Disciplina da Entomologia promove abordagem interdisciplinar sobre interações entre artrópodes e fungos

Especialistas interessados em compreender as interações simbióticas entre artrópodes e fungos se reuniram por cinco dias na UFV, para as aulas da disciplina ENT 792 – Tópicos Especiais (Symbiotic Interactions: Arthropods and Kingdom Fungi). A disciplina oferecida no fim do mês de abril reuniu entomologistas e micologistas, num esforço de colaboração interdisciplinar.

Além das discussões teóricas, os alunos realizaram trabalho prático em campo, na Mata do Paraíso, e em laboratório. As aulas foram ministradas por professores da UFV e convidados de outras instituições. Coordenada pelo professor da UFV Simon Elliot e pela doutora em Entomologia Camila Moreira, a disciplina contou com a contribuição dos pesquisadores Harry Evans, do CABI (Reino Unido), André Rodrigues, do Departamento de Bioquímica e Microbiologa da UNESP, Raquel Loreto e João Araújo, ambos da Penn State (EUA).

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Entre os alunos, a disciplina atraiu estudantes dos programas de pós-graduação em Entomologia, Fitopatologia e Microbiologia Agrícola. Além dos estudantes da UFV, também participaram estudantes da UNESP e profissionais do Laboratório Farroupilha-Lallemand, de Patos de Minas (MG).

Egressa da UFV, onde concluiu o doutorado em Fitopatologia, Carine Cardoso é coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Laboratório Farroupilha-Lallemand, e esteve na UFV para participar da disciplina ENT 792. Atuando na busca de soluções biopotentes para o controle de pragas e doenças, Carine avalia que as discussões “foram importantes para entender melhor o modo de ação de alguns microrganismos e o seu comportamento no campo, para que os mesmos sejam posicionados no campo como mais uma ferramenta no manejo de doença”.

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Já o micologista Harry Evans, que ministrou aulas da disciplina e compartilhou com o grupo um pouco da sua vasta experiência, destaca que essa foi a primeira vez que entomologistas e micologistas se reuniram para entender aspectos de ambas as disciplinas. Segundo o pesquisador britânico,  “o curso demonstra que a colaboração interdisciplinar é necessária para entender essas interações de ecossistemas críticos”.

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