O V Simpósio Internacional de Entomologia completou o seu terceiro dia na quarta-feira. Entre palestras e mesas redondas, a programação tem contemplado temas bem variados. Essa diversidade tem agradado os participantes, que têm garantido presença massiva durante as discussões. Na última terça-feira, dia 11, por exemplo, ocorreram duas mesas redondas de áreas bem distintas: “Insect-plant interacions” e “Medical entomology and public health”.
A discussão sobre entomologia médica e saúde pública contou com a contribuição dos pesquisadores: Dr. Marcelo Jacobs-Lorena (Johns Hopkins Malaria Institute Research – EUA), Dr. Claudio Lazzari (University of Tours – França), Dra. Ana Bahia Nascimento (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e com a mediação do Dr. Gustavo Martins (UFV).
A mesa redonda “Insect-plant interacions” contou com a participação do Dr. Paulo Zarbin (Universidade Federal do Paraná), Dr. Paulo S. Oliveira (Universidade Estadual de Campinas), Dr. Jorge Zavala (Universidad de Buenos Aires – Argentina), e com a mediação do Dr. Eraldo Lima (UFV). Para a estudante de Ciências Biológicas, Camila Corrêa, que trabalha com botânica, essa foi uma das discussões que ela mais se identificou até o momento. Aluna do 6º período na UFV, Campus Rio Paranaíba, Camila veio ao V Simpósio com um grupo de 30 estudantes. Ela destaca que tem sido uma ótima oportunidade para adquirir conhecimento sobre outras áreas: “Eu não trabalho com entomologia, mas independente da área que você estiver, é um conhecimento a mais que pode aprender. Não é porque eu não trabalho diretamente com isso que essas informações não são bem vindas”.
Estudante do 6º período de Ciências Biológicas, da UFV Campus Rio Paranaíba, Camila Corrêa.
Já a doutoranda em Zoologia pela PUCRS, Ana Carolina Reimann Ries, veio de Porto Alegre e conta que o evento tem superado as suas expectativas. Ela se inscreveu no Simpósio diretamente interessada nas discussões relacionadas à sua área de estudos, mas tem aproveitado também para explorar outros temas. “O Simpósio tem sido melhor que eu esperava, superou as expectativas. Eu trabalho com entomologia forense, e para mim é o que mais me interessa. Achei as palestras de altíssimo nível. A organização está ótima, a programação é muito boa e o local do evento também é bom” – avalia.
Doutoranda em Zoologia pela PUCRS, Ana Carolina Reimann Ries.
Para Ana Carolina e demais interessados em entomologia forense, o V Simpósio está sendo um prato cheio. Além da palestra na terça-feira com o Dr. M. Lee Goff (University of Hawai?i), na quarta-feira foi realizada uma mesa redonda sobre o tema. O Dr. Goff, referência mundial em entomologia forense, contribuiu com o debate juntamente com o médico legista Dr. Luiz Roberto Fontes (Instituto Médico-Legal de São Paulo), o perito criminal e professor Claudemir R. D. Filho (Universidade Metropolitana de Santos), e a mediação foi feita pelo Dr. Simon Luke Elliot (UFV).
Uma palestra e uma mesa redonda dedicadas ao tema. Mas o debate sobre entomologia forense em dois dias do Simpósio não foi por acaso. De acordo com a Dr. Talitta Guimarães, integrante da comissão organizadora, esse já era um tema muito requisitado pelos participantes desde a última edição, em 2013, quando foi oferecido apenas um minicurso de entomologia forense. Por isso, agora em 2015, dedicou-se uma atenção maior ao tema.
A pós-doc pela Fiocruz Minas, Grasielle Caldas D`Ávila Pessoa, também está participando do Simpósio. Ela é consultora do Ministério da Saúde e da World Health Organization Pesticides Evaluation Scheme e atua na área de resistência de insetos vetores de importância médica aos inseticidas, com ênfase em triatomíneos. Grasielle manifesta a sua opinião sobre o evento: “A organização está excelente. Ter o controle da participação é muito bom, até porque tem muitos alunos de graduação participando e devido às palestras serem em inglês, poderia desestimular: vem assiste o que quer e vai embora. Para o palestrante é muito chato ficar num auditório deste tamanho vazio. Acaba obrigando também a frequência e os estudantes veem a importância do inglês, porque tem muita gente começando agora e que ainda não domina a língua. E a programação está bem diversificada, teve interação inseto-planta, entomologia forense, uma parte de entomologia médica. Atendeu bem o que a gente estava esperando” – conclui.
Sobre a participação, vale lembrar que o participante só receberá o certificado se atingir no mínimo de 75% de presença. Para controlar o acesso dos participantes ao local do evento, o V Simpósio conta com leitores de código de barra que possibilita gerar relatórios de frequência e presença.
Veja mais alguns registros de momentos do V Simpósio: