UFV recebe estudantes de outras universidades brasileiras para intercâmbio

Viver um pouco a rotina em outra universidade durante a graduação é uma experiência enriquecedora que tem trazido estudantes de outras regiões do país à UFV. Esse é o caso dos estudantes Linda Inês Silveira e Diego Souza, que vieram respectivamente da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), para cursarem um semestre na UFV. Durante o período em Viçosa, eles também estão estagiando no Laboratório de Semioquímicos, coordenado pelo professor Eraldo Rodrigues de Lima.

 UFRB

Diego Souza é aluno do 5° período do curso de Engenharia Agronômica na UFRB, e afirma que desejava muito estudar na UFV: “Eu sempre vislumbrava a UFV como uma universidade onde fosse possível expandir meus horizontes e adquirir conhecimentos que serão importantes para minha carreira, principalmente na área que pretendo seguir, que é a entomologia. Eu via no intercâmbio (nacional ou não) uma oportunidade de crescer como ser humano, conhecer pessoas e novas culturas. Partindo disso, decidi me inscrever no Programa de Mobilidade Acadêmica da Andifes e fui selecionado para realizar o intercâmbio nacional. Escolhi então a UFV por ser uma das mais conceituadas universidades do país em Agronomia e por ter um dos mais respeitados programas de pós-graduação em Entomologia. Pretendo aproveitar o máximo do que estou vivendo aqui para que ao retornar à minha universidade, eu possa passar adiante novas ideias e conceitos e pôr em prática futuros projetos, e também tentar construir pontes para parcerias futuras”.

Integrando a equipe do professor Eraldo durante a sua estadia na UFV, Diego participa de pesquisas com Spodoptera frugiperda, popularmente conhecida como lagarta do cartucho. “No Laboratório de Semioquímicos, fazemos pesquisas relacionadas à atratividade sexual, extração de feromônios e glândulas de feromônios, dentre outros estudos. Eu estou avaliando diferenças no cruzamento e atratividade dos casais de insetos formados por macho e fêmea da raça resistente, formados por macho e fêmea da raça susceptível e pela mesclagem entre as duas raças. O objetivo da pesquisa é avaliar a viabilidade da implantação das áreas de refúgio nas plantações como um manejo efetivo ou não da resistência desse inseto. Também estamos realizando genotipagem de alguns casais para tentarmos encontrar dentro da criação que temos no laboratório duas raças distintas: ‘raça corn’ e ‘raça rice’, aumentando assim as possibilidades em pesquisas”.

UNIFAP

Assim como Diego, a aluna do 4º período do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UNIFAP, Linda Inês Silveira, também está fazendo estágio no Laboratório de Semioquímicos. “No momento estou acompanhando a mestranda Amália Ceballos González. Estamos testando a localização da vespa Cotesia flavipes em seu hospedeiro: a vespa parasitóide localiza seu hospedeiro (lagarta da Diatraea saccharalis) através de voláteis liberados pela cana quando infestada e pela própria lagarta. O experimento está sendo testado para saber se a vespa prefere parasitar a lagarta na cana suscetível ou resistente à mesma. Para isso, cultivamos os dois tipos de cana e criamos as vespas e as lagartas. Tudo com muito cuidado e precisão”.

Linda, que veio do campus Binacional, no município de Oiapoque, conta que a ideia de passar um período na UFV surgiu do seu orientador na UNIFAP, o professor Hilton Aguiar, que conhece bem a UFV, onde ele cursou da graduação ao doutorado. Linda avalia que “a estadia está sendo ótima. Todas as pessoas foram muito receptivas, atenciosas, preocupadas em me ajudar. Estou adorando a cidade”.

UFRN

Quem também viveu uma experiência parecida, foi o estudante do 10º período do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Leoclécio Paiva. Por indicação do seu orientador, o professor Gerbson de Azevedo Mendonça, após encerrar as disciplinas do seu curso, Leoclécio veio para Viçosa, onde permaneceu entre os meses de julho e setembro deste ano.

Nesse período, ele estagiou no Laboratório de Fisiologia e Neurobiologia de Invertebrados, coordenado pelo professor Eugenio Eduardo de Oliveira. O estudante da UFRN teve a oportunidade de acompanhar criações de Euschistus heros, Sitophilus spp., Podisus nigrispinu e Rhopalosiphum maidis, e de participar de alguns experimentos.

A experiência foi tão enriquecedora que Leoclécio, agora formando, pretende retornar em breve à UFV: “Irei tentar o processo seletivo do mestrado no PPG em Entomologia. Meus planos são seguir na área acadêmica, realizando pesquisas na área que tenho maior interesse, que é a entomologia. Ou caso não consiga ingressar na área acadêmica, pretendo produzir no campo”.

Para aqueles estudantes que desejam passar por um período de mobilidade acadêmica e que possam ter dúvidas se vale a pena ou não vir para a UFV, Leoclécio garante que a sua estadia por aqui foi excelente: “A cidade de Viçosa é extremamente agradável, muito boa para morar devido à tranquilidade e ao fácil acesso a supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, etc.. E a UFV é uma universidade de excelência, referência em todo Brasil”.

LeoclécioO estudante do 10º período do curso de Engenharia Agronômica da UFRN, Leoclécio Paiva, passou três meses na UFV.

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