Estudo redefine classificação de esperanças predadoras da subfamília Listroscelidinae

Um estudo realizado pela doutoranda Verônica Saraiva Fialho e a pós-doc em Entomologia Juliana Chamorro-Rengifo reviu a classificação de esperanças da subfamília Listroscelidinae, com foco em espécies que ocorrem na Mata Atlântica brasileira, um dos biomas mais ameaçados no país. No artigo “Systematics of Spiny Predatory Katydids (Tettigoniidae: Listroscelidinae) from the Brazilian Atlantic Forest Based on Morphology and Molecular Data”, publicado neste mês na PLoS ONE, os autores acrescentam uma nova tribo, um novo gênero e oito novas espécies à subfamília, baseados em dados morfológicos e moleculares.

Os autores também redefiniram Listroscelidini, reescreveram e acrescentaram novos registros geográficos para seis espécies, sinonimizaram duas espécies e construíram uma chave de identificação provisória para Listroscelidinae da Mata Atlântica. Uma hipótese filogenética baseada em genes mitocondrial e nuclear foi apresentada e uma região de 500 pb na porção final do gene COI (citocromo c oxidase, subunidade I) foi proposta visando auxiliar o diagnóstico de espécies.

Para o estudo, os autores examinaram material depositado em coleções científicas e visitaram 15 unidades de conservação, que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia. Entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, foram visitadas as seguintes unidades: Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Teimoso, Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, Parque Nacional do Pau Brasil, Parque Nacional do Descobrimento, Floresta Nacional do Rio Preto, Reserva Particular do Patrimônio Natural Sítio do Zaca, Parque Estadual do Rio Doce, Estação Biológica Santa Lúcia, Reserva Biológica de Sooretama, Parque Estadual Serra do Brigadeiro, Parque Nacional do Caparaó, Parque Estadual do Ibitipoca, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Reserva Particular do Patrimônio Natural Bacchus. Um total de 104 espécimes foi coletado em dez unidades de conservação.

Os dados coletados sugerem que os representantes da subfamília Listroscelidinae, presentes na Mata Atlântica, estão seriamente ameaçados devido à ocorrência restrita a remanescentes florestais altamente preservados.

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