Conheça uma das primeiras bolsistas na UFV a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Ciência sem Fronteiras

A estudante Ana Maria Guimarães Bernardo passou sete meses na Holanda, através do Ciência sem Fronteiras, sendo umas das primeiras bolsistas do programa na UFV. Ela foi contemplada no primeiro edital. Atualmente estudante do mestrado em Entomologia, sob a orientação do professor Angelo Pallini, Ana foi para a Holanda em agosto do ano passado, quando ainda cursava a graduação em Agronomia.

Ana revela que sempre desejou ir para a Holanda, devido à beleza do país, mas que pensava que isso só seria possível quando estivesse na pós-graduação. Contudo, quando viu a publicação do edital do Ciência sem Fronteiras, ela não pensou duas vezes e se inscreveu, mesmo estando na graduação naquela época.

No primeiro edital, a seleção foi bem diferente do que o acontece hoje. Atualmente, todos os procedimentos são on-line. No primeiro edital, a seleção era feita internamente, pela própria universidade, e dentre outras exigências, o candidato deveria apresentar uma carta de aceite da instituição pretendida.

Mesmo tendo poucos concorrentes, Ana estava receosa quanto ao resultado da seleção. Ela acredita que o seu currículo contribuiu bastante para que conseguisse a bolsa. Ana participou de três projetos de iniciação científica no Laboratório de Acaralogia da UFV, onde começou a trabalhar no 3º período da graduação e onde também conheceu o professor Arne Janssen, da Universidade de Amsterdam, seu co-orientador, que a auxiliou nos contatos com a Holanda.

Ana conta que a sua apreensão foi apenas no início, antes de saber o resultado da seleção. Uma vez selecionada, foi tudo muito tranquilo. Inclusive, nem precisou se preocupar com as despesas da viagem. O único valor que teve que desembolsar foi para o visto. Ana recebeu os primeiros recursos do programa bem antes da sua viagem. Ela afirma que isso lhe deu ainda mais tranquilidade para organizar todos os preparativos.

Em agosto de 2012, Ana embarcou para a Holanda, mas no mês de março, ela já havia recebido a primeira mensalidade da bolsa, o valor das passagens, o seguro saúde, o auxílio material didático e o auxílio instalação. Ana destaca que o governo brasileiro se preocupa com tudo, dando aos estudantes não apenas a oportunidade de ir para o exterior, mas assegurando todas as condições necessárias para a permanência dos estudantes durante o intercâmbio. Ana afirma que não teve dificuldade com nada.

Na verdade, o desafio que Ana deparou-se na Holanda foi o frio. Ela estudou na Universidade de Amsterdam e fez estágio na Estação de Pesquisa da Universidade de Wageningen, sob a orientação do pesquisador Amir Grosman e do professor Arne Janssen. Ana realizou pesquisas a fim de encontrar alimentos alternativos para percevejos predadores, visando o equilíbrio da população do inimigo natural. Ela conta que lá as pesquisas são mais aplicadas e todos os experimentos são feitos em casa de vegetação, não dá para ir ao campo como se faz aqui.

Apesar do frio, Ana adorou a experiência que viveu. Além de melhorar o seu inglês, ela destaca o contato com pessoas de culturas tão diferentes da sua. Na Holanda, Ana morou com uma ucraniana e uma romena. Sem contar o aprendizado que adquiriu nesses sete meses.

Se você, assim como a Ana, deseja fazer intercâmbio, fique por dentro das oportunidades oferecidas pelo Ciência sem Fronteiras. Para se ter ideia do número de bolsas a serem oferecidas pelo programa, a meta do governo é oferecer até 2015, 64 mil bolsas para graduação sanduíche e 15 mil para doutorado sanduíche, e ainda tem bolsas para doutorado pleno, pós-doutorado e outras modalidades. Para saber mais sobre o programa, acesse a página do Ciência sem Fronteiras .

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