Há seis meses, a colombiana Katherine Girón Pérez concluiu o doutorado em Entomologia e assumiu o cargo de pesquisadora associada sênior na DuPont Pioneer no Brasil, multinacional norte-americana que atua no mercado de híbridos de alta tecnologia. Katherine defendeu sua tese no final de novembro de 2013, e no início do mês seguinte já estava atuando na DuPont.
Katherine se diz realizada com a oportunidade de seguir aprendendo e continuar fazendo pesquisa, que é o seu principal objetivo: “Sempre quis ser pesquisadora. Ter como base a descoberta, o porquê das coisas”. Mas a pesquisadora ressalva: não dá para separar a Katherine pessoa da profissional.
Por isso, quando questionada sobre o seu êxito em sair direto da pós-graduação para o mercado de trabalho, ela atribui a aspectos da sua formação acadêmica e da sua personalidade. Segundo Katherine, para conquistar a vaga de pesquisadora na DuPont Pioneer, foi fundamental ela ter trabalhado com uma “área promissora” durante o doutorado, a sua pro-atividade e o domínio do inglês, além de ter como primeiro idioma o espanhol.
Engenheira agronômica formada pela Universidad Nacional de Colombia, Katherine fez mestrado na ESALQ e doutorado na UFV, onde contou com a orientação do professor da Entomologia, Eliseu José Guedes Pereira. Durante o doutorado, ela trabalhou com manejo de resistência de insetos a plantas transgênicas. Katherine conta que o seu interesse por estudar transgênicos surgiu em função da sua curiosidade. De tanto ouvir a respeito dos transgênicos no senso comum, ela foi buscar no rigor científico a resposta para alguns questionamentos.
Katherine avalia que fazer doutorado é difícil: “não basta ter preparo, é preciso ir além. Tem gente muito boa. Muitos têm conhecimento, mas atitude, poucos”. E foi com essa visão, muita determinação e força de vontade, que ela se inscreveu no processo seletivo da DuPont.
Katherine busca usar o medo a seu favor: “ou o medo te paralisa ou te estimula a superá-lo” – e claro, ela fica com a segunda opção. Com muita convicção, Katherine conta que quando foi para a entrevista de seleção, ela não chegou apenas para aquela etapa, ela chegou para ficar. “Eu fui atrás. Tem que se impor. E deu certo” – resume.
Na véspera do início da Copa do Mundo no Brasil, a colombiana prepara as malas para os Estados Unidos, onde fará um treinamento na área de manejo de resistência. Ela embarcará no dia em que a Copa começa e garante que vai torcer a distância. Mas que desculpem os amigos brasileiros: a torcida é para a seleção da Colômbia.
Futebol à parte, a colombiana que fixou residência no interior de São Paulo destaca: “o brasileiro gosta de compartilhar com outros povos e as oportunidades são boas no país”. Contudo, ela deixa claro: “como a terra da gente não tem igual. Morar fora é pesado. Você abre mão de muita coisa”. Mas como Katherine bem sabe “é preciso driblar as adversidades. O sucesso depende da nossa capacidade de sair da zona de conforto”.
Felicitaciones para ese hermosa mujer. Conozco su madre desde colombia y ha sido ejemplo de perseverancia y empuje. Estas son las cosas que le hacen sentir a uno el orgullo de ser colombiano. Bendiciones para ellas y las personas que le apoyan. Tiene un tesoro
Felicitaciones a ti y tu madre,un abrazo !!