram, de uma forma geral, muito receptivos ao nosso grupo”, conta Raul. 

Na Austrália, uma das paradas da delegação foi na Murdoch University

A primeira parada da delegação foi em Perth, na Austrália, onde visitou a Murdoch University, que já é parceira da UFV, e a University of Western Australia. Ainda na Austrália, em Brisbane, a comitiva esteve na University of Queensland, com quem também os brasileiros já tinham contato prévio. “Para a entomologia, eu destacaria o potencial da Murdoch University, que tem um entomologista, professor Wei Xu, muito simpático, que nos recebeu bem. A Murdoch tem as áreas agrária e ambiental fortes, os professores demonstraram interesse pela nossa pesquisa e já existe uma prospecção de parceria em andamento. Acredito que isso facilitará os caminhos daqui pra frente”, avalia Raul. 

Na Nova Zelândia, foram duas as universidades visitadas pela comitiva: a Massey University, na cidade de Palmerston North, e a Lincoln University, já parceira da UFV, em Lincoln. “Eu particularmente tive uma experiência muito positiva na Massey. Conversei com dois professores que me receberam muito bem”, conta Maria Augusta. “A Lincoln University também tem dois pesquisadores na área da entomologia, com um viés bem taxonômico, e devem contratar mais um, com viés mais aplicado à agricultura. E a informação é que estão dispostos a trabalhar junto conosco, com parcerias”, completa Raul.  

A expectativa dos professores é que as visitas rendam pesquisas desenvolvidas em conjunto, visitas ao Brasil e oportunidades de estudo para os alunos brasileiros interessados em uma temporada fora do país. “Acho que temos muito boas perspectivas”, avalia Maria Augusta. “As universidades têm bem estabelecidas linhas de pesquisa que têm interseção com coisas que a gente faz aqui, como o trabalho que eles fazem na Costa Leste da Austrália com as abelhas sem ferrão. É um trabalho muito reconhecido e são poucos os grupos que trabalham com essas abelhas, porque embora elas tenham distribuição global, em clima tropical, são poucos os países que têm financiamento para essas pesquisas. Por outro lado, as parcerias trarão também novas possibilidades. A Nova Zelândia, por ser uma ilha, traz questões biogeográficas que são muito interessantes para quem trabalha com entomologia mais básica, e que tem pouco na nossa instituição. Então, vejo que a gente tem como enriquecer pesquisas com as quais a gente já trabalha, ao mesmo tempo que poderíamos acrescentar estudos que exploramos pouco”. A experiência da Austrália e Nova Zelândia com sistemas quarentenários e espécies invasoras é outro destaque a ser considerado, que propicia bons pontos de interação com os grupos de pesquisa da UFV.

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