Pós-doc apresenta trabalho premiado na Suécia, durante o maior evento de ecológica química do mundo

A pós-doutora em Entomologia, Carla Arce, participou do 31º Congresso Internacional de Ecologia Química – ISCE 2015, realizado em Estocolmo, na Suécia, onde ela apresentou o trabalho “Why does the leaf miner Tuta absoluta avoid oviposition on Meloidogyne incognita-infested tomato plants?”. Pela relevância do trabalho submetido, Carla recebeu um prêmio em dinheiro que ajudou a custear a sua participação no ISCE 2015. Ao todo, foram premiados 15 trabalhos de jovens pesquisadores, selecionados considerando a relevância, a escrita do resumo e o currículo do autor.

De acordo com Carla, a ideia do seu trabalho “é estudar a interação indireta via sistema de defesa induzida entre dois herbívoros que estão separados espacialmente e compartilhando a mesma planta hospedeira, no caso, o tomateiro. Os dois herbívoros são considerados pragas importantes para essa cultura”. O trabalho foi desenvolvido por Carla durante o doutorado e dado sequência no pós-doc, sob a supervisão do professor Eraldo Lima, com a colaboração dos professores Arne Janssen (Departamento de Entomologia), Flávia Maria do Carmo (Departamento de Biologia Geral) e Leandro G. Freitas (Departamento de Fitopatologia).

Além do incentivo financeiro, que possibilitou a sua viagem a Estocolomo, e do certificado recebido, a premiação representou algo mais para Carla: “o prêmio só me fez ter mais certeza de que escolhi a carreira certa e que todos os anos no doutorado, por mais difíceis que foram, no final, nós colhemos bons frutos oriundos de um trabalho feito com bastante dedicação”.

Dentre os vários temas interessantes discutidos nos cinco dias do Congresso, Carla destaca uma palestra realizada pelo pesquisador do Instituto Max Planck de Ecologia QuímicaBill Hanson: “Ele falou sobre os avanços dentro da neurociência, como, por exemplo, novas técnicas que vêm sendo utilizadas em nível de neurônio para percepção de odores em insetos”.

O ISCE 2015 reuniu mais de 460 participantes de 40 países, no período de 29 de junho a 3 de julho. Carla destaca que esse é “o maior evento dentro da ecologia química. É uma boa oportunidade para se atualizar e saber o que os outros pesquisadores do mundo estão fazendo de novo. Além de ser uma oportunidade única  para fazer bons contatos e parcerias internacionais”.

No ano que vem, os pesquisadores brasileiros terão um incentivo a mais para participarem da próxima edição do evento. Em 2016, o congresso anual da International Society of Chemical Ecology será realizado em Foz do Iguaçu, no período de 4 a 8 de julho, sob a coordenação do professor Paulo Zarbin, da Universidade Federal do Paraná.

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