Livro traz reedição ampliada de pesquisa sobre as pragas da pimenta

Será lançada nesta quinta-feira, dia 17, a segunda edição do livro “Identificação e manejo ecológico de pragas da pimenta“, de autoria da professora Madelaine Venzon e dos ex-alunos do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Pedro Henrique Brum Togni, Dany Silvio Amaral, André Perez, Fredy Cruz e Rafael de Oliveira, além da professora do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal, Veridiana Junqueira de Melo. O trabalho foi inicialmente publicado em 2011 e está disponibilizado agora em reedição revista e ampliada. “O livro traz informações técnicas e é ricamente ilustrado. Serve não somente para o cultivo de pimenta, mas para o de várias outras hortaliças com grupos de pragas e inimigos naturais semelhantes”, conta Madelaine. 

“Atualizamos as informações sobre os insetos e ácaros descritos no livro, e trouxemos novos resultados de pesquisas e tecnologias sustentáveis para o manejo de pragas que foram desenvolvidas entre a edição anterior e essa’, explica Pedro, doutor pelo PPGEnt em 2014 e hoje professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB). A publicação, ele conta, surgiu da necessidade de aproximar a pesquisa científica da sociedade, considerando, neste caso, de modo especial os agricultores familiares, personagens centrais da pesquisa realizada pelo grupo. 

O texto, segundo Pedro, representa um esforço coletivo de diversos pesquisadores que trabalharam no tema, desde 2010. No trabalho, estão apresentados, em linguagem simples, os principais insetos e ácaros presentes em cultivos de pimenta, especialmente na Zona da Mata Mineira. “Para o uso da biodiversidade de insetos e ácaros benéficos em estratégias de controle biológico conservativo (nossa área principal de pesquisa), é necessário que antes as espécies que fazem o controle biológico sejam conhecidas pelo agricultor. Apenas dessa forma eles poderão favorecer que essas espécies desempenhem suas funções na lavoura, como o controle biológico de pragas”, diz Pedro. Também são explorados caminhos para reconhecer as principais pragas e os principais inimigos naturais de cada uma delas. “Isso permitirá traçar estratégias de manejo fundamentadas no conhecimento da biodiversidade de insetos e ácaros benéficos, ao invés do uso, por exemplo, de inseticidas químicos.”

A primeira edição do livro, distribuída em 2011, teve grande impacto, conforme conta Dany Silvio Amaral, que também cursou mestrado e doutorado no PPGEnt e hoje é engenheiro da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte. Para ele, a combinação da linguagem acessível ao vasto acervo fotográfico – também atualizado para esta segunda edição -, tornou o material uma importante ferramenta de apoio ao produtor. “O material é uma referência que pode ajudar no manejo eficiente, evitando prejuízos (no caso de identificação de pragas), e pode auxiliar no aumento da proteção das plantas por meio da identificação dos inimigos naturais, sejam eles predadores ou parasitóides”, avalia. 

A reedição, lançada às 18h50 em evento on-line nesta quinta, foi possível por meio do Programa de Pesquisa em Agroecologia da Epamig. “É um trabalho especial por se tratar de uma obra de divulgação científica, eficiente na difusão do conhecimento acumulado nos processos de pesquisa, e também um resgate do saber tradicional das agricultoras e dos agricultores”, diz Dany.  O livro será utilizado em eventos de popularização de práticas agroecológicas da Epamig, que contam com a parceria da UFV – por meio dos orientandos da professora Madelaine – e também distribuído nas instituições e empresas dos demais autores.

(Fotos: Divulgação)

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