Estudantes destacam alegrias de levar conhecimento às crianças do ensino fundamental

Aconteceu no último sábado, dia 2 de julho, a quinta edição do Insetos em Cena, evento organizado pelos alunos da disciplina ENT 662 – Fisiologia de Insetos, sob a orientação do professor Eugenio Eduardo de Oliveira. A turma de pós-graduandos passou a manhã com os alunos do fundamental da Escola Padre Álvaro Corrêa Borges, e voltou para a rotina de trabalho no Programa de Pós-Graduação cheia de histórias para contar. 

“O evento estava programado para começar às 08h, mas às 06h45 já tinha crianças esperando. Depois de tudo pronto, começou a magia: as crianças estavam com fome de aprender, todas muito curiosas e cheias de perguntas. Algumas conheciam muito bem os insetos e sua importância, deu orgulho de ver”, conta o doutorando Douglas Ferreira, que além de apresentar informações sobre a alimentação dos insetos, também fez “pintura artística” com as crianças. “Pra mim, foi a parte mais divertida. Eu pensei que as crianças de hoje em dia não iriam querer se pintar. E quando vi aquela fila enorme de crianças querendo desenhar um insetinho na mão ou na bochecha, eu fiquei muito feliz.”

 “O evento promoveu uma sensação de aproximação com as crianças da comunidade e despertou em mim o prazer de trabalhar educação com crianças”, conta a mestranda Weslane Silva Noronha. “Dava para ver no olhar de cada criança que teve a oportunidade de participar, a felicidade e a curiosidade sobre os assuntos. Foi de um sentimento inenarrável ver o prazer deles em olhar, questionar e aprender um pouco sobre estes animais.” 

Esta foi a primeira edição presencial do evento depois de quase 3 anos de interrupção por causa da pandemia do Coronavírus. Os mestrandos e doutorandos levaram estações entomológicas para a escola, oferecendo experiências diversas às crianças e abordando temas como a respiração dos insetos, seu sistema de locomoção, sua capacidade de adaptação e suas metamorfoses. 

Popularização do conhecimento
“O diferencial desse projeto é poder contemplar escolas mais afastadas do centro da cidade. É essencial popularizar a informação científica e expandir os muros da nossa universidade, para tornar o conhecimento cada vez mais democrático. Organizar um evento é trabalhoso, mas fomos recompensados com muito carinho e demonstrações de gratidão por parte das crianças e funcionários”, conta a mestranda Andreza Ribas Barbosa

“Esse evento é mais um exemplo do impacto positivo que a UFV gera, e deve gerar, na comunidade. Para mim, foi uma experiência satisfatória. Alunos que muitas vezes são apáticos em sala de aula estavam olhando, tocando e perguntando sobre todas aquelas coisas diferentes que os rodeavam”, completa o mestrando Vinícius Rocha. 

Para o professor idealizador do projeto, a retomada dos eventos presenciais é motivo de celebração. “A alegria que eu sinto quando eu organizo um evento como esse é indescritível. Primeiro, eu gosto de fazer este tipo de ação. Segundo, os pós-graduandos adoram o resultado também e, nesse tempo que a gente vive de “novidades falsas”, a gente sente ainda maior a demanda pela verdade, para que a gente possa vencer essa guerra de desinformação que temos”, avalia Eugenio. “E para os meninos da escola, é uma alegria sem tamanho: você vê que alguns deles desmistificam preconceitos em relação ao mundo dos insetos, aos insetos em si, e isso é muito bacana.”

Veja alguns registros do fotógrafo Rodrigo Carvalho Gonçalves na galeria abaixo:

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